Artigos

21 dez 2011

AMANTES DAS DITADURAS


ELEIÇÕES MUNICIPAIS

O ano de 2012, independente das dificuldades econômicas que o mundo todo já está experimentando e que, inevitavelmente, também serão sentidas no Brasil, será marcado pelas eleições municipais, que certamente vão ganhar maior espaço na mídia.

PRECISAMOS ELEGER FORTUNATI

Chamo a atenção que, em Porto Alegre, tudo indica que a grande disputa deve ficar entre o atual prefeito, José Fortunati (PDT), e a deputada Federal Manoela DÁvila (PCdoB). Pois, caso isto se confirme, de antemão já informo que farei o máximo que puder para ajudar a eleger Fortunati.

ESTUPIDEZ

A minha decisão de ficar o mais longe possível da Manoela não é recente, gente. Ela me acompanha desde o momento em que a péssima deputada conseguiu aprovar seus dois únicos e estúpidos projetos: a lei da meia entrada e a lei dos estágios. Ambos, como só os que têm algum discernimento sabem, primam pela estupidez.

PC do B

Como estupidez é algo que não tem limite na cabeça dos comunistas, nada mais importante informar àqueles que veem na deputada Manoela a candidata ideal para governar a capital do RS que tipo de partido político é o PCdoB, à qual a infeliz está filiada.

NOTA

Pois, ontem, através de nota publicada, o PC do B, o partido da Manoela D?Ávila, candidata a prefeita de Porto Alegre, manifestou profundo pesar pela morte do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il. Que tal? Segundo diz a nota (fato), o camarada Kim Jong Il manteve bem altas as bandeiras da independência da República Popular Democrática da Coreia, da luta anti-imperialista, da construção de um Estado e de uma economia prósperos e socialistas, e baseados nos interesses e necessidades das massas populares. Maravilha, não?

MÃO DE FERRO

Mais: - Temos a confiança de que o povo coreano e o Partido do Trabalho da Coreia estarão sempre unidos para defender a independência da nação coreana frente às ameaças e ataques covardes do imperialismo, e ao mesmo tempo seguir impulsionando as inovações necessárias para avançar na construção socialista e na melhoria da vida do povo coreano. Que tal?Para quem não sabe, Kim Jong-il estava à frente da dinastia comunista hereditária norte-coreana há 17 anos, nos quais governou com mão de ferro (ditadura) um regime baseado no culto à personalidade. Tá bom assim?

VALE O QUE ESTÁ ESCRITO

Diante da nota, que não surpreende em hipótese alguma, fica claro que os candidatos do PCdoB, se eleitos, têm como meta governar da mesma forma como Kim Jong-il e outros ditadores. Quando dizem algo em contrário é só para disfarçar. O que vale mesmo é que os comunistas escrevem, como consta na nota de pesar.

Leia mais

20 dez 2011

A CAMINHO DA GRÉCIA


MUITO PARECIDO

Quando afirmo que o Brasil está ficando muito parecido com a Grécia, ou mesmo com os demais países da Europa que estão em sérias dificuldades, não são poucos aqueles que me chamam de equivocado e que nada disso é verdade.

SEM TRÉGUA

Pois, ainda que estejamos no tradicional período da trégua natalina, momento em que esses assuntos são deixados de lado, não posso ficar calado. Chamo a atenção, portanto, uma vez que a nossa situação está se agravando pelo lado do custo público, em todos os seus níveis.

BENEFÍCIOS PÚBLICOS

O que, realmente, faz com que o Brasil fique parecidíssimo com a Grécia, é que a elevação descomunal dos benefícios que vem sendo concedidos aos servidores públicos nos últimos anos. Com um detalhe: depois de sacramentados não tem mais volta, ou seja, se a economia recuar, o direito está garantido e a conta precisa ser paga.

REPETIÇÃO

Como muita gente ainda está festejando a boa situação do Brasil na economia mundial, nada mais importante do que a repetição constante do tema para que ninguém diga, logo mais à frente, que foi pego de surpresa, ou que não sabia...

TUDO SAI DOS IMPOSTOS

Como bem escreveu Ricardo Galuppo, Publisher do Brasil Econômico, na edição de ontem daquele jornal, que em nada difere daquilo que já venho escancarando há muito tempo, não existe mágica: benefícios públicos são pagos com dinheiro público. Quando os benefícios tornam-se maiores do que a capacidade de arrecadação do Estado, só há duas saídas:A primeira é elevar os impostos (no Brasil são altíssimos; a segunda é reduzir os gastos (o que significa, em última instância, o corte de benefícios). Atenção: os recursos para cobrir a conta saem de uma única fonte: os impostos.

GRÉCIA E BRASIL

Se a carga tributária da Grécia é menor do que a nossa, a despesa, por ser simplesmente fantástica, levou aquele velho país à falência. No Brasil, mesmo elevando cada vez mais a carga tributária, para poder enfrentar os elevados gastos públicos, o déficit público nunca desaparece.

GRAVIDADE EXTRA

No Brasil, como se sabe, a situação ganha uma gravidade extra: a qualidade da educação deixa a desejar; a saúde (direito assegurado pela Constituição), idem; o sistema de aposentadorias é falho para quem trabalha no setor privado; e os salários dos funcionários públicos representam uma conta cada vez mais pesada, que pode colocar TUDO A PERDER antes mesmo que o conjunto dos brasileiros consiga os benefícios de uma sociedade evoluída.

ANOTEM AÍ

Para 2012, várias categorias profissionais apadrinhadas por aliados políticos do governo estão reivindicando não apenas reajustes indecentes, mas cálculos de reajustes salariais que, no limite, jogarão sobre as costas do contribuinte uma carga excessiva, a ponto de obrigar o Estado a eliminar benefícios antes que eles sejam concedidos ao conjunto da população.Os servidores do Judiciário, além dos privilégios já obtidos querem um reajuste vultoso, que pode custar quase R$ 8 bilhões por ano ao contribuinte.Os servidores do Ministério Público Federal querem quase 60% de reajuste salarial - isso sem considerar qualquer critério de produtividade. Reajuste puro e simples.A Receita Federal quer fazer alguns reajustes internos que, na prática, significam conceder a um grupo de servidores benefícios superiores aos que aceitaram ao prestar concurso para a instituição. Isso tudo, gente, sem falar num expediente tão velho quanto cabotino, que vem sendo utilizado nos últimos anos por quem quer tirar mais ainda da população que paga impostos. Trata-se do seguinte: uma determinada categoria consegue uma gratificação que não constava do acordo celebrado na época do concurso que prestou.É o suficiente para que todas as outras tentem conseguir na Justiça o mesmo benefício, sob o argumento surrado de que a ISONOMIA justifica todo e qualquer absurdo.

Leia mais

19 dez 2011

CIRANDA, CIRANDINHA


MUNDIAL DE CLUBES DE FUTEBOL

Ontem, a exemplo de grande parte dos sete bilhões de pessoas que habitam o nosso planeta, sentei à frente do aparelho de TV para assistir à final do Campeonato Mundial de Clubes, que reuniu as equipes do Santos (BR) e do Barcelona (ESP).

SOBERBA

Aqueles que gostam de esporte, principalmente dos jogos de futebol, já perceberam o quanto a nossa imprensa esportiva faz de tudo, de forma ridícula, insistente e mentirosa, para colocar na cabeça dos brasileiros que o nosso futebol é o melhor do mundo.Como o povo em geral repete tudo que é dito pelos chamados ?especialistas -, isto só colabora para o aumento da soberba e da arrogância dos nossos pobres aficionados.

ATO DE PATRIOTISMO?

Como a paixão é considerada o sentimento responsável por um número significativo de casos de cegueira no mundo todo, os apaixonados pelo futebol praticado nos clubes brasileiros, assim como pela nossa Seleção, além de exigir que sejam vencedores entendem também que torcer pelo Brasil é um ato de patriotismo. Pode?

POSSE DE BOLA DO BARCELONA

Pois, de um bom tempo para cá, a equipe do Barcelona vem mostrando uma lógica bem diferente: demonstra que a vitória é mera consequência do não deixar o time adversário jogar. Ou seja, quanto mais a bola ficar sob seu domínio, maior a probabilidade de chegar à vitória.Esta é a fórmula exitosa que o Barcelona adotou para ser vitorioso em praticamente todas as competições que participa. Simples assim.

POSSE DE BOLA DO SANTOS

Ontem, o que se viu foi exatamente isso:1- a equipe do Barcelona entrou em campo confiante, sem esboçar qualquer nervosismo;2- Ao ficar com a posse de bola por mais de 70% do tempo do jogo fez do time todo do Santos um espectador da partida;3- o Santos só esteve com posse da bola em cinco oportunidades e ainda assim por pouco tempo: quando cobrou escanteios, laterais e tiros de meta, quando o goleiro fez defesas, e na saída de jogo. Só.

COREOGRAFIA

Outra coisa que não é uma novidade, mas chama muito a atenção, é o corte de cabelo dos jogadores do Barcelona e a coreografia praticada a cada gol marcado: todos os atletas se apresentam de forma igual e normal, sem exageros; e os festejos não passam de abraços comemorativos.

NA RODA

Aliás, a única comemoração mais exagerada que o Barcelona fez até o presente momento aconteceu ontem, quando o zagueiro Puyol depositou a taça no centro do campo e, postados no círculo central, a equipe mais os dirigentes se deram às mãos para dançar a CIRANDA CIRANDINHA. Nada mais justo, pois o Santos foi, literalmente, colocado na RODA. A pergunta que resta é: os técnicos do futebol brasileiros ganham muito para fazer o quê?

Leia mais

16 dez 2011

MARCAS DO GOVERNO DILMA


UNANIMIDADE

É quase certo que, se perguntado a todos os brasileiros o que mais lembram neste primeiro ano de governo da presidenta Dilma Rousseff, sem medo de errar me arrisco a dizer que haverá unanimidade em pelo menos dois pontos: 1- a OBSESSÃO POR GASTOS PÚBLICOS; e, 2- a CORRUPÇÃO MINISTERIAL.

NERVOS DE AÇO

O intrigante, no entanto, é que a obsessão por gastos, enormes gastos, uma das fortes marcas dos governos Lula e Dilma, não conseguiu, até agora, mexer com os nervos da sociedade.

PRAZER POR SER ROUBADO

É realmente interessante, para não dizer frustrante, esta falta de reação do povo. Esta passividade dá a entender que quanto maior o roubo e o desperdício do dinheiro público, mais a sociedade se delicia. Pode?

NÃO REAGIR AO SER ASSALTADO

É certo que o baixo nível de educação do povo já se revelou como o grande responsável pela brutal atrofia cerebral. A ponto de bloquear totalmente a capacidade de discernimento da maioria dos brasileiros. A partir daí, o governo (em todos os seus níveis), fortemente apoiado pela mídia, para não ser importunado e ficar bem à vontade para poder roubar e mentir sem parar, repete a todo momento que diante de um assalto a ordem é jamais reagir. Pronto. Aí tudo fica ainda mais fácil, não?

LOUCURA TOTAL

Observem até onde vai a loucura: se as despesas aumentam sem parar, com o consentimento de todos os Poderes, quando aparece uma oportunidade para redução de algum rombo, aí todos tratam de empurrar a decisão com a barriga. Nesta semana, como se sabe, o projeto que cria o Fundo de Previdência dos Servidores Federais não foi votado. Isto que a conta dos aposentados da União, depois de subtraídas as contribuições feitas por servidores que estão na ativa, promove um rombo de mais de 50 bilhões de reais/ano.

MAIS DESPESAS

Pois, no mesmo dia em que foi trancada a pauta de votação da proposta que, de novo, visa diminuir o tamanho do rombo previdenciário do setor público, os nossos deputados aprovaram mais contratações de servidores, aumentando ainda mais a já fantástica folha de pagamento do setor público. E o Poder Judiciário aprovou a posse do senador Jader Barbalho, com ficha suja e tudo mais. Pode?

PRIMAVERA ÁRABE

Sabem o que aconteceu nas ruas? NADA! Ninguém manifestou preocupação e ninguém foi a uma delegacia mais próxima para relatar o assalto sofrido. Estamos anestesiados pela droga da bobeira. Mesmo assim, a maioria do povo brasileiro, como diz uma pesquisa, apoia a Primavera Árabe. Ou seja, o que outros povos fazem nós gostamos. Pode?

Leia mais

15 dez 2011

REPARAÇÃO NECESSÁRIA


EQUÍVOCO

No editorial de ontem cometi um equívoco quando informei que muitos empresários e governantes muitas vezes ficam perplexos e espantados com o aparecimento de crises porque não costumam ouvir e/ou consultar corretamente os economistas.

CHAMADO À ATENÇÃO

Como os membros do grupo - PENSAR! ? (do qual felizmente sou um dos fundadores), estão sempre atentos ao comportamento -presente e futuro- da economia, e a partir daí fazem constantes avaliações das propostas defendidas pelos líderes políticos e empresariais, fui chamado à atenção pelo meu texto.

MENSAGEM DO ANDRÉ

Desta vez, embora quase todos os trinta membros se manifestem a todo momento sobre tudo que lêem, a primeira mensagem veio do economista André Burger, que, com toda razão discordou do meu editorial. Vejam o que André escreveu:

HISTÓRIAS DA CAROCHINHA

1- Alguns empresários e políticos só podem ficar espantados e/ou desinformados com as crises, porque preferem acreditar nas histórias da carochinha que têm sido contadas por Lula, Dilma e Cia. Ilimitada.

MAINSTREAM

2- Considerando que grande parcela dos economistas são keynesianos ou marxistas (e suas diversas sub-espécies) ouví-los significa ficar espantado e/ou desinformado com os resultados obtidos.3- Este -mainstream economics- não antecipou a crise de 2008 iniciada nos EUA e nem esta, agora, na zona do euro.

ESCOLA AUSTRÍACA

Apesar de economistas, somente alguns reúnem condições e conhecimento suficiente para identificar, corretamente, a importantíssima relação CAUSA/EFEITO de tudo. Nesse ponto, os economistas com formação da escola austríaca, levam uma grande vantagem.

BOM SENSO

Grato, André por ter me fustigado e me provocado. Só assim posso corrigir o equívoco de imaginar que todas as pessoas são dotadas de BOM SENSO.Fazer parte do PENSAR!, como se vê, deixa o grupo e os leitores mais seguros. O meu erro foi imaginar, enquanto escrevia aquele editorial, que todos estudam com cuidado o que é mais provável acontecer depois que as propostas e/ou decisões são tomadas.

Leia mais

14 dez 2011

OS ECONOMISTAS NÃO SÃO OUVIDOS


ESPANTO

Dias atrás, num seminário promovido pela LIDE - Lideranças Empresariais do RS, o presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, José Paulo Cairoli, na condição de debatedor fez um questionamento espantoso.

DESINFORMADO

Como o evento tratava das perspectivas econômicas para os próximos anos, quando vamos precisar conviver com as consequências desta fantástica crise econômica que assola a Europa principalmente, e se espalha pelo mundo todo, Cairoli lamentou não ter sido informado pelos economistas sobre a gravidade da encrenca.

CONFEDERAÇÃO

Ora, se Cairoli, que preside uma Confederação que reúne mais de 2 milhões de empresário de 27 federações, diz não ter sido informado à tempo a respeito da crise e suas graves consequências que aí estão, fico imaginando como seus liderados estão lidando com o problema.

FUTURO COMPLICADO

Por estar presente no evento, o que me veio à cabeça no momento em que ouvi a declaração de espanto do presidente da CACB imaginei que o mesmo não tem o hábito da leitura do Ponto Crítico. Até porque bem antes do estouro da bolha imobiliária americana, as minhas previsões mostravam que o futuro seria pra lá de complicado.

ISENÇÃO

Para que este segmento empresarial não venha a ser novamente surpreendido dizendo não ter sido informado sobre o que vem por aí, principalmente em 2012, proponho que todos leiam com atenção o Ponto Crítico. Aqui existe a isenção que nem sempre as entidades admitem com relação ao que seus economistas pensam.

APLAUSOS PARA AS CAUSAS

Sim, porque a maioria dos economistas com quem converso, que prestam serviços às entidades empresariais do RS, está convencida de que o governo brasileiro está tomando medidas econômicas equivocadas. Como os empresários em geral aplaudem os EFEITOS e não se preocupam com as CAUSAS (o que precisa ser feito), segundo informa o diagnóstico, é óbvio que ficarão surpresos lá na frente.

SEM SURPRESAS

Sempre é bom lembrar que, em 2008, a relação Crédito/PIB era de 32%. Hoje, três anos depois, esta relação passou para quase 43%. Isto não significa que teremos uma BOLHA. Porém, com toda certeza, o Brasil vai sofrer de uma doença chamada INADIMPLÊNCIA, que é derivada de um excesso de crédito concedido, com qualidade muito duvidosa.Mesmo que os bancos suportem a inadimplência, por não estarem alavancados, o consumo acaba se esgotando, o que leva a uma desaceleração da economia. Sem surpresas.

Leia mais