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15 jun 2011

UMA ECONOMIA MUITO DOENTE


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LISBOA
Como no editorial de ontem tratei da avaliação do voo da TAP (Porto Alegre/Lisboa), hoje comento sobre Portugal, ou melhor, sobre o que acontece na bela e agradável Lisboa, que se prepara para a entrada do verão, com muito sol e temperatura variando entre 17º e 27º Celsius.
ASPECTO POLÍTICO
Se no aspecto político as notícias especulam sobre o novo governo que vai assumir em breve, depois que o candidato de centro esquerda, Pedro Passos Coelho, venceu as eleições recentemente, no aspecto econômico a situação é pra lá de preocupante.
ECONÔMICO
Os noticiários não param de dar destaque ao patamar alcançado pelos juros da dívida pública do país, que chegou a 12,37% ao ano para aplicações de até 2 anos. Como o risco-país vem aumentando muito nos últimos meses, os investidores não se sentem atraídos pelas elevadas taxas.
CRISE
Por aí, de forma mais do que palpável, se tem uma idéia clara do quanto é grave a crise que assola vários países da Comunidade Européia. Se nenhum está em situação muito boa, o fato é que Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha (PIGS) são aqueles que oferecem maior risco.
CONTAMINAÇÃO
Mesmo que a Grécia ocupe, de forma disparada, a liderança negativa no ranking de avaliação de risco, o efeito da contaminação da crise já garante uma desconfiança generalizada entre os mais vulneráveis.
FERIADO
Na segunda-feira, 13 (quando cheguei a Lisboa), por ser dia de Santo Antônio os portugueses fizeram feriado. Pelo número de devotos que se acotovelavam nas ruas que levam à igreja de Santo Antônio, ao lado da Sé, imaginei que a procissão tinha como propósito pedir ajuda ao santo milagreiro, para que intercedesse em favor da economia de Portugal.
LIMITE PARA TUDO
Engano, gente. Ao indagar algumas pessoas a respeito do poder da fé fui informado, de forma consistente, que até para os mais crentes tudo tem um limite. Um dos limites, segundo eles, dá conta de que nem Santo Antônio tem tanto poder assim. E agora?