DINOSSAUROS
Na segunda-feira, 28/09, a Fundação Perseu Abramo, que abriga os economistas dinossauros, em conjunto com outras organizações de esquerda lançou um documento contendo pesadas críticas à política econômica adotada no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
UNANIMIDADE
Na coletiva que concederam à imprensa, os líderes (economistas) da Fundação Perseu Abramo foram unânimes ao dizer que houve diagnóstico "equivocado" da situação econômica do país. E, de forma categórica, deixaram bem claro que são contra ao atual ajuste fiscal.
INICIATIVAS GOLPISTAS
Pasmem: os mais de cem especialistas que participaram do estudo estão muito convencidos de que as dificuldades econômicas do nosso pobre país surgiram a partir da implantação das medidas de cortes de gastos e de investimentos no primeiro semestre do ano. Pode?
Mais: mostrando preocupante insanidade mental, os autores disseram que as ações de ajuste fiscal adotadas pelo governo federal amplificam a crise política e estimulam iniciativas "antidemocráticas e golpistas". Uau!
CHAME O LADRÃO
Ontem, quando me preparava para dizer o quanto estão equivocados os detratores da nossa economia, que continuam acreditando que a salvação do país está na forte intervenção do governo e no aumento infinito dos gastos públicos, me deparei com o excelente artigo com o título - CHAME O LADRÃO-, escrito pelo economista Alexandre Schwartsman, publicado na Folha de ontem.
PEDINDO BIS
Lá pela metade do texto, Schwartsman diz, com muita lucidez: - A verdade que os punguistas econômicos querem esquecer é que as políticas que defenderam então, e que agora pedem de volta, colocaram o país numa situação insustentável.
Sua manutenção poderia até adiar o encontro com a realidade por mais um ano ou dois, mas apenas à custa do aprofundamento das distorções que se acumularam nos últimos anos: inflação mais alta, dívida em crescimento e déficits externos ainda maiores.
RECOMENDAM O CAOS
Mais: - O que eles hoje recomendam é exatamente o que nos trouxe à situação lastimável em que estamos. Confesso que, apesar disso, meu lado cruel adoraria tê-los de volta no comando da política econômica. Seria péssimo para o país, mas divertidíssimo vê-los chamando o ladrão quando o caos se instalasse de vez.
VAI ENTENDER...
Como se vê, a doença dos retardados dinossauros não tem cura. Vão morrer acreditando que o progresso depende de um ideário (Matriz Econômica) tentado em vários países, cujos resultados foram terríveis. Vai entender...
O MAIOR PROBLEMA
Ontem, o economista e pensador (Pensar+), Ricardo Bergamini, entrou em contato comigo para fazer um longo e franco desabafo. Extremamente contrariado e sem rodeios, Bergamini disse que não entende, nem aceita, o pouco caso que os brasileiros em geral estão dando à PREVIDÊNCIA SOCIAL, considerado, sem a menor dúvida, como o MAIOR de todos os problemas do nosso pobre país.
A MAIOR INJUSTIÇA SOCIAL DO PAÍS
Mesmo reconhecendo a grande quantidade de editoriais que escrevi sobre o tema, sempre enaltecendo que o rombo provocado pelas DUAS PREVIDÊNCIAS (mal) administradas pela União (dos Servidores Federais, ou 1ª Classe; e do INSS, ou 2ª Classe) representa a maior INJUSTIÇA SOCIAL do Brasil, Bergamini está convencido de que ninguém entendeu a gravidade do problema.
O PROBLEMA
O problema, salienta o economista/pensador, está no desequilíbrio existente no quantitativo entre servidores ativos e servidores inativos, e não no cálculo atuarial ou tipos de sistemas de previdência, ou roubo, ou desvios, como muitos colocam.
TEMA ESPINHOSO
Depois de ouvir com muita atenção lembrei ao meu amigo Bergamini que falar em REFORMA DA PREVIDÊNCIA é entrar em terreno cheio de espinhos porque em todas as famílias brasileiras existe um ou mais aposentados. Como todos têm medo de perder algum benefício, os que estão em volta (futuros aposentados) fogem do assunto.
1,26 ATIVOS PARA 1 INATIVO
Com absoluta razão, gostem ou não, Bergamini concluiu a nossa conversa repetindo, de forma enfática, o seguinte: - Proponham qualquer sistema de previdência existente no planeta que não vai resolver o caso brasileiro que não é atuarial, mas sim de desequilíbrio entre quantitativos de ativos e inativos. É muito inativo. Na média do planeta a relação é de 5 ativos por 1 inativo. A nossa é de 1,26 ativos para 1 inativo.
RACIOCÍNIO
Esquecendo, portanto, os VALORES para se fixar somente no QUANTITATIVO, eis o raciocínio:
Antes de tudo, previdência é um pacto contratual existente entre patrões e empregados para formar uma poupança para uso dentro de regras pré-estabelecidas, tendo como fontes de formação uma contribuição mensal de patrões e de empregados. Fica faltando apenas o administrador desse fundo que pode ser o governo, ou um banco especializado nesse tipo de operação.
A seguir vejam que em 2014 existiam 1.294.040 servidores ativos (civis e militares) e 1.028.563 servidores inativos (civis e militares), ou seja: uma relação de 1,26 servidores ativos para 1,00 servidor inativo, que se dividindo 1,00 por 1,26, considerando que o salário é o mesmo entre ativos e inativos, chegamos à conclusão que os gastos com inativos representam 79,36% dos gastos com ativos. Assim sendo se o governo gastar 100 unidades monetárias com ativos necessita de 79,36 unidades monetárias para pagar os inativos.
SISTEMA INJUSTO E CRUEL
De novo: todos podem até não gostar. O que não é admissível é que não queiram entender. A Reforma da Previdência, se fosse feita anos atrás, precisaria ser muito dura. Hoje, pelo tamanho do rombo (crescente), seria duríssima. Como estamos diante de um sistema ABSOLUTAMENTE INJUSTO e CRUEL, algo precisa ser feio. JÁ!
CONVINCENTE
Ontem, no discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, a presidente Dilma foi muito convincente. Convenceu ao mundo todo, de forma definitiva, que não é por acaso que o nosso pobre país vive a maior crise -moral e econômica- de sua história.
DÚVIDAS ENTERRADAS
Se, por alguma razão (que a própria razão desconhece), alguém neste mundo ainda via a nossa presidente como uma pessoa séria, lúcida, consciente e realmente interessada em recuperar a sua desgastada imagem, depois de ouvir o seu discurso as dúvidas simplesmente foram enterradas.
TRADUÇÃO INSTANTÂNEA
Os presentes à 70ª Assembleia Geral da ONU, quando ouviram Dilma dizer que o responsável pela crise econômica do Brasil é o cenário global, reagiram como se fosse uma grande falha (grosseira) dos profissionais que fazem a tradução instantânea.
MENTINDO
Já quando Dilma disse que a economia brasileira, hoje, é mais forte, sólida e resiliente do que há alguns anos, e que o país está em transição para entrar em outro ciclo de -expansão profunda, sólida e duradoura-, aí a ficha caiu: os tradutores não haviam se equivocado, mas a presidente Dilma é que estava mentindo. Como nunca, aliás.
CORRUPÇÃO
Muito provavelmente por saber que os organizadores da Assembleia da ONU não disponibilizam tomates para serem jogados pela plateia, a presidente aproveitou a ocasião para enfatizar que o seu governo e a sociedade brasileira não toleram a corrupção. Maravilha, não?
MARTE
Enquanto Dilma discursava, a NASA trazia a informação da existência de água líquida em Marte. Considerando que a descoberta enseja a possibilidade de vida naquele planeta, fiquei imaginando o seguinte: caso os brasileiros resolvam mandar a presidente Dilma e o PT para o espaço, peço que não escolham Marte como destino.
Pelo que o PT, Lula e Dilma fizeram com o nosso pobre país em pouco mais de 12 anos, bastam algumas semanas para arrasar com o planeta vermelho.
PROBABILIDADE ZERO
Faltando apenas dois dias para o encerramento do mês de setembro, por tudo que já aconteceu ao longo de 2015 a probabilidade de que a nossa economia ainda possa dar algum suspiro, nos próximos 90 dias que restam para o fechamento do ano, é ZERO.
NÚMEROS NEGATIVOS
Olhando apenas os números divulgados pelo Boletim Focus, os quais são divulgados ao mercado a cada segunda-feira, em todas as 38 ou 39 semanas deste fatídico 2015 a projeção foi sempre para pior. De novo: em TODAS AS SEMANAS os números se mostraram SEMPRE NEGATIVOS. Que tal?
05 DE JANEIRO DE 2015
No dia 05/01/2015 (1ª SEMANA), o Boletim Focus divulgou, por exemplo, a projeção dos seguintes indicadores para o final deste ano:
PIB - 0,50%
IPCA - 6,56%
CÂMBIO - R$ 2,80
28 DE SETEMBRO DE 2015
A projeção divulgada hoje, para os mesmos indicadores, é a seguinte para este ano:
PIB - retração de 2,80% (POR ENQUANTO)
IPCA - 9,46%
CÂMBIO - R$ 3,95
PRÓXIMAS 13 SEMANAS
Ora, como as projeções são atualizadas semanalmente, e em todas as anteriores os números só pioraram, ninguém, de sã consciência, pode esperar que nas próximas 13 ou 14 semanas que faltam para o encerramento do ano aconteça algum milagre. Nem com o auxílio de pedaladas.
DEMISSÕES
Junto com estas projeções ruins, o quadro apresentado pelo Ministério do Trabalho (números oficiais, portanto) através do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) só aumenta a preocupação: em agosto, o Brasil fechou 86.543 vagas formais de trabalho.
Detalhe: foi o quinto mês seguido em que as demissões superaram as contratações. O resultado é muito inferior ao do mesmo mês do ano passado, quando foram criadas 101.425 vagas.
ADMISSÕES
Agora o mais assustador e revoltante: Se no Setor Privado as coisas vão de mal a pior, no Setor Público (onde a crise passa longe), ninguém pode se queixar, pois ninguém foi demitido. Ao contrário: a Administração Pública ainda abriu 730 postos. Pode?
COMPORTAMENTO DO MERCADO DE TRABALHO
É acaciano dizer que a taxa de emprego reflete o desempenho das atividades econômicas. Portanto, quando a economia não cresce, a taxa de emprego não tem como melhorar. Da mesma forma, se o PIB cai, a taxa de emprego se movimenta em sentido contrário, ou seja, as demissões aumentam.
AGOSTO DE 2014
Em agosto de 2014, (um ano atrás) quando as atividades econômicas do nosso pobre país já estavam definhando, o IBGE informou que o Brasil apresentava uma taxa de desemprego de 5%. Mais: que o nosso pobre país vivia uma situação de PLENO EMPREGO. Pode?
PLENO DESEMPREGO
Pois, passados 365 dias daquela declaração absurdamente mentirosa, ontem o IBGE divulgou que a nossa Taxa de Desemprego atingiu, em agosto de 2015, a marca de 7,6%. Ou seja, a população desocupada (que está procurando trabalho) somou 1,9 milhão. Mais: embora estável em relação a julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, esse número cresceu 52,1%. Que tal?
PERSPECTIVAS RUINS
Como as projeções feitas por todos os institutos que medem o desempenho da economia brasileira mostram uma forte retração do nosso PIB, nada mais óbvio do que admitir que a Taxa de Desemprego vai subir muito, podendo chegar a 15% ou até 20% nos próximos dois anos.
CRISE SÓ NA INCIATIVA PRIVADA
Agora o detalhe mais interessante: NENHUM SERVIDOR PÚBLICO FOI AFETADO. O que prova que a CRISE só acontece na INICIATIVA PRIVADA. Tudo porque aqueles que trabalham no Setor Público gozam da absurda ESTABILIDADE NO EMPREGO. Ou seja, desconhecem crise empregatícia.
Isto significa que para poder sustentar a 1ª Classe, muitos que integram a 2ª Classe estão sendo demitidos.
DUAS CLASSES
Mas, não fica por aí: os APOSENTADOS DO SETOR PÚBLICO ainda tem regalias que, por si só, levam as contas públicas ao buraco, pois recebem os mesmos salários de quem está na ATIVA. Vide, por exemplo, a situação do RS, onde a folha dos aposentados afundou com o caixa do Tesouro, obrigando o (fraco) governo a aumentar impostos. Que tal?
RESUMO
Como bem resume o pensador Ricardo Bergamini: - Na história do Brasil a nação sempre foi refém dos seus servidores públicos (trabalhadores de primeira classe), com os seus direitos adquiridos intocáveis, estabilidade de emprego e licença prêmio sem critério de mérito, longas greves remuneradas, acionamento judicial sem perda de emprego, regime próprio de aposentadoria (não usam o INSS), planos de saúde (não usam o SUS), dentre muitos outros privilégios impensáveis para os trabalhadores de segunda classe (empresas privadas). Com certeza nenhum desses trabalhadores de primeira classe concedem aos seus empregados os mesmos direitos imorais.
PROCESSO
Todos os cursos de Administração -Pública ou Privada- ensinam que as DECISÕES em geral precisam passar por um PROCESSO que inicia pela ANÁLISE correta do problema (ou problemas) a ser enfrentado; segue pelo levantamento das principais ALTERNATIVAS de solução; e encerra com a escolha daquela que ofereça o melhor RESULTADO.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
No Brasil e, notadamente no RS, na ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, o PROCESSO DECISÓRIO obedece uma regra bem diferente:
1- a ANÁLISE, que deveria ser pelo lado das CAUSAS dos problemas, é feita pelo lado do EFEITO.
2- As ALTERNATIVAS levantadas não têm compromisso com a SOLUÇÃO. Daí decorre a razão pela qual a decisão é sempre a mesma, isto é, a elevação de tributos.
CHEIRO DE CALOTE
Isto explica as decisões (ou a falta delas) tomadas, tanto pela presidente Dilma no enfrentamento da trágica crise que já abala as frágeis estruturas do nosso pobre país, quanto pelo governador José Ivo Sartori, que além de aplicar um tarifaço de grosso calibre nos consumidores gaúchos, ainda pretende dar um CALOTE da dívida que o RS mantém com a União.
LÁ E CÁ
Resumindo: pelas decisões que estão sendo tomadas lá (União) e cá (Estado do RS) o PROCESSO DECISÓRIO é desenvolvido, não para a obtenção de bons resultados, mas com o aumento do número de problemas e/ou com o aprofundamento da crise. Pode?
SÓ PENSAM NAQUILO...
A situação atual exige medidas drásticas para salvar o que ainda está de pé. Caso contrário o Brasil será uma grande ruína. Pois, ao invés de atacar com total determinação os problemas, esses dois governos -federal e do RS- só pensam em aumento e/ou criação de impostos.
ANTES DE TRIBUTAR
Onde deveria haver a máxima atenção e interesse, só se vê desprezo. Quem tem um mínimo de raciocínio sabe, por exemplo, que antes de propor aumento de qualquer tributo é preciso, imediatamente:
1- vender e/ou acabar com todas as estatais ;
2- implantar um SISTEMA EFICENTE DE GESTÃO PÚBLICA;
3- fazer as REFORMAS - Previdenciária, Trabalhista, Fiscal, Tributária e Política.
4- acabar com privilégios de todas as naturezas.
REPASSE INTEGRAL
Volto a afirmar: o estapafúrdio aumento das alíquotas do ICMS do RS, que entrarão em vigor a partir de janeiro de 2016, assegura, desde já, que os gaúchos vão precisar renunciar ao consumo de vários produtos e serviços se não quiserem se entregar aos desejos do mau governo.
É bom saber que o aumento do ICMS não tem compromisso algum com a melhora dos péssimos serviços públicos. Tudo, absolutamente tudo, vai para os bolsos dos servidores (ativos e inativos). Que tal?