LIBERAÇÃO DE DINHEIRO PARA A GRÉCIA
O representante brasileiro no Fundo Monetário Internacional, o petista de carteirinha Paulo Nogueira Batista Jr, ao votar contra a liberação de novas tranches de recursos para a Grécia, no meu entender não deveria ser penalizado, como está sendo noticiado e previsto.
FORMA
Justifico a minha colocação porque, pela primeira vez, o economista surpreendeu positivamente: conseguiu, para minha estupefação, fazer uso da razão. Nogueira até pode ser criticado pela forma. Mas, nunca por ter negado a liberação da parcela.
ORIGEM DOS RECURSOS DO FUNDO
Ora, até as pedras que se espalham por todos os caminhos do mundo sabem que emprestar dinheiro à Grécia é se despedir do dinheiro para sempre. E como os recursos do FMI saem dos bolsos dos pagadores de impostos de todos os países que dele participam, é preciso que haja critério no uso do caixa.
BRONCA DO MANTEGA
Pela reação do ministro Mantega, que informa ter sido um equívoco o voto contrário de Nogueira Batista Jr, quando o mesmo vier ao Brasil na próxima semana (foi chamado) vai levar uma bronca. Até porque Mantega, depois de conversar com Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, se declarou favorável à retificação do voto, ou seja, a favor da caridade.
PUNIDO POR TER RAZÃO
Isto explica, com absoluta clareza, o quanto os petistas, em geral, adoram desperdiçar recursos públicos. Quando um petista surpreende por fazer uso da razão (coisa absolutamente rara e até impensável), e se manifesta contra o desperdício, é imediatamente repreendido. Pode?
11 PAÍSES
O curioso é que Paulo Nogueira Batista Jr representa, além do Brasil mais outros dez países da América Latina e do Caribe no FMI. Não é de se perguntar o que acham, cada um dos países representados, sobre o voto do brasileiro que foi contrário ao mau uso do dinheiro do Fundo?
FINANCIAR O FMI
Vale dizer que o ex-presidente Lula se vangloriou, quando anunciou ao mundo todo, que o Brasil deixaria de ser financiado pelo FMI e passaria a financiar o Fundo. Como o dinheiro usado para tanto é do contribuinte brasileiro, o mínimo que se poderia exigir é que esse recurso fosse bem administrado.