SEQUÊNCIA NEGATIVA
Mais do que sabido, antes da BRUTAL TRAGÉDIA CLIMÁTICA que atingiu o RS a situação financeira do estado já era MAIS DO QUE PÉSSIMA. Isto por conta de uma CLARA SEQUÊNCIA DE RESULTADOS PRIMÁRIOS NEGATIVOS AO LONGO DE DÉCADAS, onde o TRÁGICO ENDIVIDAMENTO colocou o estado na segunda posição entre as 27 unidades federativas do país, atrás apenas do RJ.
GOSTO POR TRAGÉDIAS
Diante desta pura, real, incontestável e pavorosa situação, como gaúcho -atento e indignado- mais do que nunca estou convencido que o POVO GAÚCHO TEM PREDILEÇÃO POR TRAGÉDIAS. Vejam, por exemplo que a TRAGÉDIA CLIMÁTICA concorre palmo a palmo com as implacáveis TRAGÉDIAS ADMINISTRATIVAS comandadas por maus governantes, notoriamente nos longos períodos em que a ESQUERDA (leia-se PDT E PT, principalmente) esteve à frente do Poder Executivo do RS.
ESTADO-CUSTO
Mais: ao longo do tempo, o RIO GRANDE DO SUL foi deixando de ser um ESTADO-RECEITA para se transformar em verdadeiro, perigoso e nojento ESTADO-CUSTO. Ou seja, os governantes passaram a ser apenas e tão somente ADMINISTRADORES DE FOLHAS DE PAGAMENTOS -REPLETAS DE PRIVILÉGIOS- do SETOR PÚBLICO. Nada mais do que isso.
UFANISMO EXAGERADO
De novo: como gaúcho, o que mais me entristece é que o fantástico UFANISMO EXAGERADO, mostrado a todo momento através da firme e ardorosa entonação dos versos do Hino Riograndense, tem servido mais como ópio para animar o sentimento e/ou espírito de luta do povo gaúcho. Infelizmente, no entanto, tudo que acontece fica restrito apenas às meras intenções de combate às CONSEQUÊNCIAS, deixando as CAUSAS totalmente fora de questão.
MODO FALÊNCIA
Ainda que nada tenha de surpreendente, o fato é que as decisões MONOCRÁTICAS, proferidas ontem, 21, pelo ministro Dias Toffoli, de ANULAR POR COMPLETO AS DECISÕES DA 13ª VARA FEDERAL DE CURITIBA no âmbito da operação LAVA JATO contra o empresário corrupto MARCELO ODEBRECHT, além de DETERMINAR O TRANCAMENTO de todos os procedimentos penais instaurados contra o mesmo facínora, alegando que houve conluio entre magistrados e procuradores da república que integraram a operação, senti que a minha tênue ESPERANÇA entrara em MODO -FALÊNCIA-.
APARECER NA FOTO DA DESGRAÇA
Como se não bastasse a INJUSTÍSSIMA DECISÃO tomada pelo ministro Toffoli, que por si só JÁ ANIQUILA com o FIO DE ESPERANÇA DO POVO BRASILEIRO, a 2ª Turma do STF, como que querendo APARECER BEM NA FOTO DA DESGRAÇA, NÃO DEIXOU POR MENOS: POR 3 VOTOS A 2, DECIDIU PELA PRESCRIÇÃO DA PENA APLICADA CONTRA O EX-MINISTRO DA CASA CIVIL, JOSÉ DIRCEU, que foi condenado, pelo TRF-4, a 8 ANOS E 10 MESES DE PRISÃO POR CORRUPÇÃO PASSIVA E LAVAGEM DE DINHEIRO.
FALÊNCIA MÚLTIPLA DE ÓRGÃOS
Já que estamos falando de FALÊNCIA, assisti um vídeo no TikTok produzido por uma brasileira indignada, cuja identidade desconheço, que diz o seguinte:
1- A ELEIÇÃO DE LULA REPRESENTA A MAIS CLARA DECRETAÇÃO DE FALÊNCIA MÚLTIPLA DE ÓRGÃOS DO PAÍS. O Brasil se tornou a 1ª NAÇÃO A ELEGER UM CONDENADO POR CORRUPÇÃO. Mais: com a eleição do CHEFE DA QUADRILHA, OS CORRUPTOS PRESOS PASSARAM A GANHAR A LIBERDADE.
O CRIME COMPENSA
A partir de então, mais do que percebido, a SOCIEDADE BRASILEIRA simplesmente PAROU DE FUNCIONAR e o CRIME, por sua vez, entrou em MODO -COMPENSA-. Mais ainda depois que INIMIGOS DECLARADOS SIMPLESMENTE PASSARAM A SE ALIAR.
FALÊNCIA INSTITUCIONAL
A expressão -ELEIÇÃO NÃO SE GANHA, SE TOMA-, que não dá a menor chance de interpretação diversa, deu o start definitivo do PROCESSO QUE LEVA À INEVITÁVEL FALÊNCIA DOS ÓRGÃOS DO PAÍS. Ficou evidente que, no Brasil, as ELEIÇÕES NÃO PRECISAM SER LIMPAS E MUITO MENOS DEMOCRÁTICAS. Dentro desse ambiente, o STF aproveitou a deixa e passou a LEGISLAR DE FORMA DEFINITIVA, PLENA E INQUESTIONÁVEL.
FALÊNCIA DA ORDEM
Dando seguimento à FALÊNCIA DE ÓRGÃOS, a FALÊNCIA DE ORDEM se fez notar através da DESCRIMINALIZAÇÃO DE -PEQUENOS- DELITOS e do DESENCARCERAMENTO EM MASSA. Isso sem falar na recorrente tentativa de DESMILITARIZAR A POLÍCIA.
FALÊNCIA JURÍDICA, ADMINISTRATIVA, INFORMACIONAL E INTERNACIONAL
Para Lula poder concorrer, e sair -vitorioso- na eleição presidencial:
1- o SISTEMA JUDICIÁRIO ENTROU EM FALÊNCIA e como tal FOI DESMANTELADO E OS PROCESSOS E PROVAS DE DELITOS RASGADOS;
2- Com mesma intensidade a FALÊNCIA ADMINISTRATIVA deu início através de incontáveis e absurdos favores que o POVO ESTÁ CONDENADO A SUSTENTAR;
3- Também veio a FALÊNCIA INFORMACIONAL, constituída pela CENSURA ABERTA, onde todos que resolvem DISCORDAR passaram a ser imediatamente PERSEGUIDOS; e , para completar a MÚLTIPLA FALÊNCIA DE ÓRGÃOS, temos
4- a FALÊNCIA INTERNACIONAL, através do escrachado BEIJA-MÃO que Lula faz, com muito carinho, a todos os DITADORES mundo afora.
ESPAÇO PENSAR +
CAI O PANO, Gabriel Pena de Moraes
Este é o título de um romance policial de Agatha Christie, o qual vou usar como inspiração para esta parodia.
Existem teatros que o pano do palco é em forma de cortina corrediça e outros com cortina que levanta e cai.
Numa determinada de uma peça de teatro um ator é assassinado, misteriosamente. Imediatamente cai o pano para que a plateia não veja nada, e ficam esperando a chegada do detetive Hercule Poirot para desvendar o caso. Imaginemos, então, a realização de um sorteio da Mega Sena num teatro. Aparecem no palco seis garotas ao lado de seis globos giratórios com as bolinhas numeradas dentro.
O apresentador diz: “Vamos começar o sorteio”. Então, inesperadamente, cai o pano, ou fecham-se as cortinas, e a plateia passa a ouvir apenas o ruído dos globos girando, sem nada ver. Passados alguns minutos sobe o pano, ou abrem-se as cortinas, e aparecem as seis garotas, cada uma com uma bolinha na mão, revelando os números sorteados..
Um apostador que estava na plateia levanta-se e protesta fortemente contra a falta de transparência e coloca dúvidas sobre a lisura do processo.
Imediatamente, os guardas do teatro o imobilizam , o algemam e o conduzem para a prisão, sem passar por uma delegacia e sem qualquer procedimento legal, sem qualquer direito de defesa.
Exemplarmente, portanto, tal atitude inibiu outros protestos, não permitindo posturas que expressassem dúvidas sobre o processo de sorteio.
Qualquer semelhança com o sistema eleitoral brasileiro é MERA COINCIDÊNCIA.
NÃO SE ATREVA A DESCONFIAR.
Esse teatro leva o nome de Teatro Brasil.
RECONSTRUÇÃO
Passadas as primeiras semanas desde que a BRUTAL TRAGÉDIA CLIMÁTICA destruiu o Estado do RS, contabilizando até o presente momento mais de 160 pessoas mortas, 85 desaparecidos, 581 mil desalojadas e 76.188 abrigados em todo o estado, chegou a dura hora de contabilizar as perdas de moradias, empresas, empregos e, principalmente, do ânimo daqueles que, inevitavelmente, precisam reconstruir suas vidas, seus negócios e suas esperanças.
PLANO DE RECUPERAÇÃO
Pois, antes de tudo é preciso elaborar um correto, viável e eficiente PLANO DE RECUPERAÇÃO. Sem um bom PLANO, a PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DO FRACASSO AUMENTA E MUITO. Portanto, em primeiríssimo lugar é preciso IDENTIFICAR MEDIDAS, PROFISSIONAIS E/OU INSTITUIÇÕES QUE SE DECLARAM DISPOSTAS A VIABILIZAR a RECONSTRUÇÃO -em duas principais frentes-: 1- ECONOMICAMENTE; e, 2- no- MENOR PRAZO.
CLÁUSULAS PÉTREAS
Quando se trata de INSTITUIÇÕES PÚBLICAS, que, HISTORICAMENTE- se mostram sempre muito prontas apenas para GASTAR RECURSOS (leia-se impostos e endividamento público), o que não se vê é a necessária REMOÇÃO (NEM MESMO TEMPORÁRIA) DAS ABSURDAS -CLÁUSULAS PÉTREAS-, que só existem na Constituição com o propósito de MANTER -INTACTOS- os MALDITOS PRIVILÉGIOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS.
PLANO QUE VISA O AUMENTO ECONÔMICO DA TRAGÉDIA
Até agora, por incrível que possa parecer, o único PLANO de RECUPERAÇÃO que é apresentado pelo governo -FEDERAL- e que promete entrar em execução, diz respeito a UMA FANTÁSTICA ZORRA FISCAL. Para piorar, os PROBLEMAS que serão CRIADOS através da estúpida IRRESPONSABILIDADE FISCAL já antecipa, com absoluta clareza, que terá TAMANHO BEM SUPERIOR do que A TRAGÉDIA CLIMÁTICA foi capaz de PRODUZIR. Ou seja, até agora temos um PLANO GOVERNAMENTAL QUE VISA O AUMENTO ECONÔMICO DA TRAGÉDIA.
ESPAÇO PENSAR +
ÁREAS ALAGÁVEIS, por Leonidas Zelmanovitz
Quem conhece Porto Alegre sabe que ela foi construída em áreas alagáveis. Porto Alegre está no nível do mar, às margens do escoadouro de cinco rios que vêm da Serra e que têm um fluxo d'água que pode ser devastador, que sofre, por outro lado, ventos fortes que impedem que tal fluxo siga em direção ao mar. Além disso, a capacidade de armazenamento dessa bacia colossal se reduz com o assoreamento e a proibição da dragagem das areias de seu leito.
Tenho repetido a frase de Sir Francis Bacon, tido por muitos como o pai da ciência: "para comandar a natureza é preciso obedecê-la". Essa citação serve para nos dizer que podemos dominar a natureza se tivermos conhecimento, tecnologia e recursos para fazê-lo.
É racional, porém, na falta de um desses três elementos, tomarmos a decisão de não enfrentarmos a natureza porque as consequências serão trágicas.
Notem que em Porto Alegre, todos os cemitérios foram instalados na zona alta da cidade, protegidos de inundações.
Nesta semana, um grupo de voluntários lançou uma campanha para apoiar aqueles que querem voltar para seu lar. Eu disse a eles que a iniciativa era louvável, mas que ela deveria incentivar as pessoas a mudarem de lugar, senão, na próxima cheia, veríamos de novo a repetição de uma tragédia que está cada vez mais frequente e dramática.
Tem aquele ditado que diz: "quem sai na chuva, está sujeito a se molhar". Ora, considerando os fatos, a natureza dos fenômenos naturais e políticos, podemos dizer que quem mora ou empreende nas zonas baixas de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Eldorado, entre outras, está sujeito a ver o que construiu na vida submergir inevitavelmente.
Eu não quero estar seguro depois de morto, eu quero estar seguro enquanto estou vivo.
Não quero perder o pouco que tenho, para ter que reconstruir de novo. É por isso que eu vivo na parte alta da cidade.
Entre as duas desgraças que poderiam me atingir, uma enchente e o governo, me protegi da única que seria evitável.
QUASE UM MINISTRO
Na última sexta-feira, 17, tão logo saiu a notícia de que Lula detonou Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como que querendo colocar a decisão sob todos os holofotes políticos, disse que o PRESIDENTE DA ESTATAL é "QUASE UM MINISTRO" e como tal deve ter uma relação próxima com o presidente da República.
ASSOCIAÇÃO IMEDIATA
O que viu, logo após, é que muita gente imediatamente associou a TROCA DA PRESIDÊNCIA DA PETROBRAS, que passará a ser comandada por Magda Chambriard, velha aliada de Dilma Rousseff, a destruidora número 1,2 3, 1000... da ESTATAL, a uma possível volta dos TERRÍVEIS ATOS DE CORRUPÇÃO que resultaram em VIOLENTOS SAQUES AOS COFRES DA PETROBRAS, CAIXA DA ESTATAL, como bem revelam todas as DELAÇÕES PREMIADAS feitas durante a vigência da extinta LAVA JATO.
10 por 1
Pois, a propósito desse falso convencimento volto a afirmar que A SOMA DE TODOS OS ATOS DE CORRUPÇÃO QUE A PETROBRAS SOFREU DURANTE OS 13 ANOS DE GOVERNO PETISTA, que não foram poucos nem pequenos, são CONSIDERADOS INSIGNIFICANTES se levarmos em correta conta a mais do que comprovada MÁ ADMINISTRAÇÃO DA ESTATAL. Algo, que no entendimento de todos os auditores e administradores, é da ordem de 10 por 1.
MODELO PETISTA DE ADMINISTRAR
Portanto, mesmo que a NOVA DIREÇÃO se proponha e se dedique a dar continuidade aos ATOS DE CORRUPÇÃO QUE FORAM INTERROMPIDOS a partir do impeachment de Dilma Rousseff, o que precisa ser realmente avaliado é que a atual presidente da Petrobras, que é -QUASE UM MINISTRO-, como afirmou o ministro Haddad, tem tudo para fazer valer o VELHO E CONHECIDO MODELO PETISTA DE ADMINISTRAR ESTATAIS. Com isso, por mais que os ATOS DE CORRUPÇÃO venham a ser enormes, o prejuízo maior SERÁ POR CONTA DA MÁ ADMINISTRAÇÃO.
ESPAÇO PENSAR +
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: FAKE, MESMO, TEM SIDO O ESTADO, por Percival Puggina. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar
REI MIDAS
Entre tantos personagens da MITOLOGIA GREGA, um deles, bastante comentado mundo afora, é o REI MIDAS, personagem que tão logo assumiu o trono passou a viver uma VIDA DE RIQUEZAS. Há quem diga que por ter ajudado um parente de Baco, deus dos vinhedos e dos vinhos, MIDAS foi agraciado com o atendimento de qualquer pedido que fizesse. Como tal solicitou, e foi plenamente atendido, que fosse agraciado com o PODER DE TRANSFORMAR EM OURO TUDO QUE TOCASSE.
TOQUE DE MIDAS
Com isso, mais do que sabido, nasceu a expressão -TOQUE DE MIDAS-, que define bem as pessoas bem-sucedidas. Sob seu comando os NEGÓCIOS PROSPERAM, a RIQUEZA É CRIADA RAPIDAMENTE. Sua felicidade simplesmente não tinha fim: ao TOCAR numa planta ela virava OURO; ao pegar uma pedra ela se transformava em OURO MACIÇO, por exemplo.
ANTI-MIDAS
Pois, no nosso empobrecido Brasil, o presidente LULA já ganhou notoriedade histórica como -ANTI-MIDAS,- ou seja, tudo que ele TOCA se transforma, imediatamente, em POBREZA, DESMANCHE, DESTRUIÇÃO e FOCOS DE CORRPUPÇÃO. Mais: no seu EXERCÍCIO DIÁRIO DE APEDREJAMENTO, a empresa preferida (não a única) é a PETROBRAS. Aí, a figura do ANTI-MIDAS se mostra substancialmente notória, por conta do REQUINTE DE CRUELDADE DOS SEVEROS E CONSTANTES GOLPES APLICADOS.
GUZZO
A propósito, eis o que diz o jornalista J.R.Guzzo no seu artigo publicado na Gazeta do Povo, de hoje - O GOVERNO LULA CONSEGUIU COLOCAR A PETROBRAS DE NOVO NOS TRILHOS DO DESASTRE -
A Petrobras acaba de entrar no seu oitavo presidente em oito anos. Um carrinho de pipoca que estivesse no seu oitavo dono, nos mesmos oito anos, já teria ido à falência. Mas a Petrobras é aquele tipo de praga que nenhum defensivo consegue abater – é uma empresa estatal, e por isso os que mandam nela não precisam obedecer a nenhuma das regras de negócio que valem para todos os outros.
Nos dois governos anteriores de Lula, seguidos pelo conto de horror do período Dilma Rousseff, a companhia só não foi destruída por uma razão: é salva o tempo todo pelo saco sem fundo de dinheiro que o Estado brasileiro extorque dos cidadãos na forma de impostos. Foi vítima, então, da pior corrupção serial da história humana, provada por confissões dos corruptos e pela devolução de dinheiro roubado. Agora, com Lula de novo no Planalto, o processo de destruição foi retomado.
Desde o primeiro dia do novo governo, ficou claro que a Petrobras do Lula-3 estava se organizando para entrar no procedimento padrão do PT e da esquerda para a empresa: mergulhar de cabeça nos seus bilhões, como Tio Patinhas na sua caixa-forte, para fazer tudo o que não interessa à boa gestão de uma petroleira decente. Mas houve, claramente, um problema de timing, como se costuma dizer.
O novo presidente da estatal não estava tocando as coisas com a rapidez que Lula e o seu sistema queriam. Também não estava claro o seu grau de adesão à ideologia lulista para a Petrobras. Foi levado, então, para o corredor da morte, à espera da execução – e enfim fuzilado no gabinete de Lula, entre as risadinhas vitoriosas dos seus carrascos. Querem agora, como eles próprios dizem, “recuperar o tempo perdido”. Imagine-se o que vão fazer para tirar o atraso.
A estratégia suicida de Lula para a Petrobras é a mesma de sempre: dizer que a companhia tem deveres com “o povo brasileiro”. Precisa atender a obrigações “sociais”. Precisa gerar “empregos”. Precisa sair gastando o máximo possível de seus recursos em negócios destinados ao “crescimento da economia”. O que existe de realmente indiscutível nesses negócios é que todos eles dão errado para a Petrobras. Têm uma espécie de “Certificado 9000” ao contrário: é garantido que uma parte ganha e a outra perde, e a parte que ganha nunca é a estatal.
Lula, e o arrastão que vem com ele, querem que a Petrobras use seu dinheiro para fazer investimentos em navios petroleiros, sondas de exploração e fertilizantes. Quer colocar dinheiro em produtos químicos, processamento de gás e fabricação de lubrificantes. Quer montar “complexos” disso e mais daquilo. Quer mais refinarias como as trágicas Pasadena e Abreu e Lima – e por aí afora. Na prática, isso quer dizer contratos bilionários com empreiteiras de obras, fornecedores e “campeões nacionais” que frequentam com regularidade a vara de falências.
A fixação principal de Lula é com a “indústria naval”. Está obcecado há mais de 20 anos com a miragem de construir navios de grande porte no Brasil, e volta agora a insistir na mesma história – não muda de ideia e nem muda de assunto. Suas tentativas anteriores foram uma calamidade. Quem se esqueceu do grande símbolo de desastre que foi a “campeã nacional” Sete Brasil? Recebeu pagamento por 28 navios-sonda, entregou quatro e foi à falência. Mas apesar desta óbvia garantia de fracasso, o presidente está mandando começar tudo de novo.
Não existe nenhuma possibilidade de se organizar uma indústria naval com chances reais de ficar de pé se os navios que produz não são desejados no mercado mundial de transportes marítimos. E quem neste mundo quer comprar um navio fabricado no Brasil? Não tem o mínimo de qualidade exigida hoje pelos armadores. Não tem preço – as chapas de aço para os estaleiros nacionais custam 20 vezes mais que o material estrangeiro. Não tem cliente – seu único cliente é a Petrobras, e indústria com um cliente só não faz verão. Não tem tecnologia. Não tem mão-de-obra especializada. Não pode dar certo.
A “indústria nacional” da qual Lula não para de falar tem tanta capacidade de construir petroleiros de classe internacional quanto de fornecer foguetes espaciais para a NASA. É óbvio que se a Petrobras for obrigada a comprar seus navios, suas sondas e seus equipamentos de exploração de empresas escolhidas pelo governo, é ela que vai levar na cabeça. Ou melhor: quem paga o mico são sempre os acionistas da empresa, o maior dos quais é o povo brasileiro.
Some-se o uso da Petrobras para fazer demagogia com o preço dos combustíveis. Some-se a decisão de investir num parque de refinarias obsoleto e que há muito já deveria ter sido vendido para empresas privadas – liberando, assim, recursos para o investimento na área de maior competência da companhia, a exploração de petróleo em alto-mar. Some-se o resto. É a Petrobras posta de novo nos trilhos do desastre.
DEVOTOS DO DEUS ESTADO
Com total e irreparável domínio da LÓGICA DO RACIOCÍNIO, o pensador Percival Puggina foi cirúrgico no seu texto ao apontar o sentimento que está sendo manifestado e colhido com a TRAGÉDIA DE OUTONO que atingiu em cheio o Estado do RS. Segundo Puggina, a CALAMIDADE abriu espaço para o proselitismo dos DEVOTOS DO DEUS ESTADO, notadamente COLETIVISTAS E ESTATISTAS.
AUTOFAGIA DO ESTADO
É claro que sem o apoio da União será muito mais difícil enfrentar o conjunto de problemas que restarão quando as águas retornarem ao seu nível. Há, porém, um outro lado dessa moeda: a AUTOFAGIA DO ESTADO. Ao consumir em si mesmo parcela descomunal das receitas numa luxuosa Versailles federal, tão ciosa de seus privilégios quanto ociosa em seus deveres, ele EMPOBRECE INVESTIMENTOS como os que amenizariam os efeitos das águas.
A RESPOSTA É NÃO!
Os DEVOTOS DO ESTADO dão por esquecido que, ao longo de décadas, suas ideias, alinhamento político e perfil de quadros dirigentes respondem pelas permanentes agruras nacionais. Agora, sem maiores explicações ou justificativas, aproveitam-se da crise gaúcha para cantar vitória: “Viram como o Estado é bom e generoso?”. A resposta é NÃO! O que tenho visto é a sociedade, com recursos mínimos, fazer muito mais do que o máximo, de modo virtuoso, com cada um dando de si e a si mesmo.
Isso Estado nenhum faz!
INSTITUTO LING, INSTITUTO FLORESTA E FEDERASUL
Estado nenhum faz o que o INSTITUTO LING fez com apoio do INSTITUTO FLORESTA E DA FEDERASUL, lançando em Nova Iorque um FUNDO para levantar recursos destinados às reconstruções no Rio Grande do Sul. Cuidarei sempre de alertar sobre algo facilmente intuído pelo cidadão comum: o Estado é um ente político desalmado, que precisa ser controlado. Não o será pelos que vivem em fervorosa contemplação aos pés do sacrário do Tesouro, benzendo-se penitentes cada vez que se referem à “extrema direita”, mas pelos conscientes de que é com o produto do trabalho da sociedade que o Estado se agiganta para submetê-la a seus excessos e à sua mão pesada.
PODER PÚBLICO
Nos últimos dez anos, no sentido inverso ao que propagam esses DEVOTOS, a expressão “poder público” adquiriu um sentido cínico. Que raios de “poder” é esse? Socorra-me o leitor: em que sentido esse poder se diz “público”? Aqui, de onde eu o vejo, esse poder instituiu uma suposta democracia contra majoritária, jamais leva em conta a opinião pública. O povo, nas ruas e praças, fala aos ventos.
Se a vida civilizada nos obriga a custear o Estado e a conviver com ele, é de todo recomendável que seja útil ao público. Isso significa que o Estado deve gastar menos consigo mesmo e mais com a sociedade, para que obras, equipamentos e serviços tenham a qualidade necessária. A autofagia dos recursos “públicos” na sua própria cadeia de consumo responde por vários aspectos da tragédia que a nação vive a cada solavanco da natureza.