GRANDE MENTIRA
Entre as milhares de FAKE NEWS que são ditas, escritas e postadas em todas as plataformas de comunicação, tanto no nosso Brasil quanto fora dele, a mais FALSA E ESCANDALOSA de todas está contida na expressão: -O POVO É SOBERANO-. Ora, por mais que a nossa Constituição estabeleça a SOBERANIA como um dos FUNDAMENTOS DA NOSSA REPÚBLICA, e como tal esclarece que o -POVO É O TITULAR DO PODER SOBERANO-, isto, a bem de todas as verdades, é absolutamente FALSO.
SOBERANIA NO BRASIL
A rigor não é preciso ir muito fundo neste relevante tema para entender que a VERDADEIRA E ABSOLUTA SOBERANIA BRASILEIRA é exercida -ao vivo e em cores- pelos integrantes da PRIMEIRA CLASSE DE BRASILEIROS, composta exclusivamente, por SERVIDORES PÚBLICOS de todos os níveis e órgãos, notadamente pelos ministros da SUPREMA CORTE, cujos integrantes tomam decisões definitivas, onde inúmeras delas contrariam o que estabelece a nossa CARTA MAGNA.
SEGUNDA CLASSE
Gostem ou não, o FATO -INCONTESTÁVEL- é que a PRIVILEGIADA -PRIMEIRA CLASSE-, em torno de 13 milhões de pessoas (6,1% da população), por força de lei constitucional GOZA DE DIREITOS E/OU PRIVILÉGIOS -PÉTREOS- que não são estendidos aos restantes 93,9% da população, que compulsoriamente não tem outro destino senão integrar a -SEGUNDA CLASSE DE BRASILEIROS-, cujo DEVER, ou OBRIGAÇÃO, É PAGAR A ENORME CONTA DOS ALTOS PRIVILÉGIOS CONCEDIDOS AOS VERDADEIROS -SOBERANOS-.
ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO
Só por aí, sem tirar nem pôr, é mais do que flagrante que se trata de uma COLOSSAL MENTIRA, ou -FAKE NEWS-, o Art. 5º da nossa Constituição, que estabelece, MENTIROSAMENTE, que - TODOS OS BRASILEIROS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI . Há, portanto, que se admita, de uma vez por todas, que o POVO BRASILEIRO não é, nem nunca foi, SOBERANO, como muita gente ainda acredita. Sem o menor interesse em confrontar pessoas e situações, há que se reconhecer que só o FATO DE EXISTIREM -DUAS CLASSES DE BRASILEIROS-, isto é mais do que bastante para entender, ainda que contra a própria vontade, que os verdadeiros SOBERANOS são aqueles que integram a PRIMEIRA CLASSE.
LIVROS DE CABECEIRA
Algumas OBRAS, mesmo depois de lidas e compreendidas, por conta de seus conteúdos eleitos como MARCANTES precisam ficar sempre por perto, prontas e disponíveis para novas e repetidas leituras ou breves consultas. Como tal, mais do que sabido, essas seletas obras são eleitas e/ou consagrados como -LEITURAS DE CABECEIRA-.
CAMINHO PARA A SERVIDÃO
Pois, levando em boa, nítida e elevada conta a LENTA, GRADUAL E SEGURA -DEGRADAÇÃO ECONÔMICA- do nosso cada dia mais empobrecido Brasil, recomendo a leitura ou a releitura do livro -O CAMINHO DA SERVIDÃO-, ou o CAMINHO PARA A SERVIDÃO (The Road to Serfdom), de autoria do economista -liberal- Friedrich August von Hayek, vencedor do prêmio Nobel de Economia de 1974, destacando-se como uma das obras de referência na defesa do LIBERALISMO ECONÔMICO.
ENCAMINHAMENTO PARA A DITADURA
Numa curta resenha, que cabe como uma luva para a atual situação que o nosso Brasil está enfrentando, à olho nu, Hayek mostrou, em 1944, em -O CAMINHO DA SERVIDÃO-, que TODA DIMINUIÇÃO DA LIBERDADE DE MERCADO EM TROCA DO PLANEJAMENTO ESTATAL DA ECONOMIA representa uma DIMINUIÇÃO DA PRÓPRIA LIBERDADE HUMANA, encaminhando as sociedades, não para o -BEM-ESTAR SOCIAL- mas para uma DITADURA CADA VEZ MAIS BRUTAL.
REGIMES BUROCRÁTICOS
Em suma, como bem refere a economista Mariana Peringer, do Instituto de Formação de Líderes de São Paulo: -na sua importante e irreparável obra Hayek demonstra que todas as formas de coletivismo, seja o nazismo ou o socialismo, levam, inevitavelmente, à tirania e à supressão das liberdades. De forma muito enfática, Hayek diz que em um sistema de PLANEJAMENTO CENTRAL DA ECONOMIA a alocação de recursos é de responsabilidade de um PEQUENO GRUPO, sendo este incapaz de processar a enorme quantidade de informações necessárias para essa tarefa. Face à gigantesca concentração de poder nas mãos de um limitado número de burocratas, divergências acerca da implementação das políticas econômicas levariam, de uma forma ou de outra, ao uso da força pelo governo para que suas medidas fossem toleradas, tese também defendida por Ludwig von Mises, que demonstrou a impossibilidade do cálculo econômico em uma comunidade socialista.
DECEPÇÃO
A propósito, eis o artigo -DO CAMINHO DA PROSPERIDADE PARA O CAMINHO DA SERVIDÃO- escrito pelo administrador Stephen Kanitz, em 9 de novembro de 2022.
Não me conformo que a elite brasileira, os intelectuais brasileiros, os economistas, os jornalistas brasileiros e a classe média tenham destruído a última chance do Brasil dar certo.
Existe um limite de problemas sem solução que uma economia consegue suportar.
Estamos acumulando problemas há 50 anos, sem sequer discuti-los nas eleições.
Já estávamos no limite do suportável, e por causa de um punhado de pessoas vamos para o precipício.
Do qual talvez jamais retornaremos. Vide Cuba.
FHC, Lula e Dilma, fizeram péssimos governos, simplesmente surfaram o aumento de produtividade demográfica, que acabou.
Agora teremos o inverso, uma queda de produtividade e aumento de impostos à medida que vamos envelhecendo.
O gráfico vermelho mostra a proporção da população economicamente ativa, versus a população dependente do que nós ativos produzimos.
Em 2060 entraremos em colapso, mais pessoas aposentadas do que trabalhando.
Ou seja, muito antes de 2060 nossos filhos serão taxados em quase 100%, para que seus pais irresponsáveis possam viver.
Obviamente entraremos numa guerra civil ou mais provavelmente nossos jovens vão mudar de país, Estados Unidos ou Canadá, e os velhos morrerão de fome cantando Lula Lá.
Existiria outra saída, a de criarmos empresários e engenheiros criativos que consigam triplicar nossa produtividade.
Mas elegemos um sindicalista e um bando de professores que odeiam metas de produtividade.
Estou arrasado porque gastei metade da minha vida alertando sobre esse dia, e esse dia chegou.
30 de Outubro de 2022, entrará na história como o dia em que rejeitamos a esperança de dar uma virada no curso da nossa história.
Aos jovens como Felipe Neto, aos jornalistas como William Bonner, aos economistas como Pérsio Arida, aos empresários como Guilherme Leal, que irresponsabilidade social vocês cometeram.
Eram suas a responsabilidade de olhar para o futuro, eram vocês que deveriam ter alertado da nossa dívida previdenciária de 45 trilhões, que seus próprios netos terão de pagar.
Eram vocês que deveriam ter apoiado quem escolheu técnicos e não políticos para cargos no Executivo.
Eram vocês que deveriam ter apoiado o louco que estava reduzindo o tamanho do Estado, reduzindo impostos, e financiando startups.
Não é o povo facilmente enganado por políticos populistas que prometem picanha que são os culpados desse desastre eleitoral.
Foram vocês, os mais esclarecidos e bem informados, que destruíram o futuro do país pensando em interesses de curto prazo.
Que decepção!
ESPAÇO PENSAR+
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: O GOVERNO LULA, DE MAL A PIOR, por Percival Puggina. Confira aqui: https://pontocritico.com/espaco-pensar
LUMINAR
Depois de rajadas de infinitas asneiras ditas e repetidas mil vezes pelo LETRADO, LITERATO, ERUDITO E LUMINAR presidente Lula, ontem o tipo reuniu forças e foi ainda mais além quando disse -alto e bom tom-, que a ALTA DO DÓLAR É CONSEQUÊNCIA DE ESPECULAÇÃO E COMO TAL O BANCO CENTRAL TEM A OBRIGAÇÃO DE INVESTIGAR A SITUAÇÃO. Fantástico, não?
VOLTAR PARA O ÚTERO
Pois, bem antes de escrever este editorial achei por bem visitar algumas maternidades com o propósito de saber como os bebês recém-nascidos estavam se sentindo quanto às afirmações feitas pelo LUMINAR. Nesta peregrinação, o que muito me chamou a atenção é que todos os bebês, sem exceção, disseram -em coro- que queriam voltar imediatamente para os úteros de suas mamães.
COMPRADO EM DÓLAR
Como se vê, até os mais ingênuos têm absoluta certeza de que as ACUSAÇÕES que Lula faz -dia sim dia também-, ao excelente presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, combinam, perfeitamente, com a postura de quem COMPROU QUANTIDADES ENORME DA MOEDA NORTE AMERICANA. Ou seja, LULA, ESPERTAMENTE, DEU A ENTENDER, CLARAMENTE, QUE USOU A SUA CONDIÇÃO DE PRESIDENTE DO PAÍS PARA -GANHAR-, e não ESPECULAR, COM A ALTA DO DÓLAR. Só pode.
ARRISCAR OU TER CERTEZA?
Para que fique bem claro -ESPECULADOR É AQUELE QUE ARRISCA O SEU DINHEIRO NA ESPERANÇA DE OBTER LUCRO NO CURTO PRAZO COM AS VARIAÇÕES DE PREÇOS.- LULA, como se vê, não ESPECULOU, a considerar que não ARRISCOU coisa alguma. De novo: na sua condição de presidente era mais do que CERTO que SAIRIA GANHANDO.
ESPAÇO PENSAR+
No ESPAÇO PENSAR+ de hoje: OFÉLIO, O DESPREPARADO, por Alex Pipkin. Confira aqui: https://pontocritico.com/espaco-pensar
SEM SURPRESA
Antes de tudo, para que fique bem claro, não é minimamente admissível que aqueles que resolveram votar em Lula nas Eleições de 2022 estejam se declarando -SURPRESOS- com as DECISÕES, ATITUDES, MANIFESTAÇÕES, E/OU DECLARAÇÕES que, DESDE SEMPRE- são feitas pelo presidente. Até porque Lula, dentro de sua absoluta autenticidade, coerência, e total convicção, jamais escondeu que a GRANDE META DO PT é fazer do Brasil um PAÍS COMUNISTA.
COMUNISTA CONVICTO
Por princípio, meio e fim, mais do que sabido e atestado, Lula sempre teve como grande propósito COLOCAR O ESTADO ACIMA DE TUDO E DE TODOS. Assim, quando se depara com alguma instituição considerada -legalmente- como INDEPENDENTE, como é o caso do BANCO CENTRAL DO BRASIL, aí ele entra em -MODO POSSESSO-. Com isso deixa bem claro que só vai descansar depois de DOMINAR POR COMPLETO a referida autarquia. Ou seja, Lula, como COMUNISTA CONVICTO E DECLARADO, não admite a existência de pessoas ou instituições AUTÔNOMAS ou INDEPENDENTES.
FALAS E MÉTODOS INCENDIÁRIOS
O mais curioso, e talvez é aí que muita gente se mostre SURPRESA E INDIGNADA, é que Lula adota FALAS E MÉTODOS -INCENDIÁRIOS-, cujas chamas têm grande poder destruidor da ECONOMIA e, por consequência, da MOEDA -. Vejam, que não por acaso, Lula resolveu ir mais a fundo nas suas criminosas determinações no exato momento em que o PLANO REAL está completando 30 anos.
CÁLICE ENVENENADO
Vale lembrar a todos, notadamente aos ELEITORES QUE SE DECLARAM ARREPENDIDOS POR TER VOTADO EM LULA, que o PT, assim como, o PDT, se posicionaram visceralmente -CONTRA O PLANO REAL-. Mais: na ocasião, o líder do PDT, Leonel Brizola, comparou a moeda -REAL- a um -CÁLICE ENVENENADO-.
DOCUMENTÁRIO - O CAMINHO DA PROSPERIDADE
Foi noticiado na Gazeta do Povo de hoje, 02, que o documentário - O CAMINHO DA PROSPERIDADE “, que conta a trajetória de Paulo Guedes, será lançado no Brasil
A coluna Entrelinhas, do jornal Gazeta do Povo, conversou com o cineasta Paulo Moura, diretor do documentário, que narra o período em que o economista Paulo Guedes ocupou o cargo de ministro da Economia, entre os anos de 2019 e 2022, na gestão de Jair Bolsonaro. O cineasta destaca que Guedes foi responsável pela agenda econômica mais emblemática que o país teve desde a sua redemocratização. Produzido pela Ema Conteúdo, o filme traz uma série de entrevistas de economistas e especialistas que acompanharam as ações de Guedes durante o governo passado.
Com 77 minutos de duração, “O Caminho da Prosperidade” foi lançado no dia 14 de maio em Nova York, nos Estados Unidos (EUA), com sala cheia e com a presença do protagonista e de membros de sua equipe econômica. Agora, a intenção do diretor é que o documentário seja exibido no Brasil. “Pretendemos mostrar o filme no país inteiro por demanda de interessados”, explica Paulo Moura. O diretor afirma que a ideia é estimular o público a entrar em contato com os produtores para que sejam combinadas as bases da exibição em cada cidade. “Já temos 17 contatos de possíveis apoiadores, em diferentes cidades do Brasil”, conta o cineasta. Paulo Moura explica ainda que, com a divulgação do filme, pretende criar uma espécie de movimento de defesa das ideias do ex-ministro Paulo Guedes.
O documentário pode ser exibido em cinemas, auditórios, empresas e até mesmo por ativistas que desejam disseminar esses ideais econômicos, já que existe a possibilidades do documentário ser assistido em uma plataforma independente. Até o momento, há negociações em andamento nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Rio de Janeiro e Brasília. Os interessados podem entrar em contato pelo e-mail: dextrajornalismo@gmail.com.
30 ANOS
Mais do que percebido, praticamente todos os jornais e emissoras de rádio e televisão de todo o país estão apresentando farto material apontando os indiscutíveis EFEITOS -BENÉFICOS- que foram produzidos pelo importante -PLANO REAL-, que, nesta data, 1º de julho, está completando 30 ANOS.
TRIPÉ MACROECONÔMICO
Vale lembrar que o ALICERCE que garantiu o SUCESSO DO PLANO REAL foi formado por um TRIPÉ MACROECONÔMICO composto por:
1- SUPERÁVIT PRIMÁRIO;
2- CÂMBIO FLUTUANTE; e
3- META DE INFLAÇÃO
MEDIDAS IMPERIOSAS ESQUECIDAS
Entretanto, o que pouquíssimos brasileiros e estudiosos no assunto nunca levaram em conta é que tão logo o PLANO REAL se consolidasse como o BOM REMÉDIO que, enfim, mostrou ser CAPAZ DE DEBELAR A INFLAÇÃO GALOPANTE, novas e certeiras medidas se faziam necessárias. As principais, que lamentavelmente foram esquecidas, ou desconsideradas, tratam da imperiosa DESVINCULAÇÃO, DESINDEXAÇÃO E DESCARIMBAÇÃO DAS DESPESAS DO ORÇAMENTO.
ROMBOS NAS CONTAS PÚBLICAS
A propósito, para quem não está muito atento, MAIS DE 90% DAS DESPESAS PÚBLICAS SÃO CARIMBADAS, ou seja, simplesmente NÃO HÁ FORMA DE MANEJAR E REDIRECIONAR OS RECURSOS. Como os nossos parlamentares não se debruçam sobre este PREOCUPANTE TEMA, e o Chefe do Executivo é um PERDULÁRIO NATO, o resultado não poderia ser outro, senão o acúmulo de sucessivos ROMBOS NAS CONTAS PÚBLICAS.
ESPAÇO PENSAR+
Texto do pensador Dagoberto Lima Godoy
CUIDADO! PODE NÃO SER SÓ INCOMPETÊNCIA
Você pode estar perplexo com a situação atual, abismado diante da sucessão de medidas estapafúrdias do governo Lula na condução da economia nacional. Como interpretar tantos e tão evidentes erros, senão como produto da tremenda incompetência característica de regimes do tipo de “socialismo bolivariano” que Lula não se cansa de elogiar e apoiar, ele e seus comparsas do tal Foro de São Paulo.
Mas será mesmo só incompetência e miopia ideológica? Ou se trata, de fato, do desdobramento do projeto intentado pela esquerda durante o governo militar, cuja posta em prática segundo a receita trostkista de luta armada acabou naufragando diante da repressão aplicada na mesma moeda? O que se sabe agora é que, com a tão comemorada redemocratização e com a Constituinte de 1988, o mesmo projeto revolucionário, longe de ser abandonado, foi como que modernizado com uma mudança de métodos, vindo Trotsky a ser substituído por Antonio Gramsci e sua sofisticada estratégia de busca do poder hegemônico através da “conquista de corações e mentes” (no Brasil, energizada por Paulo Freire, não por acaso elevado à excelsa posição de patrono da educação nacional). Então, iniciou-se uma sistemática e insistente infiltração da doutrina revolucionária no tecido sociopolítico nacional, habilmente revestida de propostas de justiça social, mas conducente a um modelo de democracia totalitária, do tipo que impõe um consenso que não admite dissenso, porque pretende ser o consenso de todos.
Sob o manto licencioso do regime democrático instituído pela Constituição de 88, tão rico em direitos sociais garantidos pelo Estado quão pobre em deveres de cidadania, a implementação da estratégia gramscista avançou em duas frentes políticas, atuando como adversárias nas eleições, mas convergentes em seu âmago socialista. De um lado o PSDB de FHC, tendo como inspiração e modelo as sociais-democracias dos países nórdicos da Europa; de outro lado, o PT de Lula, em sua dissimulada adoração do comunismo chinês, com derivativos latino-americanos já vigentes na Venezuela, na Nicarágua e afins.
A primeira eleição de Lula à Presidência injetou entusiasmo bastante para que a ala petista avançasse sobre redutos da política tradicional com uma ação mais desinibida de recrutamento, com destaque para o “mensalão", a manobra sórdida de suborno de parlamentares que Lula publicamente assumiu, sob a justificativa de se tratar de algo “que os outros sempre fizeram”. Desmascarada a vilania, o projeto retraiu-se na forma consagrada de governo de coalisão, sustentado pelo loteamento dos ministérios e a distribuição de cargos, incluindo os da alta direção de empresas estatais Ajudado pela conjuntura internacional favorável, Lula não só se reelege como consegue passar o bastão presidencial para o “poste” de sua preferência, com o que chegamos ao malfadado governo Dilma e a o quadro que, pela primeira vez, pareceu deixar clara a tentativa de partir para a fase final e decisiva de tomada do poder e ultimação da mudança de regime.
Dilma mostrou-se disposta a “fazer qualquer coisa” para levar à frente o projeto, para tanto avançando em três eixos de ação desgovernante: a continuidade da coalisão espúria sustentada pelo loteamento da administração e a distribuição de benesses do erário; a cumplicidade com o paroxismo de corrupção desmascarado pela Lava-Jato; e, afinal, com a implementação da incrível “nova matriz econômica” que levou a economia nacional à beira do abismo. A antecipação precipitada da estratégia fracassou com o impeachment e a eleição de Bolsonaro, mas pode ter revelado a estratégia que, segundo tudo indica, viria a ser novamente adotada depois da volta de Lula “à cena do crime” (na inspirada imagem do seu vice-presidente e incoerente aliado). E, estarrecido, observo agora a repetição do quadro de desgoverno, tantas e tão disparatadas são as ações da gestão petista, emoldurada pelo igualmente incrível “arcabouço fiscal” de Hadad, que nada mais faz do que endossar a gastança irresponsável e ir fundo na sangria do sistema produtivo através da criação manipulada das regras fiscais.
Ao ver o que parece um esforço voluntário do governo para provocar o caos econômico – tantas são as medidas absurdas que vem se sucedendo – chego a pensar que isso possa ser a repetição da estratégia antes tentada por Dilma: um plano revolucionário para estender o caos da economia aos campos social e político, a fim de criar a condição para o arremate revolucionário e a imposição de uma ditadura política, nos moldes do “socialismo bolivariano” tão admirado por Lula e seu partido.
Uma hipótese conspiratória? Dirá você: “Se assim for haverá de fracassar como a pretensa tentativa anterior”. Respeito a sua opinião, mas pense bem: daquela feita, Dilma ainda não contava com a escalada do globalismo, com suas sofisticadas bandeiras de grande apelo popular, alicerçadas em teses tidas como altamente científicas: aquecimento global, crise climática, superpopulação, identidade de gênero; ou em maximização das ameaças com o propósito de semear o pânico e aumentar a dependência das pessoas em relação ao governo; tudo isso propagado pela mídia nacional subvencionada, em coro com a mídia global. E, mais, Dilma não tinha como aliada uma Suprema Corte partidarizada e desinibida em seus desmandos contra a própria Constituição sob seus cuidados. Finalmente, mas não menos importante, não dispunha de Forças Armadas aparentemente domesticadas, prontas a obedecer a ordens infames, como ocorreu na triste data de 8 de janeiro de 2023.
Estarei alucinando?
Talvez, mas não completamente. Tanto é que alimento a esperança de que o tiro saia pela culatra, lembrando quão decisivo é o estado da economia na mobilização das massas populares, como enfatizou o marqueteiro da campanha presidencial de Bill Clinton, em 1992, cunhando a expressão que ficou famosa: “It’s the economy, stupid!“ (É a economia, idiota!). Pois penso que é justamente em função do desastre econômico que vem sendo semeado pelo governo Lula que posso ainda esperar uma reação dos meios econômico e (por decorrência) político, a ponto de chegar a um impeachment ou, mais adiante, em eleições isentas de manipulações eletrônicas ou judiciais, a uma derrota de Lula, PT “et caterva”, estancando o desmantelamento da democracia e restaurando o estado de direito em nosso país.
ESCOLHA DE TEMAS
Bem antes de começar a escrever os meus editoriais -diários- os assuntos que serão alvos das minhas opiniões, procuro saber se alguém já se manifestou sobre o mesmo tema. Pois, diante da notícia da TENTATIVA DE GOLPE NA BOLÍVIA, ocorrido nesta semana, achei melhor, ao invés de manifestar a minha opinião, compartilhar o texto -pra lá de esclarecedor- produzido pelo pensador Roberto Rachewsky. Eis:
GOLPES
GOLPE é a ação violenta, armada ou não, que visa o rompimento da ordem constitucional. Golpes podem ser exógenos ou endógenos. Exógenos são os golpes contra a ordem constitucional desferidos por quem não está exercendo o poder. Endógenos são os golpes implementados contra a ordem constitucional por quem está no exercício do poder.
Muitos GOLPES são, na realidade, CONTRAGOLPES para reestabelecer, de forma exógena, a vigência da ordem constitucional, rompida por aqueles que quando estavam governando promoveram golpe endógeno para se manter no poder por tempo indeterminado ou para tomarem decisões arbitrárias violando a ordem constitucional e suprimindo os direitos individuais.
GOLPES podem ter como objeto, o governo apenas, o Estado, ou ambos. A derrubada do governo pode ter como propósito alterar o arcabouço legal ou simplesmente passar a aplicar o que já existia, mas era negligenciado pelos governantes apeados do poder.
GOLPES VIOLENTOS, onde a força é utilizada podem ser iniciados por militares, guerrilheiros ou até mesmo por terroristas que almejam jogar a sociedade no caos.
GOLPES PACÍFICOS contra a ordem constitucional também são plausíveis de acontecer. Basta os governantes deixarem de cumprir o que a Constituição e as leis determinam ao governo que seja feito.
No Brasil, um golpe endógeno vem sendo articulado desde 2015. De lá para cá, o rompimento da ordem constitucional vem se intensificando com decisões que violam tudo aquilo que a Constituição, as leis e o bom senso dizem ser invioláveis.
Na Bolívia, houve um GOLPE DE MENTIRINHA QUE NÃO COLOU. Já no Brasil, as cláusulas pétreas que tratam dos direitos individuais, da separação dos poderes, dos limites do governo, do papel moderador das forças armadas, do sistema eleitoral, foram esfaceladas.
O GOLPE BRASILEIRO foi endógeno, pacífico, sutil e sórdido.
NÃO É A CRÍTICA QUE CAUSA O DESCRÉDITO
Outro texto, com o título - NÃO É A CRÍTICA QUE CAUSA O DESCRÉDITO, MAS O DESCRÉDITO QUE A MOTIVA-, que leva a assinatura do pensador Percival Puggina, é algo que -exige- uma dedicada leitura, e como tal não pode ficar de fora do espaço do editorial de hoje. Aí está:
TEXTO DO PUGGINA
É fácil, muito fácil, compreender a inimizade que nossa Suprema Corte nutre em relação às redes sociais. Os ministros Luiz Fux e André Mendonça, mais o primeiro do que o segundo, acabam de romper a cortina de silêncio e autolouvações com que o STF vinha tentando eclipsar seu litígio com dezenas de milhões de brasileiros incomodados pelo ativismo esquerdista da Corte. Embora o ministro Dias Toffoli se sinta “representante” de cem milhões de votos (na curiosa soma dos votos dados ao presidente que o indicou com os votos dos senadores que o aprovaram), nesse sentir ele é um “trans” – um não eleito que se sente consagrado nas urnas. O poder dos ministros não deriva de representação popular.
Aliás, aproveitando a analogia: o sentir de alguns membros do Supremo, produz um efeito “trans” reverso na sua percepção sobre conservadores e liberais. Cidadãos com apreço à cultura ocidental e seus fundamentos judaico-cristãos são vistos, percebidos e tratados, como “de extrema direita”, suscitando rejeição por se oporem ao falso progressismo tão ativo no topo do judiciário brasileiro.
Todos temos observado, ao longo dos últimos anos, partidos de pouco voto nas urnas e, por consequência, nos plenários, subirem no banquinho de uma estatura política também ela “trans” para se autoproclamarem os únicos representantes das aspirações populares. Sentindo-se assim, bem impressionados consigo mesmos, mas derrotados nas deliberações de plenário, a toda hora correm e recorrem ao STF para buscar lá, entre 11, a maioria que não tem entre seus 513 pares de legítima representação popular. E funciona...!
Em 2019, o ministro Barroso, hoje presidente do STF, proferiu palestra na Universidade de Columbia. Matéria do Estadão sobre o evento, publicada no dia 25 de abril daquele ano, reproduziu uma série de vigorosas afirmações de S. Ex.ª, entre as quais destaco duas. 1ª) “Uma Corte que repetidamente e prolongadamente toma decisões com as quais a sociedade não concorda e não entende tem um problema". 2ª) Depois de esclarecer que tal não era sua opinião, mas fato, afirmou que na percepção da sociedade "alguns ministros demonstram mais raiva dos promotores e juízes que estão fazendo um bom trabalho do que dos criminosos que saquearam o país".
Em março, mês anterior ao referido evento, fora instalado o inquérito 4781 (das Fake News) e uma semana antes, ocorrera a censura ao site O Antagonista e à revista Crusoé. Os problemas de maior porte estavam apenas começando.
É normal que a opinião livre expresse contrariedades. Perguntem à sociedade onde vê mais inverdades, mistificações, falsidades, narrativas, sofismas e omissões. Será nas redes sociais? Ou nos poderes políticos? Ou na velha imprensa? Combater o debate popular autônomo nas redes sociais e na mídia digital é um disparate pois as razões para fazê-lo valeriam contra tudo e contra todos. É muito bom que o cidadão possa dizer o que pensa e isso alcance a muitos. Ele pode fazer soar a campainha do celular no bolso do deputado, acessar suas páginas nas redes, opinar em seus vídeos, falar ao presidente. Qualquer indivíduo pode propagar suas ideias em espaços próprios, em páginas, perfis e canais. Pode criticar seu vereador e seu senador; seu prefeito e seu governador. Pode criticar o Papa. E ninguém dirá que isso é agir para descrédito das instituições. Aliás, esse desabono, quando ocorre, é gerado dentro dos poderes. Não é a crítica que causa o descrédito, mas o descrédito que a motiva.