ESCLARECIMENTO NECESSÁRIO
Antes de tudo me preocupo em esclarecer os reais motivos que estão levando a ANEEL, - Agência Nacional de Energia Elétrica-, instituição que estabelece as metodologias de cálculo das diferentes tarifas do setor e calcula as tarifas aplicadas às contas das concessionárias e permissionárias de distribuição de energia, a decidir, neste momento, pelo aumento das tarifas de energia elétrica aos pobres, ricos e remediados consumidores brasileiros. Tal providência se faz necessária porque a MÍDIA, em geral, e a MÍDIA ABUTRE, em particular, estão fazendo de tudo para convencer seus leitores, ouvintes e telespectadores, de que o aumento dos preços de energia é obra do perverso e demoníaco governo Bolsonaro.
CUSTO
O que precisa ser entendido é que o CUSTO da nossa ENERGIA HÍDRICA, considerada a mais barata e limpa, é bem diferente do CUSTO da ENERGIA TÉRMICA disponível, que é obtida através de usinas que utilizam matérias-primas combustíveis, como petróleo (gasolina, gás natural) ou o carvão.
ENERGIA ESCASSA
Considerando que, neste momento, o Brasil atravessa um período de forte estiagem na maior parte do país, onde os principais reservatórios de água estão sofrendo um enorme esvaziamento, o que torna a produção energética mais difícil e cara, a única saída que resta para evitar os indesejáveis APAGÕES é lançar mão da MATRIZ de ENERGIA TÉRMICA, cuja geração, além de insuficiente para suprir a demanda atual, ainda é muito mais cara do que a MATRIZ de ENERGIA HÍDRICA. Ora, como a ENERGIA MAIS BARATA está escassa, o que resta é produzir uma ENERGIA MAIS CARA para que o fornecimento não seja interrompido.
MP DA ELETROBRÁS
Feito o esclarecimento, vamos ao complicado tema da MP que abre a possibilidade de privatização da Eletrobrás, cujo capítulo final foi levado ao ar, ontem, no ambiente da Câmara Federal. DITO E FEITO. Conforme afirmei em editoriais recentes, uma coisa é o conteúdo da MP elaborada pelo governo (Executivo); outra, bem diferente, é a MP que resultou aprovada pelos nossos congressistas. Um horror!!!!
CONGRESSO NADA TEM DE REFORMISTA
O fato, para que fique aqui registrado, é que o atual CONGRESSO NACIONAL nada tem de REFORMISTA, como muitos brasileiros equivocados acreditam. A maioria dos ocupantes das DUAS CASAS LEGISLATIVAS - Câmara e Senado- é formada por MUTILADORES E/OU DESTRUIDORES de bons ou razoáveis projetos. Isto já aconteceu com a Reforma da Previdência e se repetiu em praticamente todos os projetos que conseguiram tramitar até chegar aos respectivos plenários para serem votados.
EDITORIAL DA GAZETA DO POVO
A propósito, quem resume bem o caso -ELETROBRÁS- é o editorial de hoje do jornal Gazeta o Povo. Eis:
Entre uma privatização boa, uma privatização malfeita e privatização nenhuma, o Congresso Nacional fez sua escolha no caso da Eletrobrás. O Senado, ao analisar a Medida Provisória 1.031/21, tinha a possibilidade de remover os “jabutis” inseridos pela Câmara; por mais que a ação se tornasse inócua, dada a promessa do deputado relator, Elmar Nascimento (DEM-BA), de recolocar tudo de volta quando o texto tivesse novamente de passar pela Câmara, seria um sinal de que ao menos os senadores estavam comprometidos com o autêntico espírito da desestatização. Em vez disso, o que o senador Marcos Rogério (DEM-RO) fez foi acrescentar ainda mais obrigações, respaldadas pelos colegas e, em boa parte, confirmadas na votação desta segunda-feira, em que a Câmara aprovou novamente a MP, agora enviada à sanção presidencial.
A exigência de contratação de termelétricas a gás nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com a consequente obrigação de se construir os gasodutos necessários para a operação, foi um dos itens mais criticados quando da primeira votação na Câmara e também foi alvo da oposição de alguns senadores. Mas o número dos dissidentes não foi suficiente para convencer Rogério a retirar este trecho – pelo contrário, o relator no Senado dobrou a aposta, aumentando a quantidade de energia de termelétricas que o governo terá de contratar e incluindo usinas no Sudeste e outras regiões. Esta foi uma das alterações vindas do Senado e mantidas pela Câmara.
A tramitação da MP da Eletrobrás mostra que o Congresso não abrirá mão tão facilmente do uso político das estatais e fará questão de cobrar do país um preço altíssimo por essa perda de poder
O relator no Senado também avançou (no mau sentido da palavra) sobre o texto vindo da Câmara ao tornar obrigatório o aproveitamento de funcionários demitidos da Eletrobrás nos primeiros 12 meses seguintes à privatização – este remanejamento era facultativo na versão aprovada pelos deputados, que na segunda votação mantiveram a obrigatoriedade. Quando se considera que uma das críticas feitas costumeiramente às estatais é o seu quadro inchado, o único resultado possível desta exigência é ampliar ainda mais a folha de outras empresas, aumentando seus custos – divididos com o contribuinte, no caso das estatais deficitárias – e reduzindo sua eficiência.
Não bastassem os problemas no conteúdo, o Congresso ainda inovou na forma: a exigência da contratação das termelétricas foi incluída no parágrafo 1.º do artigo 1.º do texto, ao lado da previsão da privatização propriamente dita, em um período gigantesco, de 652 palavras, sem um único ponto. A legislação diz que o presidente da República pode vetar leis, artigos, parágrafos ou incisos inteiros, mas não pode vetar apenas uma frase, mantendo intacto o resto. Consequentemente, mesmo que queira, Jair Bolsonaro não poderá vetar apenas os trechos referentes às termelétricas, pois teria de cortar todo o parágrafo, inviabilizando a privatização. Este truque de redação é forte indicador da índole que moveu os congressistas no momento de alterar o texto original vindo do Ministério da Economia.
As introduções feitas no Senado agravaram as piores estimativas do custo final da privatização, que passaram de R$ 41 bilhões, que seriam incorporados à conta de energia dos brasileiros ao longo de alguns anos, para R$ 84 bilhões – governo e congressistas, por outro lado, insistem que a privatização, mesmo com todos os “jabutis”, levará a uma redução que varia de 5,1% a 7,4% nas tarifas. A título de comparação, o valor que se espera levantar com a emissão de novas ações – o meio escolhido para a privatização, ao reduzir a participação da União na Eletrobrás para menos de 50% – é de R$ 60 bilhões; desse valor, apenas uma parte, estimada em cerca de R$ 30 bilhões, vai para a Conta de Desenvolvimento Energético, fundo destinado a baratear a conta de energia elétrica.
A desorganização causada no setor elétrico pela MP 579, assinada em 2012 por Dilma Rousseff, com fanfarra e promessas de energia mais barata, mostrou que qualquer custo adicional imposto à geração e transmissão inevitavelmente terminará na conta do consumidor final, ainda que demore. Pois é o mesmo que ocorrerá com os “jabutis” da Eletrobrás caso as previsões negativas se confirmem. E a esquerda oportunista e estatizante estará pronta para vender a narrativa que colocará a culpa dos reajustes na privatização em si, e não nos acréscimos feitos pelos congressistas. Não à toa mesmo defensores ferrenhos da redução do tamanho do Estado, como o ex-secretário Salim Mattar, mostraram seu desagrado, com deputados liberais chegando ao ponto de votar contra o texto repleto de “jabutis” na tentativa de recuperar a MP original enviada pelo governo.
Não há dúvida alguma: É PRECISO PRIVATIZAR, deixando que a iniciativa privada cuide de tudo aquilo que tem competência para gerir, e acabando com as indicações políticas que dão margem para todo tipo de negociata, desde a nomeação de apadrinhados em troca de apoio até a corrupção pura e simples. A Eletrobrás será privatizada? Sim, mas a tramitação da MP mostra que muitos parlamentares, por trás do discurso reformista, sabem muito bem o que está em jogo quando se trata de estatais, um paraíso que tantos partidos e políticos enxergam como propriedade particular, a ponto de verem como um “direito” seu a nomeação de presidentes, diretores e gerentes. O recado enviado nos últimos dias é o de que o Congresso não abrirá mão tão facilmente do uso político das estatais e fará questão de cobrar do país – sim, porque a conta não será paga por eles – um preço altíssimo por essa perda de poder.
CARLOS LANGONI
Dentre os melhores economistas brasileiros que conheci e/ou entrevistei ao longo dos anos em que atuei como condutor/apresentador de programas de rádio e televisão, um deles, sem a menor sombra de dúvida, foi o ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni (falecido no dia 13 deste mês). Langoni, além de sempre muito solícito, se mostrou um economista INTELIGENTE. Esta brilhante característica sempre esteve presente em todos os comentários e conteúdos que produziu ao longo de sua carreira, tanto pública quanto privada.
HOMENAGEM AO ECONOMISTA
Pois, para prestar a minha homenagem ao excelente economista Carlos Langoni, ainda que com uma semana de atraso, faço uso do ótimo artigo - LANGONI, A VERDADE DA DIREITA, do economista Samuel Pessoa, o qual está publicado no Jornal do Comércio de hoje. Pessoa faz uma importante referência a dois dos melhores trabalhos de Langoni em ECONOMIA APLICADA sobre o Brasil de todos os tempos:
1- sua tese de doutoramento defendida em Chicago e publicada no Brasil em 1974 -AS CAUSAS DO CRESCIMENTO ECONÔMICO DO BRASIL-, e
2- seu trabalho mais conhecido, um clássico, - DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E CRESCIMENTO ECONÔMICO DO BRASIL, cuja primeira edição é de 1973.
TAXA DE RETORNO DE INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO
Carlos Langoni, como bem diz Samuel Pessoa, mostrou no seu extenso estudo, que a TAXA DE RETORNO DE INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO, na ordem de 28% ao ano, era superior ao INVESTIMENTO EM CAPITAL FÍSICO, de 16% ao ano. Mais: o RETORNO era ainda maior se o foco da POLÍTICA EDUCACIONAL fosse o PRIMEIRO CICLO DO FUNDAMENTAL, o antigo PRIMÁRIO, cuja TAXA DE RETORNO ERA DE 32% em 1960. O crescimento aumentaria se priorizassem a EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL.
CAUSAS
Pessoa vai mais adiante: - No trabalho sobre as CAUSAS da piora da DISTRIBUIÇÃO DE RENDA entre 1960 e 1970, Langoni mostrou que havia forte correlação entre o aumento da desigualdade no período e o aumento do retorno da educação. Se empregarmos como medida de desigualdade a variança da renda, 35% da piora da desigualdade observada na década de 1960 foi fruto da ELEVAÇÃO DA DESIGUALDADE EDUCACIONAL; e 23% de alterações da renda associadas aos diversos níveis educacionais.
BASE DE DADOS
Langoni, conclui Samuel Pessoa, empregou a melhor BASE DE DADOS E A MELHOR ESTATÍSTICA DISPONÍVEL à época. Como escreveu Delfim Netto no prefácio, a PESQUISA DO PROFESSOR LANGONI ESTÁ AQUI PARA SER SUPERADA.
Assino embaixo!
O NÚMERO E O ANO DO PROJETO
Pouca gente, muito menos a maioria dos meios de comunicação -devotos implacáveis do socialismo-, se dá conta de que, praticamente todos os bons e importantes projetos que o atual governo encaminha ao Legislativo, quando apreciados só resultam aprovados após sofrerem fortes mutilações, a ponto de desfigurar brutalmente as propostas originais. A propósito, o único item que permite a identificação com a proposta original é o NÚMERO E O ANO DO PROJETO. Ou seja, o conteúdo aprovado, além de outro, bem diferente, suprime as melhores e efetivas reais vantagens propostas.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Vide, por exemplo, o projeto de REFORMA DA PREVIDÊNCIA, que entrou no ambiente do Legislativo com uma roupagem que cobria o corpo todo e de lá saiu apresentando coloração, tamanho e modelo totalmente diferentes, cheio de franjas, demasiadamente curta e, principalmente, deixando boa parte do corpo sem uma necessária cobertura para enfrentar o recorrente clima tenebroso do DÉFICIT PREVIDENCIÁRIO.
MP DA ELETROBRÁS
Para confirmar esta LÓGICA, o LEGISLATIVO FEDERAL -aprovou- a MP 1.031/2021, que abre caminho para a necessária PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRÁS, impondo CUSTOS ADICIONAIS que dificultam e muito o que o governo queria, ou seja, garantir uma REDUÇÃO FUTURA DO PREÇO DA ENERGIA aos consumidores. Vejam que além do GOLDEN SHARE, inúmeros deputados e senadores exigem que os novos INVESTIDORES se comprometam a construir Termoelétricas. Ora, todos estes custos, obviamente, serão repassados para as tarifas de energia consumida.
CEGUEIRA
Esta CEGUEIRA que domina a mente dos SOCIALISTAS, é genética. Impedidos de perceber a clara relação CAUSA/EFEITO, entendem que tudo deve ser controlado pelo ESTADO. E, como tal, pouco importa se as operações são sustentáveis. O que realmente importa não é a qualidade do serviço prestado, mas o bem-estar dos funcionários das estatais. Os INVESTIDORES PRIVADOS, ao invés de serem vistos como muito mais EFICIENTES, são vistos como demônios.
PSEUDO-PROPOSTAS
O fato é que a MÍDIA ABUTRE considera todas as pseudo-propostas, que diferem bastante das originais, como OBRAS DO GOVERNO. Ora, como as medidas que resultam aprovadas não possibilitam a entrega daquilo que estava contido no projeto original, os consumidores são levados a acreditar que o governo mentiu. Ou seja, foi o responsável por ter adotado medidas ruins e prejudiciais.
ESPAÇO PENSAR +
Leia no ESPAÇO PENSAR + : PAULO FREIRE E A RUÍNA DA EDUCAÇÃO, por Percival Puggina. Acesse o link: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar
RELATÓRIO DO BIRD
O BIRD - International Bank for Reconstruction and Development/The World Bank - acaba de publicar o sempre muito esperado relatório -DOING BUSINESS SUBANCIONAL BRASIL 2021-, o qual, antes de tudo, deveria ser lido e relido, com extrema atenção, por aqueles que se dedicam aos mais diversos tipos de empreendimentos, independente do setor ou forma de atuação -formal/informal. Da mesma forma, aí com atenção redobrada, por aqueles que ocupam o Setor Público, desde vereadores, deputados estaduais e federais e senadores, ministério público, tribunal de contas e judiciário em geral.
RELATÓRIO NA ÍNTEGRA
Como o relatório é bastante extenso, o que impede uma análise mais profunda e criteriosa do conteúdo neste espaço editorial, aí está, na íntegra, o estudo produzido e divulgado pelo BIRD: (https://portugues.doingbusiness.org/brazil). Mesmo assim, para despertar algum interesse pela leitura, que COMPARA O AMBIENTE DE NEGÓCIOS PARA EMPRESAS NACIONAIS COM O DE OUTRAS 190 ECONOMIAS MUNDO AFORA, separei alguns pontos que julgo interessante.
AMBIENTE DE NEGÓCIOS
O -DOING BUSINESS SUBANCIONAL BRASIL 2021- analisa os regulamentos do ambiente de negócios e sua aplicação em cinco áreas do Doing Business. O relatório, que contém dados atualizados até o dia 1º de setembro de 2020 e inclui comparações com outras economias, também inclui dois estudos-piloto sobre o registro de um Microempreendedor Individual (MEI) e o pagamento de impostos no regime do Simples Nacional, medidos em cinco localidades no Brasil. Mais: mede aspectos da regulamentação que permitem ou impedem os empreendedores de abrir, operar ou expandir uma empresa e traz exemplos de boas práticas que podem melhorar o ambiente de negócios e, atenção, fornece dados acionáveis para guiar responsáveis por políticas públicas.
CINCO ÁREAS
O DOING BUSINESS SUBANCIONAL BRASIL 2021 apresenta uma análise comparativa do ambiente de negócios em 27 localidades do Brasil, em CINCO ÁREAS: como ABERTURA DE EMPRESAS, OBTENÇÃO DE ALVARÁS DE CONSTRUÇÃO, REGISTRO DE PROPRIEDADES, PAGAMENTO DE IMPOSTOS E EXECUÇÃO DE CONTRATOS. Também inclui dois estudos-piloto sobre o registro de um Microempreendedor Individual (MEI) e o pagamento de impostos através do Simples Nacional em cinco localidades.
Há exemplos de boas práticas em diferentes estados, de todos os níveis de renda, regiões e tamanhos. O desempenho global nas cinco áreas medidas indica que é mais fácil fazer negócios em SÃO PAULO, MINAS GERAIS E RORAIMA. Nenhuma localidade é classificada em primeiro lugar nas cinco áreas medidas; há oportunidades para a troca de experiências visando melhorias no ambiente de negócios em todas as localidades. A pontuação do Brasil relativa à facilidade de se fazer negócios seria significativamente mais alta se as boas práticas que existem em algumas localidades fossem adotadas em todas as cidades e estados, principalmente nas áreas da execução de contratos e da obtenção de alvarás de construção. Ações visando temas comuns aos diversos indicadores — como o fortalecimento da coordenação entre as agências federais, estaduais e municipais — poderiam melhorar as perspectivas de que reformas gerem resultados.
CUSTO BRASIL
O CUSTO BRASIL, que define o grau de complexibilidade enfrentada para cumprir a regulamentação, como os obstáculos à formalização, processos complexos e custos operacionais decorrentes de se fazer negócios, que torna os bens e serviços brasileiros mais onerosos que os de muitos outros países, ainda que de forma lenta, vem melhorando em termos de redução da burocracia. Mesmo assim, um estudo feito pelo Governo Federal em 2019 estimou que fazer negócios custa às empresas R$1,5 trilhões (ou 22% do PIB) a mais no Brasil do que nas economias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O ÓTIMO PAPEL DO ATUAL GOVERNO
A propósito, para concluir, o que mais chama a atenção é que usando os dados do Doing Business para o Rio de Janeiro e São Paulo como referência para o ambiente regulatório, a meta do ATUAL GOVERNO é estar entre as 50 primeiras economias no que tange à facilidade de se fazer negócios no final de 2022. A disseminação das boas práticas identificadas em certas localidades através do ambiente de negócios brasileiro poderia ser um primeiro passo em direção a essa meta. Como se vê, os governos anteriores não deram a mínima pelota para o CUSTO BRASIL. E, os empresários, representados principalmente pela CNI, não fizeram outra coisa senão chorar, chorar e chorar...
BLOCO DOS DERROTADOS
Ainda que as Eleições 2022 só vão acontecer daqui a um ano e meio (02/10/2022), no caso específico da ELEIÇÃO PRESIDENCIAL a campanha começou, mais precisamente, lá no dia 29 de outubro de 2018, no exato momento em que o TSE anunciou a vitória de Jair Bolsonaro, no segundo turno das Eleições 2018. De lá para cá, com total clareza, o que realmente aconteceu foi a formação de um poderoso BLOCO DE DERROTADOS, com apoio irrestrito da MÍDIA ABUTRE, cujos integrantes têm, como COMPROMISSO MAIOR, independente de ideologia: 1- inviabilizar ao máximo as ações do governo; e, 2- fazer de tudo para impedir que Bolsonaro, caso consiga se candidatar, resulte vitorioso na ELEIÇÃO DE 2022.
FORÇAS DE ESQUERDA
O que é nítido sob todos os ângulos e aspectos é que o BLOCO DOS DERROTADOS não é formado por ingênuos. Muito menos por gente honesta. Além disso, também mais do que sabido, representam as FORÇAS DE ESQUERDA, que reúnem todos os tipos de socialistas. Aí pouco importa quem são os mais radicais, como PSOL, PCdoB, PCB, PT, REDE, PDT, PSB (não por acaso a maioria integra a Organização Comunista -FORO DE SÃO PAULO-), ou os mais moderados, como PSDB entre outros. Junte-se aí o STF, os SINDICATOS, as CORPORAÇÕES DE SERVIDORES PÚBLICOS, os AMBIENTALISTAS, etc...
INFILTRADOS
Como já estão fortemente infiltrados em todos os tecidos da sociedade, usam de suas expertises para influenciar os menos avisados e com isso acabam convencendo que tudo de ruim que acontece no nosso imenso Brasil é por culpa ou determinação do atual governo. Mais: usam de suas -habilidades políticas e midiáticas- para mutilar e desfigurar ao máximo, no ambiente do Legislativo, os bons projetos enviados pelo Executivo.
ESTRATÉGIA
Esta estratégia, pelo que observo através das redes sociais e de conversas privadas que mantenho com vários grupos, têm levado muita gente a antipatizar com o presidente Jair Bolsonaro a ponto de acreditarem e/ou manifestarem que este governo peca por FALTA DE PROJETO. Este sentimento é a prova de que a estratégia adotada pelo BLOCO DOS DERROTADOS está produzindo os resultados desejados junto à sociedade. Ou seja, o EXÉRCITO DA ESQUERDA mostra que está cheio de munição e pronto para lidar com gente insegura.
MOTIVOS PARA A ESPERANÇA
Dentro deste ambiente complicado, onde a ESPERANÇA é, em síntese, a última que morre, o que produz algum ânimo e crença de que o modelo adotado pelo atual governo, notadamente no que diz respeito às questões voltadas para a nossa ECONOMIA, deem a importante e necessária continuidade, felizmente um bom número de comunicadores está fazendo um excelente papel em termos de um melhor esclarecimento à opinião pública. É o caso, por exemplo, 1- dos pensadores que integram o Pensar+, como Paulo Moura, Roberto Rachewsky, Percival Puggina, Fernanda Barth, Mateus Bandeira, entre outros; 2- dos membros do Clube de Opinião do RS, como Júlio Ribeiro, Guilherme Baumhardt, Milton Cardoso, Rogério Mendelsky, Gustavo Vitorino, Polibio Braga e de outros valorosos jornalistas associados; 3- dos jornalistas J.R. Guzzo, Alexandre Garcia, Guilherme Fiuzza, Augusto Nunes, Caio Coppola, Rodrigo Constantino, Leandro Ruschel, entre tantos outros também valorosos, que têm como compromisso apenas a VERDADE.
ESPAÇO PENSAR +
Leia no ESPAÇO PENSAR+ : O GRANDE INQUISIDOR DO SENADO, por Percival Puggina. Para ler acesse: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar
MERCADO FINANCEIRO
Nas últimas cinco décadas, mais do que sabido, o PIB brasileiro, na média, apresentou um crescimento sempre muito baixo. Este comportamento recorrentemente pífio fez com que o MERCADO FINANCEIRO mandasse no pedaço. Vejam, por exemplo, que as sobras dos recursos empresariais e pessoais eram imediatamente destinadas para a aquisição de títulos de crédito, cuja remuneração, para garantir ganho REAL, precisava ser apenas superior à TAXA DE INFLAÇÃO. Como se percebe, os brasileiros em geral usavam o mercado financeiro como instrumento de DEFESA, ou PROTEÇÃO, contra a INFLAÇÃO.
MERCADO DE CAPITAIS
Pois, a partir de 2019, quando o atual governo foi eleito, o MERCADO FINANCEIRO, face a uma substituição do modelo estabelecido no Programa de Governo, foi colocado em prática a queda sistemática das taxas de juros. Tal providência abriu um grande espaço para o crescimento e desenvolvimento do MERCADO DE CAPITAIS, onde boa parte da poupança foi desviada para INVESTIMENTOS. Isto se deu tanto pela compra de ações de empresas negociadas em bolsas quanto por aplicações em investimentos em novos negócios ou expansão dos já existentes.
CRESCIMENTO FANTÁSTICO
A evolução do MERCADO DE CAPITAIS, que começou pra valer em 2019, registra um avanço por demais relevante nestes primeiros meses de 2021. Vejam, por exemplo, o que diz a Exame-IN de hoje: em maio, as captações somaram R$ 55 bilhões – crescimento de 31,9% ante abril –, o que elevou o resultado do ano a R$ 198 bilhões, ou seja, 54,1% superior a igual período de 2020. A cifra com nove dígitos não deixa dúvidas de que o mercado ocupa hoje boa parte do espaço que, até o passado recente, era exclusivo do BNDES.
AINDA É PEQUENA
Mais: segundo José Eduardo Laloni, atual vice-presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), a criação e diversificação de gestoras contribuiu para uma mudança também do perfil dos investidores. “Quando as operações eram dominadas basicamente por grandes bancos, não havia tanta diversificação de oferta de instrumentos para investir. E tampouco existia um leque ampliado de investidores. As plataformas digitais democratizaram os investimentos e agregaram mais investidores. O mercado cresceu, mas deve crescer ainda mais porque, apesar de o número de CPFs na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) ter se MULTIPLICADO POR CINCO, a Bolsa ainda não é condizente com o PIB brasileiro. AINDA É PEQUENA, pondera o executivo".
AGENDA DE PRIVATIZAÇÕES
Laloni chama atenção para o fato de a economia brasileira estar em recuperação no pós-pandemia, mas ainda não estar em recuperação plena. Para o investidor, isso faz diferença. “Temos mercado a ser desenvolvido com a agenda de privatizações e concessões. Novos emissores chegarão ao mercado e também novos investidores e essa perspectiva nos deixa otimistas. Hoje, o aplicador, sobretudo o jovem, sabe distinguir IPCA e margem de ganho e esse aprendizado veio para ficar.” Na prática, o investidor deixou de ser refém do antigo ‘overnight’ – uma versão bem antiga da taxa Selic.
IPOs E FUNDOS
Laloni vai mais adiante: - A diversificação de fundos, como imobiliário e de crédito para além da própria Bolsa, também contribui para maior equilíbrio dos mercados não apenas como fonte de remuneração para o investidor, mas também como fonte de financiamento de atividades setoriais. “O mês de maio é um bom exemplo. Depois de um abril sem ofertas primárias de ações (IPOs), maio registrou captação significativa. Se diminuiu a oferta de crédito, aumentou a de debêntures. Isso também significa menor concentração em empresas emissoras, o que é positivo. De novo, hoje o mercado é mais democrático”, acrescenta Laloni.
No mercado acionário, após abril sem registro de IPO, em maio as operações alcançaram R$ 10,3 bilhões, sendo que metade desse volume foi obtido com ofertas públicas iniciais. Com a divulgação de indícios de retomada da economia e o avanço da vacinação é possível que a tendência de que as emissões primárias se mantenham. Há cerca de R$ 8,4 bilhões de ofertas em andamento.
No caso das subscrições das ofertas de ações, mais da metade são fundos de investimentos, seguidos pelos investidores estrangeiros, com pouco mais de 35% de participação.
ESPAÇO PENSAR +
No ESPAÇO PENSAR + de hoje: A CABEÇA DO DRAGÃO, por Gustavo Miotti. Para ler acesse: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar