MAIA- JOGOU A TOALHA-
Ontem, como foi amplamente noticiado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, praticamente -jogou a toalha- quanto às reais possibilidades de votação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA ainda em 2017. Mostrando uma fisionomia carregada de frustração, Maia admitiu que faltam muitos votos para que a Reforma seja aprovada. Assim, para não correr o risco de uma reprovação, o melhor é deixar para 2018.
RAZÃO DA RESISTÊNCIA
Fica claro, portanto, que a maioria dos deputados acredita, piamente, no relatório conclusivo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, cujos membros se dizem convencidos de que as duas Previdências, que atendem os brasileiros de PRIMEIRA e SEGUNDA CLASSE, não são deficitárias. Só pode!
REFORMA INCABÍVEL
Diante desta fantástica demonstração de -convencimento absurdo- de parte da maioria dos deputados, tudo leva a crer que não cabe qualquer REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Ora, se não há razão alguma para REFORMAR, como aponta o relatório da CPI, a palavra URGENTE é simplesmente incabível.
CAOS ABSOLUTO
Considerando este convencimento, plenamente identificado pela falta de votos necessários para aprovação do projeto, o que resta àqueles que conseguem desenvolver o raciocínio lógico é esperar pelo CAOS ABSOLUTO. Esta situação -caótica- se verifica quando há total impossibilidade de pagar os benefícios dos aposentados.
DEFICITÁRIA E INJUSTA
Como sou teimoso, não me resta outra coisa senão continuar esclarecendo os leitores do Ponto Critico, de que a PREVIDÊNCIA SOCIAL, além dos brutais DÉFICITS que produz a cada mês, é o que de pior existe em termos de INJUSTIÇA SOCIAL.
Como bem informa, aliás, o economista Ricardo Bergamini: -São apenas 9,9 milhões de servidores públicos (civis e militares, ativos e inativos, federais, estaduais e municipais) participantes do RPPS (que atende os brasileiros de PRIMEIRA CLASSE), cuja nação brasileira é refém desde o Império. Nessa luta estão todas as cores e matizes ideológicas: é unanimidade.
REGIME ABSURDO
- Em 2016 o Regime Geral de Previdência Social (INSS) destinado aos trabalhadores de SEGUNDA CLASSE, com 100,6 milhões de participantes (70,1 milhões de contribuintes e 30,5 milhões de beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 149,7 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 1.512,92).
- Em 2016 o Regime Próprio da Previdência Social destinado aos trabalhadores de PRIMEIRA CLASSE (servidores públicos) – União, 26 estados, DF e 2087 municípios mais ricos, com apenas 9,9 milhões de participantes (6,3 milhões de contribuintes e 3,6 milhões de beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 155,7 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 15.727,27).
- Em 2002 os gastos com pessoal consolidado (união, estados e municípios) foi de 13,35% do PIB. Em 2016 foi de 15,27% do PIB. Crescimento real em relação ao PIB de 14,38% representando 46,75% da carga tributária de 2015 que foi de 32,66%.
Para que se avalie a variação criminosa dos gastos reais com pessoal, cabe lembrar que nesse mesmo período houve um crescimento real do PIB Corrente de 34,70%, gerando um ganho real acima da inflação de 54,07% nesse período. Nenhuma nação do planeta conseguiria bancar tamanha orgia pública.