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A LÓGICA ILÓGICA DA IDEOLOGIA DO FRACASSO - 20.07.23


Por Alex Pipkin

 

Muitas vezes quando escrevo, expondo fatos lamentáveis de nossa sinistra realidade atual, alguns consideram apenas palavras e frases contendo, meramente, um viés político-ideológico.

Definitivamente, isso não é o caso.

De fato, estamos imersos numa visão de mundo e num amplo sistema coletivista que privilegia o engrandecimento e o enriquecimento do Estado, em detrimento das pessoas e das empresas, essas as genuínas criadoras de riqueza.

Coerente com tal “ilógica”, a regra determina que “a nossa turma”, tudo, aos nossos inimigos, nada. Maquiavel já dizia: “Aos amigos os favores, aos inimigos a lei”.

Portanto, como corolário, o venerado Estado grande.

Depois de muito tempo, no governo anterior, houve uma redução de quase 12% no funcionalismo público federal. Agora, no governo “do amor” - para quem? -, incha-se ainda mais o Estado, aumentando-se o gasto com servidores públicos.

O devaneio se relaciona a existência de um maná, sem nenhuma preocupação com o dinheiro suado gerado pelos indivíduos e pelas empresas.

Muita gastança do dinheiro do contribuinte, com festas, viagens internacionais, planos econômicos estapafúrdios - vide carro popular - e programas sociais contraproducentes.

O inchaço no incremento do quadro estatal, terá um impacto anual de R$ 546 milhões.

A lógica ilógica dessa turma da ideologia do fracasso, é de total desprezo e desrespeito pelos criadores de riqueza, e de PREOCUPAÇÃO ZERO COM O CORTE DE GASTOS!

O resultado? Todos nós já assistimos esse filme de terror hitchcockiano: atraso, retrocesso, e a conta para o sofrido pagador de impostos.


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Para que serve o sigilo da urna? - 19.07.23


Por Percival Puggina
 
 
Tinha todo jeito de fake news a matéria em que tomei conhecimento de que a Procuradoria Geral da República solicitara ao ministro Alexandre de Moraes autorização para buscar nas plataformas das redes sociais dados dos seguidores do ex-presidente.
 
“Isso é coisa de alguém de direita querendo desprestigiar a instituição do Ministério Público Federal”, pensei comigo mesmo. Por qual motivo faria a PGR uma coisa dessas? Para saber se era fake news, fui aos sites das “checadoras” de notícias. Nada. Bem ao contrário do que eu esperava, simultaneamente, toda a velha mídia estampava a mesma informação que eu recebera por uma rede social.
 
Na sequência, busquei o número de pessoas abrangidas nesse levantamento e encontrei que, somando Facebook, Instagram, Twitter, YouTube, TikTok e Linkedin chega-se à bagatela de 64 milhões de pessoas seguindo Bolsonaro. É toda a população de países como Itália e França. Uma loucura!
 
Dos 193 países reconhecidos pela ONU, apenas 22 têm população total superior a esse número. Como o Brasil tem 203 milhões de habitantes, contados e recontados, o número de seguidores de Bolsonaro buscados pela PGR representa 31% da população nacional. Ou seja, quase um em cada três cidadãos terão seus dados pessoais e posições políticas sendo manipulados sob os cuidados de Sua Excelência, magnífica e absoluta, o Estado.
 

Para que serve o sigilo da urna se, depois, há uma devassa nas posições políticas dos cidadãos?

 
Certas fake news são infinitamente menos danosas do que certas verdades. Será que o impacto político da informação passou pela cabeça de quem teve tal iniciativa? Como isso afetará a liberdade de opinião e expressão de tantos milhões de brasileiros? Que regime é esse que está sendo produzido à revelia da nação e do Congresso Nacional? São tênues as diferenças entre isso e um totalitarismo.
 
Eis mais um exemplo, dentre tantos que nos vem sendo proporcionados, de um Estado que à sociedade se impõe, sobrepõe, contrapõe e dela dispõe como coisa sua, em relação à qual deve cuidar-se. “Obedeça, pague e não bufe!”. Dizem que o amor venceu. Com candura e num tom adocicado, proclamam sofrer “discurso de ódio” daqueles a quem até a simples expressão de indignação reprimem para que as sacrossantas instituições, que assim procedem, não sejam objeto de blasfêmias.


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Somos governados por antropófagos de cabeça pequena - 18.07.23


Por Roberto Rachewsky

 

Errar é humano. A gente erra, vê o estrago, muda de ideia e faz o que deveria ter sido feito em primeiro lugar. É assim que age quem tem a virtude da racionalidade. O problema é que sendo a racionalidade uma virtude, ela precisa ser conquistada. Não sendo, sua falta se torna um vício, um pecado. Estou falando do pecado da irracionalidade, característica que afeta os animais em geral e alguns espécimes da raça humana. Esses, erram mas acham que acertam, o que por si só já faz parte do erro. Agem e destroem valor. Como são niilistas, destruir para eles é uma virtude. É por isso que não se discute de igual para igual com essas figuras.

O objetivo dos irracionais não é encontrar a verdade, não é fazer o certo com base na realidade objetiva, no que é razoável, no que é lógico. Pelo contrário, querem libertar seu subconsciente sem nenhum filtro moral que não o do mal aplicado às relações sociais que nunca tem em vista a cooperação e as trocas livres, espontâneas e voluntárias. Altruístas, os irracionais recorrer ao misticismo, à fé ou à intimidação física ou psicológica. De que outra maneira conseguiriam convencer alguém que a melhor alternativa para ela é o auto-sacrifício? Que  colocar o interesse alheio acima do autointeresse é virtuoso quando sabemos que isso contraria a natureza egoísta do ser humano. Ser egoísta não significa sacrificar os outros. Sacrifício é o que altruístas defendem.

Altruísmo não dá alternativas salutares aos seus praticantes que, ou são masoquistas ou sádicos. Altruísmo se opõe à natureza humana e provamos isso quando sabemos que se comermos um prato de comida para matar a nossa fome estaremos sonegando este prato de comida aos outros. O ideal do altruísta, como lembra Ayn Rand, é visitar uma aldeia de canibais. Que ato virtuoso, ser devorado para saciar a fome daqueles que vivem do sacrifício alheio como todos esses coletivistas estatistas que conhecemos. Esses não nos devoram como canibais, são um pouco mais sofisticados. No entanto, em essência, seguem a mesma moralidade dos antropófagos. Se tiverem que matar para terem o que é nosso por direito e justiça, o farão.

O Abaporu de Tarsila do Amaral, à revelia da autora, representa bem esses homens de cabeça pequena que não pensam e dão ênfase à força física que lhes serve de sustento. São os que cultuam slogans como "A União faz à Força", assim, com crase mesmo, que é o último, quando não o primeiro e inexorável recurso dos sindicalistas. Ou então, "O petróleo é nosso", que instigam os nacionalistas a violarem a propriedade privada e o livre acesso aos mercados e aos capitais internacionais. Quem sabe, "Tudo pelo Social", arquétipo populista e demagógico que salta como cuspe da boca de todo canibal com mandato político obtido pela via democrática ou não. Vivemos a era do Abaporu. Somos governados por antropófagos de cabeça pequena e pés grandes que querem transformar o Brasil numa imensa caatinga.


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Escolas cívico-militares e os três inimigos históricos de Lula - 13.07.23


Por Percival Puggina

 

         Não resta dúvida de que o PT foi trazido de volta ao poder para cumprir seu destino histórico e destruir o país. Eu sabia – já escrevi tanto a respeito! – mas era consequência do que podia ler nos fatos; agora, Lula verbalizou tudo, audível e claramente, aos amigos da sua Pátria Grande reunidos no Foro de São Paulo. Disse ele: “Aqui no Brasil nós enfrentamos o discurso do costume, o discurso da família, o discurso do patriotismo, ou seja, o discurso de tudo aquilo que a gente aprendeu historicamente a combater”.

 

Qual a principal trincheira desse combate? Onde a frente ampla da desgraça nacional avança sem encontrar resistência alguma? Onde, num total desequilíbrio de forças se estabelece o domínio dos corações e das mentes? É nas salas de aula do país, convertidas em crematório do futuro ao longo de toda a cadeia produtiva do ensino.

 

Não surpreende o entendimento entre o MEC e o Ministério da Defesa – sim, você leu certo – que acabou com as escolas cívico-militares criadas em 2019. Afinal, os três inimigos contra os quais a liderança esquerdista do continente “aprendeu historicamente, etc., etc” estão presentes nesses educandários: 1º) as famílias, que junto com os professores, em assembleia e por votação decidem adotar esse modelo; 2º) os bons costumes, porque traficantes, malfeitores e desordeiros mantêm distância e os alunos são orientados para condutas civilizadas voltadas ao aprendizado; 3º) o patriotismo, porque nessas escolas, o sadio e produtivo amor à pátria não é reprovado, mas estimulado.

 

De um modo gradual, elas serão absorvidas pela mesmice de um sistema cujos péssimos resultados gritam nas aferições internas e rankings internacionais que avaliam o desempenho escolar em todos os níveis de ensino. “É que não se faz Educação sem dinheiro!”, exclamarão em coro as salas de professores. No entanto, em 2019, o Brasil ocupava o 6º lugar no investimento em Educação, medido na proporção com o PIB, perdendo apenas para os países nórdicos e para a Bélgica.

 

Mas é só isso que a esquerda no poder combate historicamente e põe as escolas cívico-militares de joelhos com a nuca exposta? Não, tem muito mais. Ela substitui o moralmente correto pelo “politicamente correto”, a História por um elenco de narrativas capciosas, a solidariedade pelo antagonismo, o amor ao pobre pelo ódio ao rico.

 

Essa esquerda combate a estrutura familiar pela condenação do suposto patriarcado, como se a paternidade fosse apenas poder e não amor, responsabilidade, serviço e sacrifício. A sala de aula não pode ser o vertedouro das frustrações de quem detém o toco de giz.

 

Ela desrespeita a inocência das crianças. Contra a vontade unânime dos parlamentos do país, introduz pela janela a ideologia de gênero nas salas de aula enquanto os valores saem pela porta.

Como alavanca ideológica, não estimula o respeito à propriedade privada, nem o empreendedorismo, nem o valor econômico do conhecimento e das competências individuais.  

 

Poderia prosseguir pois nada há de meu apreço que não seja combatido pela esquerda em sua guerra cultural ou guerra contra o Ocidente, ou por uma nova ordem mundial. O desejado pluralismo de ideias é substituído pela exclusão da divergência. O Estado que deveria servir a sociedade põe a sociedade a seu serviço. O Estado e a política que os camaradas da Pátria Grande querem precisa dos necessitados de seu auxílio, sem os quais desaparecem politicamente.

 

Vejam o quanto essa esquerda é dependente de um sistema de ensino que não ensine, cujo foco não esteja no aluno e sua aprendizagem, mas em difusos e sinistros objetivos político-ideológicos. Tal sistema, quando fala em escola de tempo integral, mais me assusta do que me alegra!

 

PS – Os muitos bons e valiosos professores têm meu louvor e sabem contra o que também se empenham.


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DITADURA ESCRACHADA - 11.07.23


Por Fernanda Estivallet Ritter - Pres.IEE

 

 

O discurso de uma sociedade em que todos são iguais e têm os mesmos direitos pode ser atrativo para muitas pessoas que cresceram imaginando o mundo descrito na canção de John Lennon, onde não existiriam posses e ganância e, assim, todos viveriam em paz.

 

Queremos viver em um mundo melhor e proporcionar melhores condições para a nossa família. No entanto, alcançar esse objetivo jamais será por meio de uma ideologia que prega a coletivização dos meios de produção, não respeita a propriedade privada e a liberdade de cada um.

 

A proposta comunista para o atingimento de uma sociedade igualitária passa pela restrição das liberdades individuais, suprime a oposição política, limita a liberdade de expressão e impõe o controle estatal em diversos aspectos da sociedade. Ou seja, para que você possa viver no sonhado mundo imaginário, passará antes por repressão e autoritarismo – isso se você sobreviver até lá.

 

Ter orgulho de ser chamado de comunista é se reconhecer como autoritário, sem respeito às leis, à independência entre os poderes e à liberdade. Defender o comunismo implica apoiar regimes totalitários como Cuba e Coreia do Norte, bem como os eventos trágicos ocorridos na China de Mao Tsé-Tung e na derrotada União Soviética, nos quais milhões de pessoas perderam a vida, inclusive aqueles que tentaram escapar.

 

Para o orgulhoso comunista, é claro que o conceito de democracia será relativo. Como pode aceitar a definição da palavra de origem grega, que significa “poder do povo”, quando defende países em que não pode haver partidos de oposição, como na Venezuela de Maduro?

 

Em uma democracia, o povo será sempre o soberano, e a legitimidade do governo será derivada de seu consentimento. Dizer que o conceito de democracia é relativo é debochar do Estado de Direito.

A participação do presidente da República no Foro de São Paulo deixa evidente que não estamos lidando com a mesma versão de Lula que vimos por último no poder. Não há mais o Lula “paz e amor”; o político enraivecido está escrachado.

 

 A realidade para aqueles que ainda acreditam que o Brasil está no caminho de paz cantado pelo músico inglês é dura. Se não existirem a propriedade privada e o livre mercado, viveremos em uma ditadura na qual o objetivo não será a paz, e sim suprir nossas necessidades fisiológicas básicas para não morrermos famintos.


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LULA, O DEMOCRATA - 10.07.23


Por Roberto Rachewsky

 

Lula disse que democracia é um conceito relativo, cada um tem a sua interpretação, tornando a palavra uma abstração flutuante que varia de acordo com o interesse de quem pretende perverter a linguagem, código visual-auditivo que nos permite pensar.

 

Democracia significa poder do povo. Temos que ter cuidado quando falamos em vontade popular. Povo é uma abstração intangível. Como algo particular inexiste. O que existe são indivíduos com suas idiossincrasias que fazem com que consensos sobre interesses pessoais sejam inalcançáveis, resultando em posições faccionais.

Indivíduos não podem estar à mercê da vontade das maiorias. Indivíduos devem ser livres para agir de acordo com o seu próprio julgamento, com o propósito de criar e manter os valores que permitirão a busca da felicidade num processo que deve ocorrer no mercado, não através do Estado.

 

Atribui-se a Benjamim Franklin, um dos pais-fundadores dos Estados Unidos da América, a parábola: “Democracia são dois lobos e uma ovelha decidindo majoritariamente o que haverá para o jantar.” Por isso, os Estados Unidos da América foram criados, não como uma democracia, mas como uma república constitucional, forma de governo que limita o processo democrático, submetendo-o aos direitos individuais inerentes à condição humana: Vida, Liberdade e Busca da Felicidade, como consta na Declaração de Independência de 1776. 

 

Democracia, como poder exercido pelo povo, o conjunto de indivíduos numa sociedade, é inexequível. Não funcionou na Grécia, onde foi inventada, e em nenhum outro lugar onde foi tentada. As consequências  da sua pura aplicação são devastadoras para a construção de uma sociedade civilizada.

 

Democracia como o poder do povo é uma utopia. Quando e onde ela foi aplicada, degenerou em tirania perpetrada por aqueles que conseguiram se impor apelando aos caprichos das massas ou à força bruta, travestida de vontade majoritária.

 

O Brasil elegeu Lula, os venezuelanos elegeram Maduro. Para Lula, a Venezuela é uma democracia. Ao equiparar as formas de governo existentes em Brasília e Caracas, com o fim do Estado de Direito, com a censura e cassação de opositores, com reuniões do Foro de São Paulo acontecendo com pompa, com a mão estendida aos mais temíveis tiranos, com o aparelhamento das altas cortes, com as violações aos direitos individuais, eu entendo o tipo de democracia que nos aguarda.


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