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15 abr 2005

DE REPENTE, OUTRA PERSPECTIVA


EM RITMO DE PÂNICO

A forte queda das cotações das ações mais líquidas, verificada ontem, que somada a dos últimos dias na Bovespa, identifica que muitos investidores estão realizando uma dura perda de dinheiro. Em ritmo típico de pânico, os vendedores, ontem, não paravam um minuto sequer de apregoar em busca do encontro de alguém que se mostrasse disposto a comprar alguma coisa.

TERMÔMETRO

As Bolsas, tais como termômetros da economia, identificam por antecipação, mesmo sem existir a certeza da ocorrência, algumas coisas que podem vir a acontecer. Basta, pois, alguma razoável probabilidade de ocorrência para alguma previsão econômica e o humor já muda imediatamente.

A CONFERIR

De repente, como se viu, o mundo acordou com alguns números reveladores de que a perspectiva de crescimento mundial já não será nada daquilo que se esperava. Pronto. Os investidores trataram de cair fora dos ativos que até ontem eram considerados os mais promissores. Fica agora a expectativa de conferir se há consistência na idéia.

EM TEMPO

O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, afirmou ontem, em seminário em São Paulo que o setor de agronegócios \"passou por uma verdadeira revolução produtiva\" nos últimos anos. Corretíssima observação. Agora, segundo Palocci e todos aqueles que têm uma visão clara do funcionamento da economia de mercado, a tarefa do governo federal é criar condições para aumentar o volume de financiamento, a produção e comercialização de produtos. E para tanto foi ressaltada a importância do lançamento de produtos de financiamentos privados.

MERCADO DE CAPITAIS

O mercado de capitais é a fonte mais certa e adequada para esta etapa ainda muito atrasada no Brasil. O que foi discutido e apresentado no seminário, cujo título muito bem escolhido foi: Novos Instrumentos de Financiamento ao Agronegócio, promovido pela Bolsa de Mercadorias & Futuros -BM&F-, identifica que instrumentos não faltam para dar o impulso necessário para que os contribuintes de impostos não sejam o hedge dos produtores.

EFICIÊNCIA PARA TUDO

Segundo dados disponíveis, as exportações do setor de agronegócio passaram de US$ 19,5 bilhões para US$ 39 bilhões no ano passado, o que comprova a eficiência do setor produtivo. Ora, se houve eficiência suficiente para aumentar a produção, deve haver a mesma eficiência para deixar de depender de governo. Tomara.

MAIS UMA

Depois que o PT deixou a administração de Pelotas, o relatório divulgado ontem pelos empossados mostra o estrago que os petistas promoveram por lá. Mais de 800 empresas prestadoras de serviços, cujos profissionais continuam trabalhando em Pelotas, passaram a ter sede em cidades vizinhas. Motivo? A elevação fantástica do ISS promovida pelos irresponsáveis ex-governistas. Agora, a atual administração se diz pronta para reverter a situação. E informa que irá promover uma forte redução das alíquotas para tentar recuperar receita. Perfeito. Espero que outros municípios peguem o exemplo e façam a mesma coisa.

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14 abr 2005

PAGANDO PELA IRRESPONSABILIDADE


UMA FRASE COMEMORADA

Ainda soa nos meus ouvidos, e certamente também aquece as orelhas de muita gente, aquela grande besteira dita e repetida muitas vezes pelo então ministro Delfim Neto: -

Dívida não é para ser paga, mas para ser empurrada para frente

-. Se não fosse tão trágica, até poderia ser cômica tal declaração. Talvez, infelizmente, quem apreciou e apoiou aquelas pobres palavras, porém sinistras, não está levando em conta o que elas representam hoje nas peripécias governamentais.

NO FLUXO DE CAIXA

Dívidas, quando contraídas, e independente de seus tamanhos, exigem que as parcelas a vencer sejam dispostas no fluxo de caixa futuro para que todos entendam se podem ser mesmo pagas. Se cabem no fluxo, tudo bem. Sendo superiores ao fundo existente, alguma negociação precisa ser iniciada para uma melhor distribuição dos valores no tempo. Isto é ser responsável.

COMPROMISSOS SUBSTITUÍDOS

Mas, fazendo só aumentar o passivo, com mais e mais empréstimos, sem organizar e definir a ocasião de seus pagamentos, nos levou a um momento crítico em que os credores deixaram de fazer novas negociações e concederem novos empréstimos, passando a exigir, imediatamente, o início do pagamento do vencido. Pelo tamanho que as nossas dívidas atingiram no tempo, para que fossem incluídos no nosso fluxo de caixa, muitos outros compromissos precisaram ser evitados. Se houve uma hora de pegar o dinheiro, há uma seguinte de pagar a conta. Só isto.

MELHORANDO A FACE

Hoje, com vários discursos cheios de revolta contra a política econômica do governo, alguns caloteiros não admitem que tais contas sejam pagas. Felizmente, o governo vem resistindo bravamente e segue promovendo superávits primários para atender os compromissos. O que vem melhorando cada vez mais a nossa face junto aos credores. O que precisa ser bem entendido: é que a estúpida ação e declaração de Delfim Neto é que nos levou a tomar empréstimos demais sem a preocupação de devolver. A enorme irresponsabilidade acabou sendo adorada e colocada em prática por vários governantes. Acharam bonito e aplicaram a burrice.

CALOTEIROS DE PLANTÃO

Agora, gente, é hora de pagar. O negócio é este: pagar ou perder oportunidades de baratear novos créditos. Os caloteiros de plantão, insensíveis ao respeito a contratos estão muito aborrecidos e vivem reclamando que falta dinheiro para o social no Brasil. Dizem, ridiculamente, que nós estamos pagando dívidas com a fome dos brasileiros. Quanta besteira, gente.

MARCA REGISTRADA

Todas as administrações petistas que deixaram de governar por terem perdido eleições, estão deixando uma marca registrada: Comprovam, sem qualquer possibilidade de contestação, que foram grandes construtores de potentes rombos e magníficos desperdícios enquanto governaram. Vejam bem, em todas as administrações a marca é a mesma: péssimos administradores. De novo: não foi um caso aqui outro ali. Foram em todos os governos (de Estados e municípios) que estiveram à frente. É dose. Tem de tudo, desde contratações absurdas ao impedimento do desenvolvimento. E por aí vai.

100 DIAS

Ontem, No - Tá na Mesa -, da Federasul, o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, discorreu sobre os primeiros 100 dias de seu governo. Gostei do que ouvi. Com todas os cuidados, naturalmente, para não elogiar desmesuradamente onde não devo. Mas, pelas providências iniciais, o Prefeito mostra que estamos no bom caminho. O processo definido e que está sendo implantado é para desamarrar a cidade, valorizar e recuperar o espírito empreendedor ainda existente e buscar incessantemente a aplicação saudável dos recursos orçados. Para tanto, a bula já está escrita: uma mudança de métodos de trabalho, com mais eficiência e menor custo, para tornar a administração ágil e transparente. Parabéns.

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13 abr 2005

UM PROBLEMA DE GEOGRAFIA E DE GOVERNO


A GEOGRAFIA

O Estado do RS, pela sua posição geográfica, confirma a sua má localização que só piora mais ainda pelas atitudes lamentáveis do governo gaúcho. Entendam a situação: Se para os localizados nos extremos de um país já é complicada e de grande dificuldade para competir com quem produz na região mais centralizada, imaginem quando o tal extremo fica bem mais longe dos melhores mercados do exterior.

MAIOR CUSTO DE TRANSPORTE

Pois, o RS tem esta grande dificuldade. Que se apresenta mais complicada ainda comparada com os Estados do norte e do nordeste do país, também extremos. Se já estamos muito distantes dos compradores do mercado interno, os produtos fabricados no sul, principalmente aqueles que contém insumos vindos de outras regiões, ficam sem qualquer competitividade quando é levado em consideração o custo do transporte das mercadorias antes e depois da produção. Resta, portanto, diante de tanta dificuldade, tentar o mercado internacional.

VIZINHOS BAIRRISTAS

Neste caso, de antemão, já sabemos que os melhores mercados de consumo estão localizados no hemisfério norte (EUA e Europa), o que beneficia bem mais quem está localizado nos Estados das regiões norte e nordeste. Quem fica no sul do Brasil só pode ser competitivo para seus vizinhos mais próximos que, no entanto, são países pobres ou remediados. Todos, infelizmente, de terceiro mundo. E carregados de problemas de bairrismo e protecionismo.

COMPETIR COM QUEM?

Assim, quando empreendedores teimosos ainda insistem em fixar suas empresas no RS, fica a idéia falsa de que o Estado tem vocação exportadora. Nada disso. Tem vocação somente para acreditar que ainda pode produzir e vender. A exportação não é vocação. É a única saída possível, embora tímida. E, agora, apesar da grande dificuldade que a geografia impõem, mesmo assim o governo gaúcho entende que esta mania de querer ser exportador precisa ser abortada. E para tanto, o ICMS que é pago na compra dos insumos localizados fora do RS não devem ser ressarcidos. Aí, o RS vai competir com quem?

LIBERDADE DE IMPRENSA

O encontro realizado em Porto Alegre nesta semana, que marcou o lançamento da Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa na Região Sul -, teve como tema o - Acesso à Informação Pública -. Pouca gente sabe, mas documentos entendidos como ultra-secretos são mantidos em sigilo por 30 anos com prazo prorrogável por outros 30 anos. E já foi pior, atingindo 50 anos com prorrogação por outros 50 anos ou mais.

SEM PROCESSOS

Um representante da imprensa local entende que só os documentos que põem em risco a segurança pública deveriam ser preservados, mas os demais deveriam ter exposição imediata. Mas, considerando o encontro como importante, o que mais chamou a atenção foi a declaração, ao final, do governador Rigotto: - Nenhum jornalista será processado no meu governo. - Parabéns, Rigotto.

PREGÃO ELETRÔNICO

O emprego de leilões virtuais promoveu, em 19 meses, redução de despesas da ordem de R$ 32,2 milhões nos cofres do Estado do RS, com a gestão de bens e contratação de serviços. Desde a implantação, em outubro de 2003, proporcionou ao Executivo preços em média 20% menores, considerando a diferença entre o valor estimado para compra e o valor resultante da transação, além de reduzir em 40% no tempo gasto nas licitações, pela quase inexistência de burocracia. Porquê ainda não chegou aos medicamentos esta maravilha?

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12 abr 2005

MUITA GENTE NÃO SABE


GEORREFERENCIAMENTO - 1

Pouca gente está sabendo, mas atenção: Quem possui um imóvel rural com mais de 500 ha (ou com qualquer área após outubro de 2005) e necessita registrar um novo ato em sua matrícula - uma escritura de compra e venda ou de inventário, por exemplo ? receberá do Oficial do Registro de Imóveis uma exigência para realizar o georreferenciamento do imóvel nos termos da Lei 10.267/01. No RS, por exemplo, mais de 90% das propriedades tem até 500 ha. Pois bem, através desta sutil e importante exigência estará ocorrendo, felizmente, a maior revolução no sistema de registro e controle dos imóveis rurais já efetuada no país e, provavelmente, no mundo.

GEORREFERENCIAMENTO - 2

O Brasil, colonizado por Portugal onde o controle da ocupação da terra não era exatamente um problema face as suas reduzidas dimensões e a estabilidade feudal, distingue-se até hoje dos demais paises ocidentais - em especial dos sul-americanos colonizados pela Espanha -, por não possuir um sistema de controle geométrico da configuração das propriedades sobre seu território. Somos, portanto, de último mundo neste aspecto.

GEORREFERENCIAMENTO - 3

Em todos os nossos paises vizinhos, para efetivarem-se os efeitos dos registros exemplificados, o interessado necessita apresentar documentos em dois órgãos: no Registro de Imóveis, que como aqui controla a sucessão documental da titularidade de uma matrícula, e no catastro nacional (com ?t? por originar-se do sistema napoleônico francês denominado catastre, que controla a sucessão de desmembramentos e remembramentos de cada polígono geométrico definidor de uma propriedade dentro do pais (?el padrón? em espanhol).

UMA DEBANDADA DE FIÉIS?

Encerrado o funeral do Papa João Paulo II, as atenções se voltam agora para a escolha do novo Papa. Por princípio preferi dar este tempo para também entrar no campo das especulações sobre quem deve ser o escolhido para o novo mandato. Mas, pelo venho acompanhando pela imprensa, muitos gaúchos estão cheios de satisfação se imaginando com a possibilidade de ver um conterrâneo no cargo. Creio que, se estiverem certos vamos viver uma nova realidade religiosa no mundo. E a debandada de fiéis e convertidos será muito grande para outras religiões. Mesmo sem ser praticante vou tratar também de cair fora, pois de neocomunismo basta o que está se aproximando velozmente no Brasil.

ADESÕES PERIGOSAS

Para quem não sabe, Diogo Mainardi até antecipou o assunto na sua coluna da revista Veja desta semana. Caso o Conclave do Vaticano, por hipótese, se decida mesmo por Hummes, aí o mundo todo estará condenado e perdido. Por enquanto só o RS e boa parte do Brasil está se acabando com as propostas defendidas pelo Cardeal. Principalmente pelas adesões que faz às invasões de terras e às maravilhas ditas e oferecidas por Fidel Castro, Hugo Chávez e Cia.

INGRESSO PARA O INFERNO

Espero que ainda haja tempo para corrigir estas questões emocionais, típicas de um sentimento puramente bairrista. Para que não influenciem nas decisões de escolha do novo Sumo Pontífice. Apesar de estar convencido de que a Igreja vem trilhando um perigoso caminho do atraso, quero crer que ainda não o suficiente para eleger como Papa alguém como o nosso Cardeal. Anote aí: João Paulo II foi quem conseguiu tirar a Polônia do comunismo. Hummes, por sua vez, quer o ingresso do Brasil no inferno.

CONDENADOS AO FRACASSO

A Camara de Vereadores de Porto Alegre não gosta mesmo de desenvolvimento. Quer a cidade mergulhada definitivamente no atraso. Pelo visto prefere muito mais as carroças e quantas mais tiver, melhor deve ficar a Capital. Até os empreendimentos maiores, que geram mais atividade econômica, mais atividade pessoal e mais tudo, por uma penada ficaram impedidos de acontecerem. Esta a qualidade de vida que resta. A pior.

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11 abr 2005

NÃO BASTA CONHECER O MERCADO


PRINCÍPIOS DE NEGOCIAÇÃO

Para que uma empresa se defina pelo mercado externo, além de precisar produzir dentro dos requisitos definidos pelo importador, não pode deixar de conhecer a política cambial adotada pelo seu governo. Até porque a moeda recebida no ato da liquidação da venda precisará ser convertida para o real, ocasião em que será entendido se o negócio foi lucrativo ou não.

ACOSTUMADOS A INTERVENÇÕES

Esta lógica de comercialização continua não sendo entendida pelos exportadores. Acostumados historicamente a intervenções do governo no câmbio, conhecem o seu produto mas não conhecem o resultado da liquidação. Querem, simplesmente, que a moeda recebida tenha um valor de troca pelo real conhecido na hora do fechamento do pedido e não da liquidação.

VOLTA DO CAMBIO FIXO?

Esta situação é que proporciona a grande pressão feita diariamente pelos exportadores para uma volta do câmbio fixo. Embora existam alguns mais constrangidos com tal pedido ao governo, disfarçam tal conduta usando palavras que dizem a mesma coisa. Falam, por exemplo, em câmbio administrado. Ora, gente, isto não é outra coisa senão a fixação do preço da moeda.

EMISSÃO DE MOEDA A PRAZO

O receio neste caso é que o governo, pela pressão pesada, acabe se convencendo de que a troca do sistema de câmbio flutuante para fixo seja inevitável. Aí será o fim da picada. Gente, já é bem conhecido que o caixa do Tesouro não é suficiente para comprar todos os dólares do mercado. Para conseguir tal façanha, a única saída, já experimentada infelizmente, é o governo emitir e vender títulos públicos para fazer caixa. Neste caso voltaríamos ao passado tristonho e perverso da emissão de moeda a prazo para resolver o caixa dos exportadores.

FUNDAMENTOS INTACTOS

O recuo das cotações das ações na Bovespa identifica duas situações importantes: 1- faltam ordens de compra e aumentam as ordens de venda das ações mais líquidas; 2- as ações mais líquidas são exatamente aquelas cujos fundamentos mostram um elevado grau de solidez e rentabilidade. Como se vê, o momento para entrar pode não ser bom pela tendência do mercado. Mas é fantástico pela oportunidade que os menos receosos passam a ter pelos preços mais convidativos.

YELD

Para quem gosta de investir em ações que pagam bons dividendos, o yeld passa a ser o melhor possível. Este é momento para ficar mais atento e mais esperto. Aproveitem.

Titulo



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08 abr 2005

ESCLARECENDO MELHOR OS TERMOS


NEOLIBERALISMO

O termo ? neoliberalismo ?, como é sabido, foi inscrito no vocabulário brasileiro para, rapidamente, tentar identificar uma precária abertura econômica que foi iniciada timidamente pelo Brasil há poucos anos. Pelos socialistas e nacionalistas, naturalmente. Na realidade, este tal ?neoliberalismo-, cuja definição nunca foi possível ser esclarecida, mas que passou a ser utilizada insistentemente pelos políticos que só olham para o seu umbigo, nada tem a ver com o real liberalismo, embora o nome parecido.

O GRANDE INIMIGO

Vejam bem, nada mesmo a comparar. Aliás, a grande confusão vem justamente daí, o que traz um prejuízo brutal pelo impedimento para se fazer ao menos um teste de prática do autêntico liberalismo no Brasil. Assim, bombardeado por todos, o liberalismo continua sendo um grande inimigo apesar de só um desconhecido. E se alguém faz alguma menção de apoio já é detonado como se estivesse associado ao diabo. É exatamente por isto que ainda vivemos nesta pré-histórica discussão de -direita e esquerda-. Isto, gente, vale tanto para o Brasil como a todos os países igualmente atrasados.

RENTISTA

E, para continuarmos na mesma lógica do atraso, um outro termo, que embora não seja novo, começa também a ser usado agora na linguagem econômica brasileira para definir aqueles que aplicam recursos no Brasil motivados pela taxa de juros. O termo é: Rentistas. Uma definição ridícula e imediata de que ao invés de aplicar na produção é mais interessante aplicar em títulos do governo. Ora, o termo é mais um daqueles que não diz nada do essencial, mas certamente já demoniza quem aplica no mercado financeiro.

ATIVOS

Poucos sabem, talvez, que caso as taxas de juros recuem, as aplicações dos investidores, de qualquer tamanho patrimonial, serão imediatamente substituídas por outros ativos, principalmente ações ou imóveis. E continuarão rentistas, pois só querem aumentar seus ganhos com rendimentos obtidos de suas aplicações financeiras.

ESPECULADOR

O brasileiro, com estas formas muito equivocadas de tratar das questões políticas, econômicas, sociais, religiosas, etc., só vem sendo educado para detestar quem é investidor. Por isso é levado a confundir bandidagem com coisa honesta. E, para tanto, emprega termos errados. Como, por exemplo, a especulação. Ser especulador é o mesmo que criminoso, infelizmente. Se o Papa João Paulo II ainda estivesse vivo, talvez diria: Pai, perdoai-os. Eles não sabem o que dizem. Gente, a renda é sempre buscada pela poupança disponível.

OS TROUXAS

Numa demonstração clara de grande indignação, percebi que houve também muita inveja nos vários e-mails que recebi sobre o faturamento da TV Globo no programa BBB. Fazendo referência ao número de ligações telefônicas que foram dadas ao programa, até um cálculo do faturamento aparece nas mensagens. Tais valores mostrados teriam sido recebidos dos trouxas que possivelmente tenham ligado para a emissora quando escolhiam quem deveria ser retirado do programa BBB, no seu primeiro paredão.

COMO GANHAR DINHEIRO

Uso o termo ?

possivelmente

porque não há como conferir o número de ligações alegadas como recebidas pela emissora. Até porque nunca foi dada qualquer transparência para uma identificação do número de telefonemas ou mensagens. Aí, o povo acaba, como sempre, comprando como verdade os números divulgados, apesar de não saber quantas foram ao certo as ligações telefônicas.A prova de que a TV é vital para grande parte da sociedade é o que identifica o comportamento dos telespectadores é a vontade incrível de participar. E a Rede Globo, inteligentemente, percebeu tal oportunidade e faturou alto. Uma arrecadação, por bilheteria, de forma insonegável, fantástica e rápida, pelo que se viu. Isto, gente, é prova suficiente de que há grandes espaços para se ganhar muito dinheiro neste país. E explica, obviamente, a forma para a escolha do vencedor na final: ao invés de uma prova de inteligência, a preferida foi por telefonema. Pago, religiosamente, pelos telespectadores participantes.

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