ESTATUTO DA JUVENTUDE
Na última terça-feira, 06, o governo Dilma publicou, no Diário Oficial da União, a lei ALTAMENTE POPULISTA, que cria o Estatuto da Juventude. Se toda e qualquer intervenção governamental em atividades normalmente desenvolvidas pela iniciativa privada já é tida como absurda, no caso desta lei, que garante o direito a meia-entrada em eventos de lazer e desportivos aos estudantes que comprovarem matrícula em instituição de ensino, é pra lá de injusta.POUCA FÉ
Faço questão de frisar que, bem antes de ser sancionada tratei de comentar, e explicar, o tamanho da injustiça que o então projeto de lei continha. Entretanto, os agentes do setor, justamente aqueles que mais deveriam se manifestar e gritar, permaneceram calados. Como se levassem pouca fé na aprovação da lei.BAIXO CONHECIMENTO
Para comprovar o que tenho dito e repetido aqui, à exaustão, de que o povo brasileiro é dotado de baixíssimo conhecimento, e quase nenhum discernimento, a reação foi a pior possível para a sociedade em geral: os privilegiados comemoraram a decisão presidencial sem ter noção de como é formado o preço dos ingressos para eventos culturais, de lazer e desportivos.PARA SEMPRE
Prevista para entrar em vigor em 180 dias, a nova lei garante um desconto de 50% do valor da entrada, para uma cota de 40% do total dos ingressos de eventos culturais e desportivos para estudantes e jovens de baixa renda. Com isso, o desconto de 50%, já assegurados hoje a estudantes de muitas cidades por meio de leis municipais, como é o caso da atrasada Porto Alegre, valerá para todo o país. Mais: em todos os dias do ano.FORMAÇÃO DO PREÇO DOS INGRESSOS
Ora, como todos espetáculos têm, invariavelmente, custos de produção, montagem e de apresentação (cinemas teatros, estádios, etc.), para que os mesmos sejam suportados o preço do ingresso precisa ser calculado de acordo com o tipo de público aos quais se destinam.FALSIDADE
Portanto, se o público-alvo do evento é formado por jovens e/ou estudantes, a estúpida (falsa) meia-entrada terá preço de entrada inteira. E o preço da entrada inteira será igual ao dobro da meia-entrada. Simples assim.PERGUNTA
Ora, se o negócio do governo é vender ilusões e promover todo o tipo de falsidade, e para tanto se aproveita da total falta de educação do povo, vale a seguinte pergunta: - Por que o governo não decide que todos os brasileiros, estudantes ou não, e independente de idade, cor, renda e sexo, tenham direito à meia-entrada? Mais que todos tenham direito a pagar 50% sobre todos os produtos e serviços que consomem....TEMAS
No Brasil todo, em praticamente todas as rodas de conversas, o assunto que o povo mais discute é o futebol. Os demais temas, que deveriam ser motivos de conversas mais longas, se e quando discutidos não conseguem ir além de uma ou duas frases. Tudo porque falta conhecimento e/ou interesse dos interlocutores.PROTESTOS
A prova de que o futebol é, realmente, aquilo que mais importa, quando os resultados não correspondem os torcedores protestam e pressionam os dirigentes para que façam novas contratações e/ou substituam os técnicos de seus clubes do coração.EXIGÊNCIAS
O curioso é que antes do início de cada jogo, os espectadores cantam com grande ufanismo, o Hino Nacional (no RS também cantam o Hino Riograndense). Mas, nenhum daqueles que colocam a mão no peito, orgulhosos de seus Estados e País, exigem de seus governantes os resultados que impõem aos seus clubes.HINOS
Ora, o mínimo que se poderia esperar é que os Hinos, Nacional e Estadual, deveriam mexer com a consciência e com a razão dos cidadãos. Como não produzem qualquer motivação sobre os destinos do País e do Estado, melhor seria que os espectadores cantassem, exclusivamente, os Hinos dos Clubes que se enfrentam.ASSUNTO DOMINADOR
Portanto, enquanto só o futebol for o assunto dominador das conversas, os governantes não se sentirão exigidos. Eles podem promover derrotas sem fim à cidadania, e vitórias incríveis para si próprios, sem ser incomodados.INSATISFAÇÃO
Quando o povo se manifesta, como fez recentemente, só mostra que está insatisfeito. Ou seja, não sabe precisamente o que deve ser feito. Não prioriza. Pede recursos quando deveria exigir melhor administração. Quer mais educação, saúde e segurança mas não sabe o que é qualidade.CIDADANIA
Mais: o povo quer que o governo atenda às necessidades básicas e não os direitos constitucionais. Só por aí mostra o quanto desconhece a razão da existência de qualquer governo. Necessidade deve ser buscada individualmente. Direitos são coletivos. O principal deles, desde que o Brasil foi descoberto, ainda não foi entregue: a cidadania. Isto, os brasileiros só experimentam quando viajam para países de primeiro mundo.REUNIÃO
Ontem, representantes do Instituto Liberdade, do Instituto de Estudos Empresariais e do -PENSAR+!- recepcionaram, em reunião-almoço, o economista e filósofo mexicano, Arturo Damm Arnal e o economista e político argentino, Ricardo López Murphy, que foi ministro da Defesa e da Economia da Argentina e concorreu às eleições presidenciais do país em 2003. Só para esclarecer, ambos foram palestrantes do 1º Colóquio do Fórum da Liberdade, que foi realizado na noite de 2ª feira, 05, com o propósito de debater os Caminhos para América Latina.ARTURO ARNAL
Pelo que Arturo já havia dito na noite anterior e repetiu ontem fiquei convencido de que o México, mesmo governado por um partido socialista (PRI) tomou um caminho bem diferente daquele que os países bolivarianos estão trilhando. Como o Brasil está caminhando a passos largos para o precipício, confesso que fiquei com inveja dos mexicanos, mesmo sendo governados por socialistas.REDISTRIBUIDOR
Por ser socialista, o PRI prega a redistribuição. E para atender a este desejo que representa um aumento dos gastos públicos, o aumento da carga tributária é inevitável. Mesmo assim, apesar de afetar o crescimento econômico, a economia está bem, segundo Arturo. Entretanto, adverte: - se fossem feitas as reformas necessárias, poderíamos triplicar, ou até quadruplicar, esse crescimento.INTELIGENTES
De qualquer forma Arturo classifica os governantes mexicanos como Socialistas Inteligentes, ou seja, bem diferentes daqueles que estão à frente dos governos do Brasil, Argentina, Equador, Venezuela, Bolívia e Nicarágua, considerados os novos comunistas, ou bolivarianos.RICARDO MURPHY
Já para o argentino Ricardo Murphy, o governo da Argentina (leia-se Cristina Kirchner) está totalmente divorciado da realidade. A exemplo do que acontece no Brasil, o mundo começou quando os socialistas argentinos assumiram o governo. A partir daí, para tudo que dá errado tem um culpado. Lá, como aqui, foi montada a cultura clientelista, da vassalagem e da subordinação, onde os atendidos têm medo de perder as vantagens obtidas.MERCANTILISMO
Embora em estado mais adiantado, se comparado com o Brasil, o governo argentino impôs um legítimo Mercantilismo. Quem decide o que deve e o que não deve ser produzido é o governo. Além disso, o Corporativismo ganha força para dificultar tudo. O resultado de tudo isso é traduzido pela INFLAÇÃO ALTA E ECONOMIA ESTAGNADA. Bem parecido com o que estamos assistindo aqui, não?TRIPÉ SOCIAL
Saímos do almoço ainda mais convencidos de que o Brasil está cada dia mais parecido com a Argentina e menos com a cara do México. Isto é ruim e preocupante. Como o governo petista está apoiado no tripé formado pela: Bolsa Família, Classe Média ascendente e Pelo Emprego, e o desequilíbrio já está sendo avistado, a hora é esta para tentar alguma mudança de rumo. O problema é encontrar um líder com boa cabeça para renovar as esperanças. Detalhe: a Marina Silva representa a continuidade do fracasso...COMO UMA LUVA
Como o propósito do grupo - PENSAR+! - é transmitir conhecimento através de conteúdos que possam, de fato, contribuir com o esclarecimento das coisas que acontecem no nosso país, o excelente texto do pensador Percival Puggina, com o título - A OVERDOSE DO PETISMO -, cai como uma luva. Vejam:A OVERDOSE DO PETISMO
Raras vezes se viu tamanha barafunda num MAR DE ROSAS. Dilma Rousseff já cumpriu dois terços de seu mandato acumulando trapalhadas e fracassos. Demorou duas décadas mas, finalmente, o PT está alcançando seu objetivo de 1994 - ACABAR COM O PLANO REAL. O sonho dourado das esquerdas nos anos 90, o fim do programa que deu estabilidade à moeda nacional, aquilo que Lula tentou mas não conseguiu em seus oito anos, Dilma, está realizando em menos de quatro, à base de trombada na cristaleira.EVASÃO DE VERDINHAS
O petismo espatifou a Economia e tudo mais à sua volta. Mesmo despejando bilhões no mercado, o Banco Central não está conseguindo conter a evasão das verdinhas ianques, que se retiram do país como os ratos abandonavam o Titanic nas impressionantes cenas do filme de James Cameron.MAIS E MELHOR
Há poucos meses, quando o PT festejava, em São Paulo, seus dez anos no governo da União, o tom ufanista dos discursos mostrava que o partido chegara à overdose de poder. - PODE JUNTAR QUEM QUISER, bravateou Lula, convicto de nova vitória do partido em 2014. - QUALQUER COISA QUE ELES TENTAREM FAZER, NÓS FAREMOS MAIS E MELHOR, prosseguiu o eufórico ex-presidente, nariz enfiado no pote do poder.OVERDOSE DE PODER
Seguiu-lhe a arrevesada sucessora, tratando de mostrar serviço. Arrombou a ostra onde oculta sua sabedoria e extraiu esta pérola: -NÃO TENHO MEDO DE COMPARAÇÕES, INCLUSIVE SOBRE CORRUPÇÃO... Isso tem outro nome, claro. Mas é, também, overdose de poder. Poder sobre a própria imagem, sobre a sociedade, poder sobre os demais poderes, poder sobre a mídia, poder agregado, ano após ano, em sequências exponenciais perante auditórios interesseiros.INCONFORMIDADE
Quatro meses depois foi a vez de o povo evidenciar que também ele tivera sua overdose de petismo. E saiu às ruas para pacíficas e civilizadas demonstrações de inconformidade. O povo deu uma olhada no próprio país e percebeu que, por trás da publicidade, dos cenários, das montagens, das invenções e versões, tudo - simplesmente tudo! - vai muito mal.MAIS PAC, MENOS PIB
Depois de dois PACs lançados às urtigas, que não valiam a tinta e o papel gastos para redigi-los, a economia arqueja sobre uma infraestrutura carente de tudo que importa - energia, rodovias, ferrovias, armazenagem, portos. Quanto mais PAC, menos PIB. O rio São Francisco continua no mesmo lugar, levando, dolente, suas águas para o mar de Alagoas. Nas refinarias projetadas, nada se avoluma com maior rapidez do que o preço inicialmente previsto. Aqui, no Rio Grande do Sul, de onde escrevo, as ditas OBRAS DA COPA ficarão para depois da Copa. O prometido, jurado e sacramentado metrô de Porto Alegre ainda é um risco no papel, em eterna discussão. E a duplicação da travessia do Guaíba resume-se a um trabalho de computação gráfica. A Educação brasileira é a penúltima entre 40 países estudados pela Economist Intelligence Unit. A Saúde beira à perfeição. Sim, é um perfeitíssimo pandemônio! Nós, cidadãos, reconhecemos que houve uma inversão nos extratos sociais. Mudamo-nos para o submundo, para a zona de perigo, onde não existe a proteção da lei, onde padecemos nossa desdita sob a implacável violência do andar de cima. Ali, no andar de cima, é tudo ao contrário e o mundo do crime opera ao resguardo do imenso guarda-chuva gentilmente proporcionado pelo aparelho de Estado e suas leis. É isso que se chama, aqui, de Segurança Pública. Tudo por obra e graça do petismo que chegou à overdose de si mesmo e perdeu os próprios controles.COM RIGOR
Pode parecer incrível, mas a verdade é que um grande número de brasileiros ainda não percebeu que enquanto MUITAS empresas privadas se preocupam com a qualidade e a produtividade, TODAS as empresas públicas fazem exatamente o contrário, ou seja, aplicam programas de improdutividade e má qualidade com o máximo rigor.TRÊS DEPARTAMENTOS
Aliás, a estrutura organizacional de todas as estatais, mesmo que não conste nos seus estatutos sociais, precisam contar com três departamentos: da INEFICIÊNCIA, da INCOMPETÊNCIA e da CORRUPÇÃO. Para tornar qualquer empresa inviável basta a atuação de apenas um departamento. Entretanto, para que o desastre seja total, os governantes exigem que os três departamentos sejam muito focados e tenham atuação plena.PREGADORES
Ora, como isto é um FATO já analisado e comprovado, sob todos os ângulos de observação, quem prega pelo fim das privatizações e/ou concessões de serviços públicos à iniciativa privada só o faz por três razões: 1- sofre de doença mental gravíssima; ou, 2- é um ideológico apaixonado pelo caos; e, 3- faz parte da corporação.SEM EXCEÇÃO
Diante das claras evidências de que as administrações de empresas públicas são pra lá de tenebrosas, até chega-se à conclusão de que existe, sim, regra sem exceção. No caso de estatais, a regra é gerir mal, desperdiçar ao máximo e roubar o que for possível. Sem exceção.SEM PIEDADE
O Brasil é rico em estatais falidas, como se sabe. Mas, quem excede mesmo é o Rio Grande do Sul. Os monstros, tipo CEEE, EGR, PROCEMPA, CESA, por exemplo, já bastam para mostrar o quanto seus administradores agem, sem piedade, contra o dinheiro público. Pois, mesmo assim, muitos gaúchos adoram empresas públicas. Pode?PROCEMPA
A Procempa, empresa pública municipal de Processamento de Dados, está simplesmente abalada, financeiramente. Motivo: foi assaltada por seus administradores. A ponto, inclusive, de não sobrar dinheiro para a folha de salário do funcionários. Que tal?EXCELÊNCIA?
Já a situação da CEITEC - Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica, estatal brasileira com sede em Porto Alegre, no péssimo Estado do RS, é de chorar. O mais estranho, no caso desta estatal, é que o governo se refere à empresa como um CENTRO DE EXCELÊNCIA. Pode? O fato é que, passados 13 anos desde que o projeto CEITEC começou a tomar forma (foi criada em 2000), quando um protocolo de intenções foi firmado entre os governos municipal, estadual e federal, ainda está em busca de um rumo. Excelência sem rumo!Como os petistas e assemelhados sempre tiveram verdadeira aversão à iniciativa privada, o governo, por possuir as mesmas convicções, simplesmente desistiu de tornar a estatal economicamente viável. A bem da verdade é preciso deixar claro o seguinte: os departamentos da INEFICIÊNCIA, DA IMPRODUTIVIDADE E DA CORRUPÇÃO são os mais ativos e promissores. Detalhe: nunca entraram em greve nem sofreram paralisações. Que tal?LIBERAÇÃO DE DINHEIRO PARA A GRÉCIA
O representante brasileiro no Fundo Monetário Internacional, o petista de carteirinha Paulo Nogueira Batista Jr, ao votar contra a liberação de novas tranches de recursos para a Grécia, no meu entender não deveria ser penalizado, como está sendo noticiado e previsto.FORMA
Justifico a minha colocação porque, pela primeira vez, o economista surpreendeu positivamente: conseguiu, para minha estupefação, fazer uso da razão. Nogueira até pode ser criticado pela forma. Mas, nunca por ter negado a liberação da parcela.ORIGEM DOS RECURSOS DO FUNDO
Ora, até as pedras que se espalham por todos os caminhos do mundo sabem que emprestar dinheiro à Grécia é se despedir do dinheiro para sempre. E como os recursos do FMI saem dos bolsos dos pagadores de impostos de todos os países que dele participam, é preciso que haja critério no uso do caixa.BRONCA DO MANTEGA
Pela reação do ministro Mantega, que informa ter sido um equívoco o voto contrário de Nogueira Batista Jr, quando o mesmo vier ao Brasil na próxima semana (foi chamado) vai levar uma bronca. Até porque Mantega, depois de conversar com Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, se declarou favorável à retificação do voto, ou seja, a favor da caridade.PUNIDO POR TER RAZÃO
Isto explica, com absoluta clareza, o quanto os petistas, em geral, adoram desperdiçar recursos públicos. Quando um petista surpreende por fazer uso da razão (coisa absolutamente rara e até impensável), e se manifesta contra o desperdício, é imediatamente repreendido. Pode?11 PAÍSES
O curioso é que Paulo Nogueira Batista Jr representa, além do Brasil mais outros dez países da América Latina e do Caribe no FMI. Não é de se perguntar o que acham, cada um dos países representados, sobre o voto do brasileiro que foi contrário ao mau uso do dinheiro do Fundo?FINANCIAR O FMI
Vale dizer que o ex-presidente Lula se vangloriou, quando anunciou ao mundo todo, que o Brasil deixaria de ser financiado pelo FMI e passaria a financiar o Fundo. Como o dinheiro usado para tanto é do contribuinte brasileiro, o mínimo que se poderia exigir é que esse recurso fosse bem administrado.