PROBLEMAS E SOLUÇÕES
O Brasil, escancaradamente, é um país largamente RICO EM PROBLEMAS e extremamente POBRE EM SOLUÇÕES. Tudo porque é literalmente dominado por uma parcela de poderosos INIMIGOS enquanto é admirado por AMIGOS TOLOS.
Ainda que a maioria da população forme a parcela dos AMIGOS, o fato é que, por TOLICE, ingenuidade e/ou baixa capacidade de discernimento, se deixam levar pela fúria dos INIMIGOS, que garantem, constantemente, vantagens absurdas e impossíveis de serem atendidas.
INGENUIDADE
A ingenuidade dos AMIGOS, por exemplo, é de tal ordem, como bem aponta o professor Ricardo Bergamini, que 99,9% da população brasileira não percebe que não existe um único centavo liberado de crédito direcionado (juros médio em maio de 2017 de 10,2% ao ano, enquanto o crédito livre estava na média de 46,8% ao ano) sem pagamento de algum tipo de PROPINA.
ROBERTO CAMPOS JÁ DIZIA
Apontar as mais incríveis aberrações nos dias de hoje é algo muito fácil porque os problemas estão ficando cada vez mais escancarados, mesmo à luz de quem pensa pouco ou sequer pensa. Entretanto, o mestre Roberto Campos fez certos alertas no artigo que publico a seguir, escrito na década de 1980/90 (já se passaram mais de 30 anos). Eis:
BANCO CENTRAL
- Quando propusemos em, 1965 - o professor Bulhões e eu -, a criação do Banco Central, como controlador e guardião da moeda, jamais imaginávamos que ele se transformaria em um grande banco rural, cúmplice ao invés de disciplinador da expansão monetária. Teve suas funções ampliadas e sua independência reduzidas. É preciso retorná-la à sua concepção original.
OPEN MARKET
Outro exemplo de perversão institucional é o open market. Concebido originalmente como instrumento de controle monetário, tornou-se um grande acelerador da velocidade de circulação de vários tipos de quase-moeda. A regulação da base monetária perdeu eficácia, porque pouco adianta controlar o estoque de meios de pagamento sem controlar a velocidade do fluxo de quase–moeda. Com o open market conseguimos o feito singular de criar um mercado secundário sem um mercado primário!
TAXAS DE JUROS
A primeira causa dos juros altos é a “expectativa” de inflação e de desvalorização cambial, que alimenta a inflação e dela se realimenta. Em segundo lugar a bizarra coexistência de taxas negativas para dois terços dos empréstimos e taxas explosivas para o terço restante, pois que a isso se limita o segmento livre de mercado. Este mercado não é caldeira; é a válvula de escape da excessiva pressão da procura.
CRÉDITO SUBVENCIONADO
Eliminando o crédito subvencionado, descobriríamos o milagre aritmético da média: os juros tenderiam a baixar pela diminuição da procura e pela mudança de expectativa! E o mercado bancário se tornaria mais competitivo, pois os bancos não mais precisariam ser racionados, dado que o governo poderia melhor controlar a base monetária, e cessaria de pressionar o mercado financeiro que reflete fielmente o excesso de demanda de recursos por parte do setor público, quer federal quer estadual.