ESCOLHA DE TEMAS
Bem antes de começar a escrever os meus editoriais -diários- os assuntos que serão alvos das minhas opiniões, procuro saber se alguém já se manifestou sobre o mesmo tema. Pois, diante da notícia da TENTATIVA DE GOLPE NA BOLÍVIA, ocorrido nesta semana, achei melhor, ao invés de manifestar a minha opinião, compartilhar o texto -pra lá de esclarecedor- produzido pelo pensador Roberto Rachewsky. Eis:
GOLPES
GOLPE é a ação violenta, armada ou não, que visa o rompimento da ordem constitucional. Golpes podem ser exógenos ou endógenos. Exógenos são os golpes contra a ordem constitucional desferidos por quem não está exercendo o poder. Endógenos são os golpes implementados contra a ordem constitucional por quem está no exercício do poder.
Muitos GOLPES são, na realidade, CONTRAGOLPES para reestabelecer, de forma exógena, a vigência da ordem constitucional, rompida por aqueles que quando estavam governando promoveram golpe endógeno para se manter no poder por tempo indeterminado ou para tomarem decisões arbitrárias violando a ordem constitucional e suprimindo os direitos individuais.
GOLPES podem ter como objeto, o governo apenas, o Estado, ou ambos. A derrubada do governo pode ter como propósito alterar o arcabouço legal ou simplesmente passar a aplicar o que já existia, mas era negligenciado pelos governantes apeados do poder.
GOLPES VIOLENTOS, onde a força é utilizada podem ser iniciados por militares, guerrilheiros ou até mesmo por terroristas que almejam jogar a sociedade no caos.
GOLPES PACÍFICOS contra a ordem constitucional também são plausíveis de acontecer. Basta os governantes deixarem de cumprir o que a Constituição e as leis determinam ao governo que seja feito.
No Brasil, um golpe endógeno vem sendo articulado desde 2015. De lá para cá, o rompimento da ordem constitucional vem se intensificando com decisões que violam tudo aquilo que a Constituição, as leis e o bom senso dizem ser invioláveis.
Na Bolívia, houve um GOLPE DE MENTIRINHA QUE NÃO COLOU. Já no Brasil, as cláusulas pétreas que tratam dos direitos individuais, da separação dos poderes, dos limites do governo, do papel moderador das forças armadas, do sistema eleitoral, foram esfaceladas.
O GOLPE BRASILEIRO foi endógeno, pacífico, sutil e sórdido.
NÃO É A CRÍTICA QUE CAUSA O DESCRÉDITO
Outro texto, com o título - NÃO É A CRÍTICA QUE CAUSA O DESCRÉDITO, MAS O DESCRÉDITO QUE A MOTIVA-, que leva a assinatura do pensador Percival Puggina, é algo que -exige- uma dedicada leitura, e como tal não pode ficar de fora do espaço do editorial de hoje. Aí está:
TEXTO DO PUGGINA
É fácil, muito fácil, compreender a inimizade que nossa Suprema Corte nutre em relação às redes sociais. Os ministros Luiz Fux e André Mendonça, mais o primeiro do que o segundo, acabam de romper a cortina de silêncio e autolouvações com que o STF vinha tentando eclipsar seu litígio com dezenas de milhões de brasileiros incomodados pelo ativismo esquerdista da Corte. Embora o ministro Dias Toffoli se sinta “representante” de cem milhões de votos (na curiosa soma dos votos dados ao presidente que o indicou com os votos dos senadores que o aprovaram), nesse sentir ele é um “trans” – um não eleito que se sente consagrado nas urnas. O poder dos ministros não deriva de representação popular.
Aliás, aproveitando a analogia: o sentir de alguns membros do Supremo, produz um efeito “trans” reverso na sua percepção sobre conservadores e liberais. Cidadãos com apreço à cultura ocidental e seus fundamentos judaico-cristãos são vistos, percebidos e tratados, como “de extrema direita”, suscitando rejeição por se oporem ao falso progressismo tão ativo no topo do judiciário brasileiro.
Todos temos observado, ao longo dos últimos anos, partidos de pouco voto nas urnas e, por consequência, nos plenários, subirem no banquinho de uma estatura política também ela “trans” para se autoproclamarem os únicos representantes das aspirações populares. Sentindo-se assim, bem impressionados consigo mesmos, mas derrotados nas deliberações de plenário, a toda hora correm e recorrem ao STF para buscar lá, entre 11, a maioria que não tem entre seus 513 pares de legítima representação popular. E funciona...!
Em 2019, o ministro Barroso, hoje presidente do STF, proferiu palestra na Universidade de Columbia. Matéria do Estadão sobre o evento, publicada no dia 25 de abril daquele ano, reproduziu uma série de vigorosas afirmações de S. Ex.ª, entre as quais destaco duas. 1ª) “Uma Corte que repetidamente e prolongadamente toma decisões com as quais a sociedade não concorda e não entende tem um problema". 2ª) Depois de esclarecer que tal não era sua opinião, mas fato, afirmou que na percepção da sociedade "alguns ministros demonstram mais raiva dos promotores e juízes que estão fazendo um bom trabalho do que dos criminosos que saquearam o país".
Em março, mês anterior ao referido evento, fora instalado o inquérito 4781 (das Fake News) e uma semana antes, ocorrera a censura ao site O Antagonista e à revista Crusoé. Os problemas de maior porte estavam apenas começando.
É normal que a opinião livre expresse contrariedades. Perguntem à sociedade onde vê mais inverdades, mistificações, falsidades, narrativas, sofismas e omissões. Será nas redes sociais? Ou nos poderes políticos? Ou na velha imprensa? Combater o debate popular autônomo nas redes sociais e na mídia digital é um disparate pois as razões para fazê-lo valeriam contra tudo e contra todos. É muito bom que o cidadão possa dizer o que pensa e isso alcance a muitos. Ele pode fazer soar a campainha do celular no bolso do deputado, acessar suas páginas nas redes, opinar em seus vídeos, falar ao presidente. Qualquer indivíduo pode propagar suas ideias em espaços próprios, em páginas, perfis e canais. Pode criticar seu vereador e seu senador; seu prefeito e seu governador. Pode criticar o Papa. E ninguém dirá que isso é agir para descrédito das instituições. Aliás, esse desabono, quando ocorre, é gerado dentro dos poderes. Não é a crítica que causa o descrédito, mas o descrédito que a motiva.
QUESTIONÁRIO PRÉ-COPOM
Assim como os roteiristas da arte cinematográfica, com o propósito de seduzir os cinéfilos, usam títulos tipo - IMPERDOÁVEIS, MENTE CRIMINOSA, A GRANDE JOGADA, etc., para seus filmes, ontem, ao tomar conhecimento do QUESTIONÁRIO PRÉ-COMPOM (QPC), realizado pelo Banco Central, apontando que 78% dos 111 ECONOMISTAS RESPONDENTES DO QUESTIONÁRIO veem uma DETERIORAÇÃO DA SITUAÇÃO FISCAL, me veio à mente que um bom título para o relatório poderia ser -OS INVEJOSOS-.
FARIA LIMERS
Mais do que sabido, a grande maioria dos economistas que atuam nas maiores instituições financeiras do país, localizadas na AV. FARIA LIMA, São Paulo, de forma pra lá de explícita, NUNCA ESCONDERAM QUE ESTAVAM FECHADOS COM LULA DA SILVA. Tudo leva a crer, infelizmente, que para permanecer no emprego, muitos se sujeitaram a obedecer aos -conselhos- dos donos dos grandes bancos, mais conhecidos como -FARIA LIMERS-.
PAULO GUEDES
Na real, entretanto, a grande preferência pelo candidato LULA foi motivada pelo nojento sentimento de INVEJA que muitos desses economistas que agora estão convencidos de que a SITUAÇÃO FISCAL ESTÁ PIORANDO DRAMATICAMENTE, nutriam, e ainda nutrem, pelos excelentes ECONOMISTAS -LIBERAIS- PAULO GUEDES e ROBERTO CAMPOS NETO.
CONFUSOS
Mais: confusos e muito provavelmente por estarem fortemente dominados pela INVEJA, um em cada cinco economistas que participaram do QPC acreditava que o COPOM deveria reduzir a TAXA SELIC em 0,25 pp na mais recente reunião. Que tal?
COMPETITIVIDADE
Só espero que a INVEJA não impeça a conscientização de que - PELO QUINTO ANO SEGUIDO, O BRASIL APARECE ENTRE AS DEZ PIORES POSIÇÕES NO RANKING QUE MEDE O NÍVEL DE COMPETITIVIDADE DAS NAÇÕES, como informa o seríssimo INSTITUTE FOR MANAGEMENT DEVELOPMENT (IMD), com sede na Suíça.
LIDANDO COM AS CATÁSTROFES
Via de regra, em países cujos povos (eleitores) são dotados de bom senso e um mínimo de inteligência, os governantes tratam de usar as eventuais TRAGÉDIAS para encaminhar SOLUÇÕES do tipo que ATAQUEM AS CAUSAS a ponto de fazer com que novas e indesejáveis CATÁSTROFES não consigam produzir EFEITOS DEVASTADORES.
DESPESAS OBRIGATÓRIAS
Infelizmente, no nosso Brasil, a situação é bem diferente: o povo em geral prefere ouvir PROMESSAS, pouco se importando com as REALIZAÇÕES. Mais: por apresentar grave deficiência de inteligência, o brasileiro em geral não sabe que, por DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL, as MAIORES, PREOCUPANTES E SEMPRE CRESCENTES DESPESAS PÚBLICAS, INDEPENDENTE DA EXISTÊNCIA OU NÃO DE QUALQUER TIPO DE TRAGÉDIA, PRECISAM SER CUMPRIDAS RELIGIOSAMENTE. Como as FOLHAS DE SALÁRIOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS - ATIVOS E INATIVOS DA UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS, CONSOMEM EM TORNO DE 70 A 80% DOS IMPOSTOS ARRECADADOS, SÃO PROTEGIDAS POR -CLÁUSULAS PÉTREAS- QUALQUER MODIFICAÇÃO SÓ É POSSÍVEL ATRAVÉS DE UMA -NOVA CONSTITUIÇÃO-. Ou seja, para que fique bem claro: nenhuma PEC tem este ALCANCE.
ORÇAMENTOS PÚBLICOS
Ora, considerando que em torno de 95% das DESPESAS que constam nos ORÇAMENTOS DA UNIÃO, DOS ESTADOS E MUNICÍPIOS são OBRIGATÓRIAS, ou seja, os governantes são OBRIGADOS A CUMPRIR, e as TRAGÉDIAS não estão incluídas nestas rubricas, quem não INTEGRA A -PRIMEIA CLASSE DE BRASILEIROS-, formada por SERVIDORES PÚBLICOS -ATIVOS E INATIVOS-, precisa saber que só tem direito a ouvir PROMESSAS dos governantes. E neste particular a maioria, por covardia, MENTE SEM PARAR.
DOMINÂNCIA FISCAL
Como os leitores devem ter percebido, em nenhum momento referi sobre a TRAGÉDIA CLIMÁTICA que devastou o RS. Por mais séria e imensa que ela seja, uma outra TRAGÉDIA, avassaladora, já se faz presente no Brasil. Trata-se da TRAGÉDIA FISCAL produzida e cultivada pelo GOVERNO LULA. A propósito, eis o que diz o diretor do Ibmec, Reginaldo Nogueira , no seu artigo - PRECISAMOS FALAR SOBRE O RISCO DE DOMINÂNCIA FISCAL-, publicado hoje, 26, no site Investing.com:
- Nas últimas semanas, à medida que se tornava mais clara a extensão dos desafios fiscais e o baixo engajamento do governo em tratar do tema, houve grande piora no humor do mercado com relação ao desempenho da economia brasileira. Embora o governo não queira admitir, essa preocupação do mercado encontra respaldo nos dados: o déficit primário acumulado em 12 meses supera 2% do PIB, com o déficit nominal (incluindo pagamento com juros) acima de 9%. Nesse contexto, a dívida bruta alcançou 76% do PIB, e mantem trajetória de crescimento, o que acende a luz vermelha.
Foi neste contexto que se viu um aumento da pressão sobre o governo para apresentar um PLANO DE CONTINGENCIAMENTO E DISCUSSÃO SOBRE O TAMANHO DOS GASTOS OBRIGATÓRIOS, provocando um embate com o congresso e mesmo dentro do próprio governo. Essa dificuldade para apresentar soluções para o problema fiscal coloca o país numa trajetória de aumento de incertezas que afeta câmbio e juros futuros. Aqui cabe uma discussão sobre o risco de ‘dominância fiscal’ para o país, na qual a falta de um ajuste afete a inflação e a própria política monetária.
DOMINÂNCIA FISCAL é uma situação na qual o DESEQUILIBRIO FISCAL domina todas as estratégias de política econômica do país. A crise fiscal pede aumento dos juros, o que por sua vez agrava a situação fiscal (déficit nominal). Essa piora fiscal provoca fuga de capitais e desvalorização da moeda, a qual afeta a inflação via preços de importados. Esse canal, em última instância, pode inviabilizar a condução de política monetária para o controle inflacionário.
Em outros termos, a piora fiscal pode, em uma situação extrema, gerar uma espiral na qual a crise fiscal gera expectativa de aumento dos preços que requer intervenção do Banco Central com subida da Selic, a qual impõe ampliação da crise fiscal por piora do déficit nominal e da dívida. Assim, duas soluções de curto prazo são necessárias: geração de novas receitas orçamentárias (novos impostos ou revisão de renúncias fiscais) e/ou redução dos gastos públicos. O governo está tentando atuar na primeira via, sob forte questionamento político do congresso nacional, mas pouco avançou na segunda direção.
É hora de se discutir uma REVISÃO DOS GASTOS E UM REFORÇO DAS METAS DO ARCABOUÇO FISCAL, colocando um freio sobre o crescimento do DÉFICIT PÚBLICO, para que possamos evitar essa armadilha da dominância fiscal.
SANTAYANA
Revendo alguns pensadores, me chamou a atenção o quanto o filósofo hispano-americano George Santayana (1863-1952), ENFATIZAVA O PROGRESSO. Como tal, entendia e pregava que o CONHECIMENTO E A CRENÇA não surgem da RAZÃO, mas da INTERAÇÃO ENTRE A MENTE E O AMBIENTE MATERIAL.
CONDENADOS A REPETIR
Segundo Santayana, PARA QUE O PROGRESSO SEJA POSSÍVEL DEVEMOS NÃO APENAS LEMBRAR DAS EXPERIÊNCIAS PASSADAS, MAS TAMBÉM DE SERMOS CAPAZES DE APRENDER COM ELAS. Resumindo: AQUELES QUE NÃO CONSEGUEM LEMBRAR O PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LO.
GOVERNANTES PETISTAS E PEDETISTA
Pois, dentro desta LÓGICA DE RACIOCÍNIO sinto-me no dever de ALERTAR constantemente o POVO BRASILEIRO, notadamente do POVO GAÚCHO, para que NÃO ESQUEÇA DOS GOVERNOS PASSADOS, principalmente dos governantes PETISTAS E PEDETISTAS, fortemente identificados com o COMUNISMO. Insisto: esses dois partidos -PT E PDT- integram a Organização Comunista - FORO DE SÃO PAULO-.
IMPERDOÁVEL
Como estamos nos aproximando das Eleições Municipais, e o POVO GAÚCHO está colhendo os GRAVES EFEITOS DA TRAGÉDIA CLIMÁTICA que arrasou inúmeras cidades do RS, o que não pode acontecer, em hipótese alguma, é REPETIR AS TRAGÉDIAS POLÍTICAS IMPOSTAS por governantes do PDT e do PT. Atenção: REPETIR OS ERROS DO PASSADO SOA COMO UMA GRANDE BOFETADA NA CARA DE TODOS OS BRASILEIROS QUE SE SOLIDARIZARAM COM OS GAÚCHOS. Ou seja, QUEM NÃO SE AJUDA NÃO TEM COMO MERECER QUALQUER AJUDA. IMPERDOÁVEL!
ESPAÇO PENSAR +
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: IDADE DAS TREVAS, por Roberto Rachewsky. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar
SEM FELICIDADE
Antes de tudo, para que fique bem claro, não me faz nem um pouco feliz escrever -repetidamente- editoriais contendo comentários ou críticas sobre SITUAÇÕES, PROPOSTAS e/ou DECISÕES EQUIVOCADAS, algumas até CRIMINOSAS, que vem sendo tomadas com preocupante frequência por diversos integrantes dos PODERES DA REPÚBLICA (??), notadamente pelos SUPERMINISTROS DA SUPREMA CORTE.
LIBERDADE ALHEIA
Mais do que sabido por todos os leitores, as minhas opiniões têm como base 1- a LIBERDADE DE PENSAMENTO; e, 2- o uso constante da LÓGICA DE RACIOCÍNIO, coisas que, a bem da verdade absoluta, passaram a ser fartamente condenadas e repudiadas por simpatizantes do comunismo que, de forma inquestionável, não suportam a LIBERDADE ALHEIA.
CENSURA
Pois, por incrível que possa parecer, quem efetivamente está combatendo, com unhas e dentes, a LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DE PENSAMENTO ALHEIA, são os -PROFISSIONAIS- QUE ATUAM NAS EMPRESAS DE COMUNICAÇÃO. Para esses, os AMADORES, que se utilizam das REDES SOCIAIS para postar NOTÍCIAS, INFORMAÇÕES, OPINIÕES, etc., precisam ser BANIDOS DO SISTEMA. Para tanto defendem a REGULAÇÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS, que soa e ressoa, em todos os cantos do mundo, como pura CENSURA.
RESERVA DE MERCADO
Pois, em defesa da clara PERDA DE ESPAÇO DA MÍDIA formada por -PROFISSIONAIS-, que passou as ser paulatinamente OCUPADA pelas MÍDIAS SOCIAIS, formadas por -comunicadores AMADORES-, para minha SURPRESA o presidente emérito do Grupo RBS, Jaime Sirotsky, em entrevista publicada na ZH de ontem, defendeu a REGULAÇÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS. No fundo, no fundo, Jaime quer que o governo imponha uma -RESERVA DE MERCADO-, do tipo que possa garantir o futuro da sua empresa de comunicação. Pode?
COMENTÁRIOS A RESPEITO
No seu blog, o atento jornalista Políbio Braga postou: -Jaime Sirotsky saiu do seu tradicional silêncio obsequioso para falar sobre seu jornal, sobre a imprensa e a respeito da liberdade de expressão, com ênfase para as redes sociais. Jayme, associado ao seu irmão Maurício, compraram Zero Hora no início do regime militar, pouco depois que o jornal mudou de nome da noite para o dia, 4 de maio de 1964, abandonando a roupagem do esquerdista Última Hora. Ele sempre foi DEFENSOR DA AUTORREGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE JORNALÍSTICA, como conta na entrevista, mas, agora, acha que o JORNALISMO DIGITAL, com ênfase para as redes sociais, precisa ser CENSURADO ("Regulamentados", como diz ele e o pessoal da esquerda e do STF).
O que o presidente emérito da RBS não reconhece publicamente, é que o tipo de jornalismo tradicional que o grupo faz, não possui mais o monopólio da informação e da verdade, atacado que é pelo livre ambiente das redes sociais. Mais: ignora que pontos fora da curva possuem sanções brutais e disponíveis nos âmbitos da Constituição, dos Códigos Civil, Processo Civil, Penal e Processo Penal, sem contar o Marco Civil da Internet e a Lei de Proteção de Dados.
VERDADES (IN)CONVENIENTES
Já o pensador e advogado Pedro Lagomarcino postou um texto com o título -VERDADES (IN)CONVENIENTES- que diz o seguinte:
-Eu sempre tive náuseas do comportamento social de Sartre. Mas, como uma única frase dele tenho de concordar:
" Odeio vítimas que respeitam os seus carrascos ".
Equivoca-se, e muito, Jaime Sirotsky ao dizer que " é indispensável a regulação das mídias sociais ".
Esse argumento coloca em xeque a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão.
Mais, faz de ambas verdadeiros capachos para as botas dos carrascos que irão exterminá-las num horizonte não muito distante, com os excessos de regulação. Aliás, e que já fazem da sociedade e dos cidadãos reféns de suas próprias consciências, impondo-lhes o medo da perseguição e o silêncio.
A excessiva regulação das redes sociais que objetiva o Projeto das Fake News é eivada de interesses escusos e objetiva promover desenfreado e tirânico controle social, criminalizado condutas.
Referido Projeto, se virar Lei, será utilizada, conforme o governo da ocasião, como instrumento de perseguição de desafetos políticos e de pessoas (físicas ou jurídicas) que querem mudar o "status quo" mediante o exercício das garantias constitucionais, leia-se, direitos fundamentais, de poder livremente se expressar e de noticiar os fatos, sem as amarras das pomposas contribuições que recebem dos governos que as financiam, para que disseminem uma visão de mundo panglossiana, querendo proliferar uma escala fordista de ingenuidade, como se todos fôssemos Cândidos.
Há algo ainda mais preocupante, o que seja, a afirmação de que " uma sociedade cria seus regulamentos por meio dos instrumentos que legalizam a Constituição ".
Respeitosamente, é exatamente o oposto que deve ocorrer.
Uma sociedade só pode criar regulamentos a partir da Constituição. É ela que valida ou não as regulamentações criadas.
Se o contrário fosse possível, não bastasse a trágica realidade imposta pelos que têm dever constitucional de serem os guardiões da Constituição, viveríamos num estado de anomia e barbárie, porque cada um se acharia no direito de criar o regulamento que melhor lhe favorece, para moldar a Constituição que quer que exista. E assim, a Constituição se tornaria então um ciborgue, formado de regulamentos isolados e autóctones, os quais teriam vida própria.
Verdade seja dita, a sociedade brasileira está imersa em um pântano de veículos tradicionais, no qual empresas de comunicação pregam uma ética volátil que tem por hábito suavizar a verdade dos fatos e não raras vezes mudar abruptamente a linha editorial conforme o aumento do aporte da cota de publicidade oficial que recebem dos governos eleitos.
E neste pântano encontram-se quatro flores de lótus, senão quatro bastiões da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão: a Revista Oeste, o Programa + Brasil (de Júlio Ribeiro), Agora (de Guilherme Baumhardt) e Ponto Crítico (de Gilberto Simões Pires). Nestes Programas, tenho certeza absoluta: o telefone não toca pedindo que "rolem cabeças" dos que verdadeiramente defendem a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão, para que venham a preterir noticiar os fatos e preferir as versões.
Aliás, e se toca, tenho certeza absoluta que logo em instantes emudece, digamos assim, para economizar o tempo de quem liga e, em especial, o de quem atende a ligação.
ESPAÇO PENSAR +
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: A EXTREMA ESQUERDA EM LOCKDOWN MENTAL, por Percival Puggina. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar.
O EFEITO -GOVERNOS DE ESQUERDA-
Os leitores que acompanham de perto os meus editoriais já perceberam que dos TRÊS ESTADOS DO SUL DO BRASIL (RS, SC e PR), o RIO GRANDE DO SUL, que por muitos anos apresentou MAIOR CRESCIMENTO ECONÔMICO, na medida em que os gaúchos preferiram eleger governantes declaradamente de ESQUERDA a situação -mesmo em condições climáticas tidas como -normais-, mudou drasticamente. Com isso o RS já não tem mais como competir com o PARANÁ e SANTA CATARINA, que segundo dados oficiais, figuram -sistematicamente-, entre os TRÊS ESTADOS com o MAIOR CRESCIMENTO ECONÔMICO DO PAÍS.
GOVERNADOS PELA DIREITA
Vejam que, em 2023, enquanto o RS cresceu apenas 1,7% o PARANÁ registrou o MAIOR CRESCIMENTO ECONÔMICO do país, com 5,8%, -EXATAMENTE O DOBRO DA MÉDIA NACIONAL, que foi de 2,9%. Logo atrás de Minas Gerais, vem Santa Catarina, com crescimento de 3,7%. Não por acaso, é importante lembrar, que os três estados com maior crescimento econômico em 2023 são governados por políticos do centro à direita – Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.
PORTOS CATARINENSES
O que mais chama a atenção é que SC, mesmo apresentando a menor área territorial dos TRÊS ESTADOS DO SUL, possui CINCO PORTOS. E neste particular, como bem informa o relatório anual do setor, divulgado ontem pela ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários, os portos catarinenses de Navegantes e Itapoá fecharam 2023 entre os QUATRO PORTOS COM MAIOR MOVIMENTAÇÃO DE CONTAINERS NO BRASIL. A propósito eis aí a classificação da Antaq por volume de carga:
PORTO DE ITAJAÍ
Detalhe mais do que importante: Após UM ANO E SEIS MESES PARALISADO, O PORTO DE ITAJAÍ voltará a operar, sob gestão privada, a partir do próximo dia 6 de julho. A “reinauguração’ é aguardada com ansiedade por todos que dependem do Porto de Itajaí para trabalhar, além da retomada econômica da cidade. Sem esquecer que a cidade de ITAJAÍ se destaca como o município com o maior PIB Municipal de SC (R$ 47,8 bilhões), um pouco a frente de Joinville. Que tal?