NOTA DO BROADCAST
Chamou muita atenção o conteúdo da nota da Coluna do Broadcast, do jornal Estadão, que diz respeito à pretensa venda de 49% das ações ordinárias (com direito a voto) do Banrisul, como quer (ou queria) o governo do Estado do RS.
GESTORES DE MERCADO
Ainda que o Broadcast tenha divulgado aquilo que já foi dito e repetido várias vezes aqui no Ponto Critico é sempre muito salutar que o governo do RS ouça e interprete, com absoluta clareza, o que dizem, pensam e avaliam os gestores de mercado sobre a venda de uma fatia minoritária de ações ordinárias que pertence ao Estado do RS.
PERDA DA CAPACIDADE DE RACIOCÍNIO
Pressionado pela indiscutível e notória impossibilidade de pagar a folha de salários dos servidores públicos, onde a maioria (aposentados) já deixou de -servir-, o governo do RS deixa claro o quanto perdeu em termos de capacidade de raciocínio e bom senso. Algo, gente, simplesmente lamentável e/ou abominável.
NO MÁXIMO 80% DO VALOR PATRIMONIAL
Voltando à-venda de 49% das ações (com direito a voto) do Banrisul-, a Coluna Broadcast informa que, segundo os gestores de mercado, o preço (cotação) do lote chegaria, no máximo, em torno de 80% do valor patrimonial do Banrisul, enquanto que em caso de venda do controle o Estado do RS poderia obter, no mínimo, duas vezes mais do que isto.
ARITMÉTICA
Ora, este é um assunto que não merece nem deveria ser visto pelo lado ideológico, como preferem o povo, o Executivo, a maioria do Legislativo e do Judiciário gaúcho. Antes de tudo esta é uma questão que deve ser analisada de forma puramente aritmética. Considerando que o Banrisul é a joia da coroa, como muitos preferem, nada mais lógico que exigir o máximo pela sua venda.
BOAS DEMANDAS
Com a venda do controle do Banrisul seria possível atender muitas e boas demandas, como:
1- TODOS OS DEPUTADOS (e não alguns) poderiam receber uma verba de CINCO MILHÕES destinada, exclusivamente, para obras nos seus municípios;
2- pagar duas ou três folhas de salários; e
3- aplicar o restante para obtenção de renda e/ou quitar parte da dívida do Estado junto a União.
Que tal?
AGUARDANDO A REFORMA
Nem mesmo a importantíssima notícia da redução da taxa de juros básica para 7% ao ano, anunciada no final da tarde de ontem pelo Copom, foi capaz de tirar a atenção dos agentes financeiros interessados em investir no Brasil. Na realidade, o que todos estão aguardando, sem exceção, é tão somente a aprovação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA.
A BOMBA EXPLODIU
Esta atenção que está sendo dada a nossa Previdência Social é uma prova de que, enfim, já deixou de ser uma bomba armada para explodir mais a frente. Na real, como aliás tenho dito aqui de forma insistente, o artefato já explodiu, espalhando imensa destruição nas CONTAS PÚBLICAS.
ESTRONDO
O que é de se lamentar neste momento, sob todos os aspectos, é que a grande maioria dos nossos deputados ainda não estão convencidos da necessidade de mudar a Previdência. Nem mesmo o estrondo da explosão, cujos ruídos revelam que o estrago é enorme, consegue fazer com que mudem de opinião. Pode?
NEM 300 VOTOS
Na real, matéria como esta, pelo grau de necessidade e urgência, deveria ser aprovada por UNANIMIDADE. No entanto, o que se vê é o governo fazendo um esforço hercúleo para conseguir 308 votos, número necessário para garantir a aprovação. Até agora, no entanto, governo não garante mais do que 300 votos.
ALVISSAREIRA
Este ano de 2017 tinha tudo (ainda tem, espero) para terminar do forma muito alvissareira para todos os brasileiros, possibilitando um 2018 realmente carregado de esperanças. A rigor nunca o Brasil esteve tão animado. A inflação caiu forte, os juros idem, a indústria, o comércio, os serviços mostram recuperação e a taxa de desemprego não para de cair.
CALOTE
O que está faltando para garantir a continuidade desta importante recuperação da confiança é colocar a CEREJA NO BOLO. Sem a aprovação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA, podem estar certos, a desconfiança voltará a reinar. E quem vai cuidar de manter todos muito assustados é o ROMBO DAS CONTAS PÚBLICAS, que, inevitavelmente levará ao CALOTE da DÍVIDA PÚBLICA. Que tal?
PREVIDÊNCIA
Enquanto a REFORMA DA PREVIDÊNCIA estiver no horizonte das possibilidades de se tornar uma realidade, mesmo esta peça tímida que o governo vem se esforçando muito para aprovar, não tenho como descansar. Afinal, tudo que digo e escrevo constantemente sobre este tema é fruto de um convencimento absolutamente inquestionável.
DÉCIMA TERCEIRA EMENDA
E quando vejo boa parte do pessoal da mídia, que infelizmente prefere não enxergar a realidade dos números, dizendo que o governo, para garantir a aprovação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA resolveu abrir um balcão de negócios para comprar deputados indecisos, lembro do que aconteceu, em 1865, nos EUA, quando o presidente Abraham Lincoln fez o que pode para conseguir a aprovação da DÉCIMA TERCEIRA EMENDA à Constituição americana, que aboliu oficialmente a ESCRAVATURA no território americano.
VANTAGENS
O presidente Lincoln, ao perceber que faltavam alguns votos para a aprovação da importante emenda, partiu para o tudo ou nada junto a alguns deputados democratas, tanto os-indecisos- quanto aqueles que não haviam sido reeleitos. Para obter os votos necessários Lincoln se viu obrigado a oferecer vantagens, como a história registra.
CUSTO DA COMPRA
Pois, enquanto a mídia ideológica prefere tratar deste assunto dizendo que aquela -compra- de deputados americanos foi o primeiro mensalão conhecido da história, sinto-me no direito e dever de informar o que aconteceu no momento seguinte, quando o Lincoln, ao encontrar um dos deputados -comprados- o mesmo quis saber o quanto custou para o povo americano a aprovação da DÉCIMA TERCEIRA EMENDA.
O POVO GANHOU
Abraham Lincoln, sem pestanejar, afirmou: - A aprovação da DÉCIMA TERCEIRA EMENDA, meu caro, não tem preço. Ela é tão significativa e importante para os Estados Unidos, que pouco importa o preço que o senhor e outros decidiram aceitar para que ela fosse aprovada. O povo ganhou muito. Muito mais!
COMPARAÇÃO OPORTUNA
Pois, no meu entender, guardada as devidas proporções, é oportuna a comparação entre o que representou a DÉCIMA TERCEIRA EMENDA para os EUA e a necessária aprovação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA no Brasil. Pouco importa o quanto ela possa custar para a obtenção de votos necessários para a aprovação. O que realmente importa é o quanto o Brasil vai ganhar em termos de JUSTIÇA SOCIAL.
PROBLEMAS
Mais do que sabido, o Brasil é um país mergulhado em problemas reconhecidamente de grau -SÉRIOS-, o que significa baixa probabilidade na obtenção de efetiva solução. É o caso, por exemplo, do lamentável e injusto DIREITO ADQUIRIDO, blindado pela Constituição por nojentas Cláusulas Pétreas.
CORREDORES
Se os problemas colocados na pilha da categoria -SIMPLES-, reservada àqueles com razoável facilidade de solução já passam por verdadeiros -CORREDORES POLONESES, onde os agentes envolvidos sofrem castigos e/ou torturas de todos os tipos ao longo do percurso, os demais, da categoria -DIFÍCEIS-, são quase todos submetidos ao CORREDOR DA MORTE, onde os PRIVILEGIADOS impedem que algum deles seja solucionado.
TEMER
Pois, por incrível que possa parecer, o governo que, nos últimos 50 anos, mais fez na tenebrosa tentativa de diminuir o extenso oceano de problemas que levaram o Brasil a ser um país destruído por equivocados programas econômicos é este que aí está, comandado por Michel Temer.
GARRA
Mesmo considerando que a REFORMA POSSÍVEL DA PREVIDÊNCIA já esteja bastante desfigurada, o fato é que, gostando ou não do presidente, ninguém pode negar o quanto o mesmo tem se mostrado como um bravo lutador do tipo que não se entrega ao fracasso. É, no mínimo, admirável esta garra que o presidente mostra na tentativa de melhorar o país.
PSICANÁLISE
O curioso nisto tudo é que o povo brasileiro, que só tem a ganhar com as REFORMAS apresentadas e defendidas pelo presidente Temer, continua dando notas extremamente baixas para o seu governo. Isto é algo que só a psicanálise de alto nível é capaz de explicar.
DESAPROVAÇÃO
Se alguém imagina que o governo Temer tem baixíssima aprovação porque o presidente integra a vasta lista dos suspeitos de atos de CORRUPÇÃO, esta imaginação não tem a mínima sustentação. Basta ver o que acontece com Lula, o preferido dos eleitores, que a Justiça já considera como real e verdadeiro CRIMINOSO.
Ora, ora, se CORRUPÇÃO fosse o grande e real motivo para tamanha desaprovação de Temer, a maioria dos eleitores jamais teriam interesse na volta de Lula, como revelam as pesquisas.
LIBERDADE ECONÔMICA
Há quem não goste do que o economista liberal Paulo Guedes pensa e diz sobre a falta de liberdade econômica que, infelizmente, reina no nosso empobrecido Brasil, notadamente nos últimos 42 anos (1975-2017).
ESTADO INTERVENTOR
Entretanto, quem se dispõe a analisar a trajetória econômica brasileira ao longo do período de 1900/1975, gostando ou não de Paulo Guedes não terá como contestar os números (que nunca mentem). Vejam que o desempenho até 1975 foi altamente positivo e, a partir de então, quando o ESTADO INTERVENTOR se fez presente, as coisas foram se complicando.
ECONOMIA LIVRE
De 1900 a 1975, quando o general Ernesto Geisel assumiu a presidência do Brasil, a economia brasileira cresceu, em média, 7,36% ao ano (a taxa maior do mundo até então). Isto porque a economia brasileira, até então, era relativamente livre.
ONDA ESTATIZANTE
Pouca gente sabe, mas o fato é que foi durante o Governo Geisel que iniciou a enorme onda ESTATIZANTE no nosso país. Tal decisão, inclusive, pra lá de equivocada, levou praticamente todos aqueles que integravam a equipe econômica do governo a pedir afastamento e/ou serem demitidos.
II PND
O II Plano Nacional de Desenvolvimento, lançado em 10 de setembro de 1974, ainda no início do governo do General Ernesto Geisel, marcou profundamente a mudança da trajetória econômica brasileira. O II PND tinha suas bases de sustentação na forte presença do Estado na economia. Deu no que deu, ou seja, o Brasil passou a ser um país medíocre economicamente.
DUAS ONDAS
Como bem diz o economista -liberal- Paulo Guedes, a partir de 1975 o Brasil foi CAPTURADO PELA ARMADILHA do baixo crescimento. Se as coisas começaram a ficar ruins a partir de então, pior ainda ficou no período em que o PT, de Lula e Dilma, assumiu o governo. Aí, além de crescimento negativo, o Brasil foi assaltado de forma brutal. Passamos a surfar, a mesmo tempo, em duas ONDAS: 1- ONDA IMENSA DA CORRUPÇÃO; e a 2 - ONDA, de tamanho idêntico, da INCOMPETÊNCIA!
MAIA- JOGOU A TOALHA-
Ontem, como foi amplamente noticiado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, praticamente -jogou a toalha- quanto às reais possibilidades de votação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA ainda em 2017. Mostrando uma fisionomia carregada de frustração, Maia admitiu que faltam muitos votos para que a Reforma seja aprovada. Assim, para não correr o risco de uma reprovação, o melhor é deixar para 2018.
RAZÃO DA RESISTÊNCIA
Fica claro, portanto, que a maioria dos deputados acredita, piamente, no relatório conclusivo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, cujos membros se dizem convencidos de que as duas Previdências, que atendem os brasileiros de PRIMEIRA e SEGUNDA CLASSE, não são deficitárias. Só pode!
REFORMA INCABÍVEL
Diante desta fantástica demonstração de -convencimento absurdo- de parte da maioria dos deputados, tudo leva a crer que não cabe qualquer REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Ora, se não há razão alguma para REFORMAR, como aponta o relatório da CPI, a palavra URGENTE é simplesmente incabível.
CAOS ABSOLUTO
Considerando este convencimento, plenamente identificado pela falta de votos necessários para aprovação do projeto, o que resta àqueles que conseguem desenvolver o raciocínio lógico é esperar pelo CAOS ABSOLUTO. Esta situação -caótica- se verifica quando há total impossibilidade de pagar os benefícios dos aposentados.
DEFICITÁRIA E INJUSTA
Como sou teimoso, não me resta outra coisa senão continuar esclarecendo os leitores do Ponto Critico, de que a PREVIDÊNCIA SOCIAL, além dos brutais DÉFICITS que produz a cada mês, é o que de pior existe em termos de INJUSTIÇA SOCIAL.
Como bem informa, aliás, o economista Ricardo Bergamini: -São apenas 9,9 milhões de servidores públicos (civis e militares, ativos e inativos, federais, estaduais e municipais) participantes do RPPS (que atende os brasileiros de PRIMEIRA CLASSE), cuja nação brasileira é refém desde o Império. Nessa luta estão todas as cores e matizes ideológicas: é unanimidade.
REGIME ABSURDO
- Em 2016 o Regime Geral de Previdência Social (INSS) destinado aos trabalhadores de SEGUNDA CLASSE, com 100,6 milhões de participantes (70,1 milhões de contribuintes e 30,5 milhões de beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 149,7 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 1.512,92).
- Em 2016 o Regime Próprio da Previdência Social destinado aos trabalhadores de PRIMEIRA CLASSE (servidores públicos) – União, 26 estados, DF e 2087 municípios mais ricos, com apenas 9,9 milhões de participantes (6,3 milhões de contribuintes e 3,6 milhões de beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 155,7 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 15.727,27).
- Em 2002 os gastos com pessoal consolidado (união, estados e municípios) foi de 13,35% do PIB. Em 2016 foi de 15,27% do PIB. Crescimento real em relação ao PIB de 14,38% representando 46,75% da carga tributária de 2015 que foi de 32,66%.
Para que se avalie a variação criminosa dos gastos reais com pessoal, cabe lembrar que nesse mesmo período houve um crescimento real do PIB Corrente de 34,70%, gerando um ganho real acima da inflação de 54,07% nesse período. Nenhuma nação do planeta conseguiria bancar tamanha orgia pública.