REUNIÃO
Ontem, representantes do Instituto Liberdade, do Instituto de Estudos Empresariais e do -PENSAR+!- recepcionaram, em reunião-almoço, o economista e filósofo mexicano, Arturo Damm Arnal e o economista e político argentino, Ricardo López Murphy, que foi ministro da Defesa e da Economia da Argentina e concorreu às eleições presidenciais do país em 2003. Só para esclarecer, ambos foram palestrantes do 1º Colóquio do Fórum da Liberdade, que foi realizado na noite de 2ª feira, 05, com o propósito de debater os Caminhos para América Latina.
ARTURO ARNAL
Pelo que Arturo já havia dito na noite anterior e repetiu ontem fiquei convencido de que o México, mesmo governado por um partido socialista (PRI) tomou um caminho bem diferente daquele que os países bolivarianos estão trilhando. Como o Brasil está caminhando a passos largos para o precipício, confesso que fiquei com inveja dos mexicanos, mesmo sendo governados por socialistas.
REDISTRIBUIDOR
Por ser socialista, o PRI prega a redistribuição. E para atender a este desejo que representa um aumento dos gastos públicos, o aumento da carga tributária é inevitável. Mesmo assim, apesar de afetar o crescimento econômico, a economia está bem, segundo Arturo. Entretanto, adverte: - se fossem feitas as reformas necessárias, poderíamos triplicar, ou até quadruplicar, esse crescimento.
INTELIGENTES
De qualquer forma Arturo classifica os governantes mexicanos como Socialistas Inteligentes, ou seja, bem diferentes daqueles que estão à frente dos governos do Brasil, Argentina, Equador, Venezuela, Bolívia e Nicarágua, considerados os novos comunistas, ou bolivarianos.
RICARDO MURPHY
Já para o argentino Ricardo Murphy, o governo da Argentina (leia-se Cristina Kirchner) está totalmente divorciado da realidade. A exemplo do que acontece no Brasil, o mundo começou quando os socialistas argentinos assumiram o governo. A partir daí, para tudo que dá errado tem um culpado. Lá, como aqui, foi montada a cultura clientelista, da vassalagem e da subordinação, onde os atendidos têm medo de perder as vantagens obtidas.
MERCANTILISMO
Embora em estado mais adiantado, se comparado com o Brasil, o governo argentino impôs um legítimo Mercantilismo. Quem decide o que deve e o que não deve ser produzido é o governo. Além disso, o Corporativismo ganha força para dificultar tudo. O resultado de tudo isso é traduzido pela INFLAÇÃO ALTA E ECONOMIA ESTAGNADA. Bem parecido com o que estamos assistindo aqui, não?
TRIPÉ SOCIAL
Saímos do almoço ainda mais convencidos de que o Brasil está cada dia mais parecido com a Argentina e menos com a cara do México. Isto é ruim e preocupante. Como o governo petista está apoiado no tripé formado pela: Bolsa Família, Classe Média ascendente e Pelo Emprego, e o desequilíbrio já está sendo avistado, a hora é esta para tentar alguma mudança de rumo. O problema é encontrar um líder com boa cabeça para renovar as esperanças. Detalhe: a Marina Silva representa a continuidade do fracasso...