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23 ago 2005

A RECLAMAÇÃO CORRETA


OPINIÃO FUNDAMENTADA

Ao longo dos últimos anos tenho ficado praticamente sozinho em defesa da política monetária do governo, traduzida, é verdade, em juros altos. E vou continuar defendendo com afinco esta mão forte até que as verdadeiras causas da nossa longa e crônica vulnerabilidade sejam combatidas e debeladas. A sociedade como um todo, sabidamente, não concorda com a minha opinião. Por isto manifesta-se sempre contra as taxas definidas pelo COPOM, assim como também não aceita a flutuação cambial. Alerto, no entanto, que não basta gostar ou odiar. Se houver afrouxamento na política monetária e fiscal antes das reformas necessárias, vamos ter problemas muito sérios. Coisa que ninguém admite que se fale ou comente. Observem o meu raciocínio:

RACIOCÍNIO

1- Há quem diga, com razão, que o tamanho da dívida vai continuar crescendo bem acima do superávit fiscal que estamos obtendo. Perfeito. O percentual das taxas de juros sobre uma dívida muito alta promove este descasamento e até anula o esforço obtido. Isto prova que, enquanto nada for feito, e de forma definitiva para diminuir os gastos governamentais (causa maior que impõe taxas de juros elevadas), o tempo estará sempre correndo contra nós. E junto com ele a dívida interna, a qual apontará para um patamar onde algum tipo de calote será inevitável.

PENSANDO POR ESCRITO

2- Não quero ser considerado, por este raciocínio, como um catastrofista, mas alguém que está pensando seriamente, por escrito. Se entenderem que há exagero, esqueçam. Mas se prestarem atenção, creio que chegarão a conclusões parecidas. Para tanto, observem o seguinte: a nossa dívida externa é insignificante perto do todo. Não alcança R$ 200 bi e está bem negociada e distribuída no tempo. Não há risco, neste particular, de não podermos honrar os pagamentos. Já a dívida mobiliária interna, por volta de R$ 915 bi, e que não representa o total, mas só a que está no mercado, tem perfil mais concentrado de vencimentos.

DECISÃO DE CAIXA

3- Sem as reformas necessárias, o percentual desta dívida, sobre o PIB, acabará levando os investidores a um ponto no futuro, sem data marcada, de recusa em financiar o governo. Pronto. O suficiente para que um calote de prazo ou de valor seja aplicado. Certamente será parcial no início. Mas, o fato de deixar de pagar um só título na data do seu vencimento, já contamina o restante. Nunca se pode duvidar disto, pois acontece até com pessoas físicas ou empresas que estão com problemas de liquidez. E o simples fato de não pagar em dia já é um calote de prazo. Mais: não precisa ser uma decisão de governo, mas de caixa.

CONCLUSÃO

Então, vamos à conclusão do raciocínio: (a)- Antes que o governo tome, por ventura, a simples atitude de diminuir as taxas de juros, como todos querem e exigem; (b) antes de agravar mais ainda a dívida; e, (c) antes de desmontar este esforço para segurar a inflação, temos as seguintes saídas, que aí a sociedade mais exigentes deveria perseguir.

SAÍDAS A PERSEGUIR

A primeira é fazer as reformas urgentes atingindo as causas. A segunda é vender o mais rápido possível as estatais e, com os recursos, baixar o tamanho da dívida. A terceira é impedir desde já uma repetição futura do problema, o que admite uma séria DIMINUIÇÃO DE GASTOS DO GOVERNO, urgentemente. Só estas providências baixam fortemente os juros, diminuem a dívida/PIB e afastam definitivamente o calote. Ou vamos por este caminho ou nunca sairemos da cova, até agora chamada de UTI. Escolham.

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22 ago 2005

O MINISTRO NÃO É PETISTA


FALTA ARROGÂNCIA

O ministro Palocci, decididamente, não é petista. Falta-lhe arrogância e mostra não ser mentiroso. Além disso é muito educado, racional e equilibrado nas suas aparições. Qualidades estas mais do que suficientes para não se parecer com vários integrantes do Partido dos Trabalhadores. Quem dera que Lula tivesse a capacidade, a formação, a estrutura emocional e o preparo de Palocci, para enfrentar estes tempos difíceis da nossa vida política. Como cada um só pode dar o que tem, Lula demonstra um silêncio demasiado quando não deve, e expõe excesso de raiva e arrogância quando se manifesta. Ou seja, Lula não é portador das qualidades mínimas exigidas para ocupar o cargo de presidente. Coisa que sobra para Palocci.

TODOS SÃO CULPADOS

No Brasil, apesar de constar na Constituição que todos os cidadãos são inocentes até que se prove o contrário, não é assim que funciona. Aqui todos são culpados até que provem serem inocentes. Já está definido e nada muda esta realidade. Mas as coisas também não ficam por aí. Acontece que o mentido é sempre mais forte do que o desmentido. Quem é envolvido num suposto ato ilícito ganha uma publicidade infinita. Caso fique provado que é inocente nada disso acontece.

APRENDE, LULA!

Não torço pelos petistas. Tenho razões de sobra para tanto. Mas estou convencido de que a manifestação de Palocci, ontem, com relação às denúncias promovidas por Buratti, foi providencial, rápida e repleta de esclarecimentos. Aí está uma maneira correta de enfrentar as coisas que são ditas por denunciantes. Porquê Lula não fez o mesmo? Deveria aprender a reagir sem ofender a quem quer que seja. Com elegância e firmeza e nada de arrogância. Parabéns ao ministro Palocci.

REAÇÕES

O fato de Lula saber ou não saber o que vinha acontecendo já não é tão mais importante. Serviria mais para definir a capacidade de estar no cargo. Mas, afinal, isto já sabemos que Lula nunca teve. O que interessa agora é ver as suas reações. A reação é o teste de liderança. E neste particular Lula tem sido reprovado, com nota zero, enquanto Palocci passa com distinção. É isto que aborrece a turma do Dirceu e Cia.

COMMODITY

Os leitores do PONTOCRITICO.COM já perceberam que não sou de dar notícias, mas de fazer comentários, dar opiniões e sugerir a respeito daquilo que é ou foi notícia. Aliás, notícia hoje, com a velocidade dos meios de comunicação e, principalmente com a chegada da Internet, virou commodity. Isto está claro e evidente, pois todos os veículos informam os acontecimentos ao mesmo tempo. Para estabelecer alguma diferença, cada um usa o que pensa ser melhor para o seu consumidor. Uns são mais detalhistas e outros menos. E aí que se observa o uso das versões que cada jornal dá aos fatos. Os exageros e mentiras acabam, portanto, por determinar a credibilidade que o leitor confere aos veículos.

RÓTULOS

Omitir certas notícias, ou dar versões muito diferentes sobre elas, são fatores que pesam muito na definição da tal credibilidade. O leitor, hoje, diante de tantas formas disponíveis para conhecer o que se passa no mundo, ou à sua volta, percebe com clareza que certas notícias importantes, muitas vezes deixam de ser divulgadas por algum meio de comunicação. Ou que há flagrante distorção nos fatos publicados. Mais esperto, o leitor ou ouvinte, já entende que aquele jornal ou emissora está alinhada ideologicamente com o assunto. Ao esconder ou deturpar certas informações não mais significa que a sociedade jamais saberá delas. Daí os rótulos que a sociedade aplica aos meios que querem fazer a noticia ao invés de publicá-las.

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19 ago 2005

A RODA JÁ FOI INVENTADA


BASTA COPIAR

É inegável, embora lamentável, o sentimento de inveja que a maioria dos brasileiros nutre pelos americanos, coisa muito sustentada e bastante promovida pela nossa imprensa. Isto, além de tantas outras coisas, impede que certos modelos sejam copiados dos nossos irmãos do norte. Deveríamos, com certeza, proceder como eles, para evitar esta revolta que estamos assistindo com relação aos mentirosos que prestam depoimentos nas diversas CPIs que acontecem por aqui.

A MENTIRA

Nos EUA, coisa que todo o mundo sabe, mentir é coisa muito séria e totalmente inaceitável. Se alguém for pego mentindo perante uma Corte, a coisa fica preta. Simplesmente não tem volta. Aqui não. Todo mundo se aborrece com as mentiras que são ditas e repetidas, mas nada acontece. O mentiroso, sabendo que é assim mesmo acaba rindo de todos nós. Sabe que sempre tem mais uma chance e usa a lei para sua proteção. Viva o Brasil e viva a mentira.

ENÉSIMA VEZ

A Petrobrás voltou a anunciar, pela enésima vez, que pode aumentar o preço dos combustíveis, considerando a permanente elevação do preço do barril do petróleo no mercado internacional. Até agora o que foi só uma ameaça, já deveria ter se transformado numa realidade. Teria sido muito mais educativo e esclarecedor para a população. O governo, como todos nós sabemos, apesar de gastar muito em publicidade, gasta mal.

PÉSSIMA COMUNICAÇÃO

Por falta de uma comunicação adequada e séria, a maioria do nosso povo sempre pensa que uma menor dependência na importação do óleo sugere que não devamos acompanhar os preços de mercado. Um erro terrível que só este colunista vem mostrando. Infelizmente, muitos leitores do PONTOCRITICO.COM, bem mais esclarecidos do que a média da sociedade, ainda pensam que fico feliz com aumento de preços. Na realidade confundem responsabilidade de fazer com vontade de aumentar.

RACIOCÍNIO

Para melhor entendimento, não confundam preço do litro da gasolina na bomba, com o preço que as refinarias cobram quando vendem o produto às distribuidoras, que é de R$ 0,6429/litro. Em cima deste preço, o governo federal fica com R$ 0,4062/litro e o governo do RS (um dos mais escandalosos), fica com R$ 0,7697/litro. Espero que estas explicações sejam suficientes e bem mais educativas e esclarecedoras para entender que basta o governo ser menos ganancioso para que o preço dos combustíveis sejam mais realistas.

RUANDA

Para os apaixonados por Cuba, sentimento único que ainda pode ajudar a entender aquilo que a própria razão desconhece, uma notícia interessante: Ruanda, país situado no centro da África, vai abrir a sua Bolsa de Valores. Chega, não? Pois é. Todo os países do mundo já se renderam a esta realidade e a este caminho para desenvolver ao máximo as suas economias. Uma forma adequada para governos lançarem bônus e empresas abrirem o capital. A China, país comunista, até tem várias bolsas. E Cuba? Bem, para os cubanos isto é coisa do diabo.

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18 ago 2005

DESENCANTO À VISTA E A PRAZO


PAULATINAMENTE

A cada nova pesquisa divulgada, os números mostram o quanto está despencando a preferência por Lula. De praticamente imbatível, até pouco tempo atrás, na corrida presidencial, já está ficando evidente que não supera mais qualquer um dos possíveis candidatos. O curioso é que o desencanto não chegou rapidamente àqueles que ainda acreditavam no PT e em Lula. As coisas vêm acontecendo paulatinamente, o que prova maior nível de decisão do eleitor. Assim como o Brasil é conhecido como o país do futebol e do carnaval, o PT já está marcado como o partido da corrupção. Mesmo que se esforce para melhorar, nunca mais terá uma imagem diferente. Virou chavão.

FALTOU O ARREPENDIMENTO

Apesar de entender que todos tem o direito de pedir desculpas pelos atos que cometeram, também tenho o meu direito de aceitar ou não. Quanto ao pedido de desculpas, apresentado pelo PT, ontem, de tão vergonhoso não pode, jamais, receber a minha aceitação. Por vários motivos, mas, principalmente, porque não veio acompanhado do necessário arrependimento e da devolução do que nos foi tirado.

NÃO HÁ COMO DESCULPAR

Foi, na realidade, só um mero pedido formal. De quem, antes mesmo de ter sido flagrado, já havia admitido que o fato de pedir desculpas ajuda muito para diminuir o tamanho da culpa. Uma retratação, portanto, oportuna e nada séria. Algo para manter as chances de continuar cooptando os apaixonados. Tal qual um casal depois do adultério cometido por um dos dois. Por pura índole de safadeza, o traidor sempre pede perdão sabendo que uma nova traição acontecerá. Quando não há o arrependimento, até os apaixonados se revoltam. Como não sou e nunca fui apaixonado pelo PT, não tem desculpas.

ESGOTAMENTO

Tenho percebido que muita gente já se declara como esgotado. Muitos não agüentam mais esta história de CPI, de depoimentos, de denúncias e de corrupção. Querem novas notícias e informações sobre outros assuntos. Como todos estamos muito preocupados com o desenvolvimento, com o crescimento, chegamos ao ponto de não querer mais ouvir falar em CPI.

INTERESSE CONTINUADO

Até admito este sentimento, mas não podemos esmorecer nesta hora. Qualquer descuido já seria suficiente para que a corrupção fosse mantida e que os responsáveis descansassem. Gente, a hora é de buscar soluções. Para que elas aconteçam é preciso manter o interesse continuado dos brasileiros em cima dos problemas. A nossa tolerância e desinteresse repentino por soluções é o que tem levado ao crescimento dos problemas, que ao longo do tempo só têm evoluído em tamanho e em espécie.

QUADRO HORRIPILANTE

O sentimento de revolta com relação aos grevistas do INSS parece não ter chegado à sociedade. Não é possível que os brasileiros tenham ficado imóveis diante do crime hediondo praticado pelos funcionários do INSS por deixar de atender aos mortos-vivos por tanto tempo. Não houve uma passeata, um movimento, nada. Os coitados, sempre resignados, parecem estarem convencidos de que o destino é quem lhes reserva este sofrimento. Houve até quem dissesse ter sido escolhido por Deus Nosso Senhor para ter este castigo. Aí os algozes ficam sempre fora da culpa. É duro.

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17 ago 2005

LAMA MOVEDIÇA


BARCELONA

Até agora o Ronaldinho, do Barcelona, era um cidadão brasileiro bem mais conhecido do que o Toninho da Barcelona. Creio que Ronaldinho vai precisar fazer muitos gols e belas jogadas de craque para poder competir com o Toninho nos noticiários. As declarações obtidas ontem no seu depoimento, mesmo que precisem das devidas comprovações, já dão uma idéia clara das jogadas que vamos assistir. Afinal, o homem já mostrou que também é um craque, ou melhor, em escroque. A sua agenda pode envolver e liquidar com muita gente.

EM CORNER

Quem está em corner, no jargão do mercado, é quem está sem saída. Aquele investidor, ou especulador de mercado, que tem posição comprada, ou vendida, e quer reverter tal posição, mas se vê impedido por falta de vendedor, ou comprador, está em córner. Pois, todos os políticos que freqüentam Brasília, e já tenham se envolvido com as meninas agenciadas pela respeitável senhora Jeani Mary Córner, estão na mesma posição. Literalmente, em Corner.

PAPEL EDUCATIVO

É inegável o papel educativo desta crise. Primeiro, para que todos tomem conhecimento das formas e práticas mais utilizadas para chegar ao Poder e fazer uso dele. Segundo, para abrir os olhos dos eleitores que acabam sempre como os responsáveis pela eleição de crápulas. Terceiro, para que sejam testados novos instrumentos que, se não venham evitar, ao menos se comprometam com a inibição de atitudes rasteiras. Quarto, e o mais importante, para mostrar a necessidade urgente de acabar com empresas estatais, acabar com o presidencialismo e diminuir o número de parlamentares. Menos gente no Parlamento já é menos gente para roubar.

MANIFESTAÇÃO VIRTUAL

Com a chegada da Internet, este magnífico instrumento de comunicação cada vez mais apreciável do mundo, e que vem ganhando espaço, muita coisa está mudando de forma significativa na sociedade. As manifestações públicas, por exemplo, até agora sempre dependendo da ocupação das pessoas nas ruas, onde as badernas são sempre freqüentes e o trânsito fica complicado, passou a ter muito mais efetividade na forma virtual, eletrônica.

PARTICIPAÇÃO EFETIVA

Aqueles que nunca tiveram tempo para participar de passeatas, quer pela distância que precisam percorrer para se encontrarem com os grupos, quer pela necessidade de estarem no trabalho, estão hoje participando de forma ativa, imediata e espetacular. Quando um assunto ganha interesse público, as redes de comunicação se multiplicam rapidamente e as adesões passam a ser espontâneas, livres e sem constrangimento. Participa quem quer e ninguém se sente obrigado, constrangido ou impedido. Maravilha.

FELICIDADE SEM HIPOCRISIA

Os acadêmicos da Universidade de Harvard e da Universidade da Pensilvânia concluíram um estudo cujo resultado acaba com um mito muito antigo. Aquele que sempre sustentou a bobagem de que o dinheiro não traz felicidade. Uma grande hipocrisia, com certeza. Pois, segundo as revelações da pesquisa, feita por ambas as universidades, o dinheiro traz, com certeza, a felicidade. O público pesquisado: pessoas de 20 a 60 anos, independente de raça, escolaridade e saúde. E o resultado, significativo, é de que as pessoas mais ricas têm tendência para serem mais felizes do que os mais pobres. Um dos pontos mais importantes, na convicção dos pesquisados, é de que a compra de uma escolaridade mais efetiva contribui para melhorar a capacidade dos ganhos, que se transforma em poder de compra de bens, de cura e de prestígio. Perfeito.

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16 ago 2005

IMPEACHMENT: ASSUNTO ENCERRADO


PREFIRO O LULA

O assunto impeachment está encerrado. Pode acontecer de tudo, até uma possível, mas pouco provável renúncia de Lula. Impeachment, jamais. Motivo principal: um Congresso muito desmoralizado não tem estôfo para julgar qualquer pessoa. E como não há grande interesse em moralizar o Congresso vamos ficar reféns, mais uma vez, da corporação. Pensando bem, se for para o Severino assumir prefiro que Lula continue. Ruim por ruim fico com o mais previsível. Ah, não duvidem se ainda vier a ser proposto, e aprovado, mais um aumento de salário aos parlamentares, para compensar a perda do mensalão.

A MESMA SOCIEDADE

Como bem disse Fernando Pinto Ferreira, diretor da Globalinvest, na sua palestra na semana passada em Curitiba: a mesma parcela da sociedade que temia pela vitória de Lula na eleição presidencial é a mesma que mais teme hoje pela queda do presidente. Na época, Lula era sinônimo de calote da dívida. Hoje, a permanência de Lula é sinônimo de queda de juros. Para fechar, Ferreira arrematou: a incerteza é sempre o pior cenário.

PERDENDO OPORTUNIDADE

Enquanto estas coisas acontecem por aqui estamos perdendo a maior oportunidade deste mundo para atrair uma parcela da fantástica e excessiva liquidez financeira internacional. As migalhas que estamos conseguindo, infelizmente não estão direcionadas para projetos e investimentos, mas para alavancar ganhos que vão melhorar o retorno dos investimentos. Que depois serão levados para outros países mais sérios e menos cheios de burocracia. Estamos tão apaixonados por Hugo Chávez que só damos adeus a quem tem dinheiro e inteligência.

CONCLUSÃO ACACIANA

A FGV - Fundação Getúlio Vargas - e o ETCO - Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial - fizeram inúmeros estudos econométricos para chegar a uma conclusão mais do que óbvia: a redução da carga tributária geraria maior crescimento do PIB, mais empregos e menos inflação. Fantástico, não? Pois é. Tudo aquilo que é o mais acaciano possível, ainda é motivo de estudo e de revelações espetaculares. Aí é duro. Mais lamentável ainda é que os estudos foram feitos para buscar a reforma do ICMS, não a reforma tributária. Estão enganando o povo dizendo que reforma tributária é uma mera simplificação do ICMS. Vão pro inferno!

OBRA DO DIVINO

O governo, espertamente, aproveitou o fato de o clima ter sido altamente favorável, assim como a curva ascendente dos preços das commodities no mercado internacional, para iludir o povo. Gritaram aos quatro ventos que foram as suas ações as responsáveis pelo sucesso do agribusiness nos anos anteriores. Propositadamente, confundiu a natureza com providência governamental. Como o povo brasileiro prefere crer mais nos santos do que no mercado, é provável que esteja pensando que, além de fiscalizarem, Deus e os santos não gostam de rompantes idiotas.

HONESTIDADE? ONDE?

E por isso, certamente devem ter mandado, mais recentemente para o Brasil um clima altamente desfavorável. E ainda por cima promoveram uma queda de preço das commodities. Resultado: a ética e a honestidade, palavras usadas sempre de forma inconseqüente pelo presidente, já não admitem mais a hipótese de que o governo seja o responsável pelo clima e pelos preços, neste mau momento da agricultura. Isto é ser honesto? Onde?

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