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14 dez 2011

OS ECONOMISTAS NÃO SÃO OUVIDOS


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ESPANTO
Dias atrás, num seminário promovido pela LIDE - Lideranças Empresariais do RS, o presidente da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, José Paulo Cairoli, na condição de debatedor fez um questionamento espantoso.
DESINFORMADO
Como o evento tratava das perspectivas econômicas para os próximos anos, quando vamos precisar conviver com as consequências desta fantástica crise econômica que assola a Europa principalmente, e se espalha pelo mundo todo, Cairoli lamentou não ter sido informado pelos economistas sobre a gravidade da encrenca.
CONFEDERAÇÃO
Ora, se Cairoli, que preside uma Confederação que reúne mais de 2 milhões de empresário de 27 federações, diz não ter sido informado à tempo a respeito da crise e suas graves consequências que aí estão, fico imaginando como seus liderados estão lidando com o problema.
FUTURO COMPLICADO
Por estar presente no evento, o que me veio à cabeça no momento em que ouvi a declaração de espanto do presidente da CACB imaginei que o mesmo não tem o hábito da leitura do Ponto Crítico. Até porque bem antes do estouro da bolha imobiliária americana, as minhas previsões mostravam que o futuro seria pra lá de complicado.
ISENÇÃO
Para que este segmento empresarial não venha a ser novamente surpreendido dizendo não ter sido informado sobre o que vem por aí, principalmente em 2012, proponho que todos leiam com atenção o Ponto Crítico. Aqui existe a isenção que nem sempre as entidades admitem com relação ao que seus economistas pensam.
APLAUSOS PARA AS CAUSAS
Sim, porque a maioria dos economistas com quem converso, que prestam serviços às entidades empresariais do RS, está convencida de que o governo brasileiro está tomando medidas econômicas equivocadas. Como os empresários em geral aplaudem os EFEITOS e não se preocupam com as CAUSAS (o que precisa ser feito), segundo informa o diagnóstico, é óbvio que ficarão surpresos lá na frente.
SEM SURPRESAS
Sempre é bom lembrar que, em 2008, a relação Crédito/PIB era de 32%. Hoje, três anos depois, esta relação passou para quase 43%. Isto não significa que teremos uma BOLHA. Porém, com toda certeza, o Brasil vai sofrer de uma doença chamada INADIMPLÊNCIA, que é derivada de um excesso de crédito concedido, com qualidade muito duvidosa.Mesmo que os bancos suportem a inadimplência, por não estarem alavancados, o consumo acaba se esgotando, o que leva a uma desaceleração da economia. Sem surpresas.