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15 mar 2005

O REAL VOLTOU A SE DESVALORIZAR


SEM TRADIÇÃO

Nos últimos dias a principal notícia econômica, no Brasil, tem sido a recuperação do dólar. Fantástico, não? Pois é. Antes se dizia que era o real que se desvalorizava e perdia valor frente ao dólar. Agora é o dólar que se recupera. Ridículo. E, tão logo as cotações se modificaram, alguns jornais já informaram que o trigo ficou mais caro e que o preço do pão deverá ser reajustado. Triste país que não tem qualquer tradição com o comércio internacional.

O PROBLEMA

Pensando bem é preciso entender que somos um país que exporta muito pouco e importamos quase nada. Vejam, o Brasil conseguiu a ainda tímida proeza de exportar US$ 100 bi nos últimos 12 meses. Não gosto de ser um estraga prazer, mas convenhamos, é muito pouco se comparado com a China (U$ 500 bi) e a Coréia do Sul (U$ 400 bi). E as importações nestes mesmos países também estão quase no mesmo nível. O nosso problema está longe, mas muito longe de ser cambial. O real problema, como se vê é pouca exportação e quase nenhuma importação.

SEM PROJEÇÕES

Diante dessa realidade, não faço projeções para uma cotação do dólar/real para prazo algum. E desconfio muito de quem faz. O ponto de venda ou de compra das moedas, com pagamento em real, é algo tão sensível e subjetivo que combinado com as sempre possíveis declarações sobre questões políticas ou econômicas mais influentes, acaba jogando por terra qualquer projeção ou estudo econométrico.

RESISTÊNCIA

E uma das razões para viver sempre desconfiado e estar sujeito a muita volatilidade é o tamanho do nosso risco Brasil. Por mais que possamos, e até devemos, festejar a queda observada nos últimos meses, o fato é que estamos resistindo em torno de 400 pb (pontos base). Ou seja, estamos com o dobro do índice apresentado pelo México e cinco vezes maior do que o do Chile. Resumo: como pertencemos a um país ainda muito arriscado estamos sempre sujeitos a mudanças de humores minuto a minuto.

DIFICULDADES

E esta resistência numérica, oscilando em mais 10% para mais ou 10% para menos na pontuação, representa a dificuldade que temos em fazer as reformas microeconômicas. E quando conseguimos alterar alguma coisa é sempre muito tímida. Devido a estas dificuldades para acertar o passo, ficamos girando em torno do círculo vicioso de juros elevados, impostos insustentáveis e inúmeras contribuições fantasmagóricas.

DÊ-LHE SEVERINO!

O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, conseguiu uma grande proeza e mostrar que até tem alguma utilidade: resolveu dizer que vai barrar a MP 232. Creio que ele nem sabe mesmo as razões para tanto. Mas, felizmente, e por instinto, tomou esta decisão. Dê-lhe Severino!

PREFERÊNCIAS CLARAS

O PT nunca escondeu suas preferências, que por sinal vêm sendo mostradas diariamente nas devoções dedicadas a Cuba e a Venezuela, através de seus dignos representantes Fidel e Hugo Chávez. A revista Veja, assim como esta web-letter e outras mais, felizmente resolveu abrir as baterias mostrando o caminho perigoso que estamos trilhando. Se queremos o inferno muito que bem. Pelo menos não podemos nos surpreender em algum momento.

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14 mar 2005

O GRANDE INSTRUMENTO DA MODERNIDADE


PANELA DE PRESSÃO

Só no Brasil e em Cuba virou notícia a decisão ridícula e infantil de Fidel Castro em facilitar e subsidiar a compra de panelas de pressão ao rico povo cubano. Antes mesmo de pretender que todos os lares disponham do magnífico e moderno instrumento de cozinha, cujos moradores ainda desconhecem o que vão cozinhar nele, a firme e clara vontade de Fidel é só uma: acabar com as empresas que hoje vendem as panelas.

VIVA O REGIME!

Simplesmente porque Fidel e seu grupo tem ódio de empresa que não seja estatal. E mais: daqui para frente, qualquer iniciativa privada que por algum tempo conseguiu a duras penas ser testada durante o fantástico regime ultrademocrático da Ilha está suspenso. Segundo o Dr. Castro, isto é coisa do diabo e não pode mais ser realizada. É tudo estatal e pronto. Assim, nada mais resta do que fazer um - Viva! - ao regime cubano. Portanto, vamos lá: Viva! Maravilha, gente.

FICHA UM

Quando foi sancionada a nova Lei de Falências, o ponto que ganhou maior notoriedade mesmo foi a possibilidade de inclusão das companhias aéreas dentre as empresas que podem utilizar o novo instrumento legal. A ficha UM para a estréia das empresas que estavam esperando a aprovação do diploma, como já é por demais conhecido, estava com assento de reserva marcada para a Varig. Prontinha e esperando a aprovação, a empresa dava a impressão e a certeza de que seria mesmo a estreante.

INTERVENÇÃO

E se motivos não já faltavam, continuam não faltando. A eventual luta pela recuperação da empresa, prevista em Lei, esta sim é que está cada vez mais longe de acontecer. É quase impossível. E o que não se entende é que os deputados e senadores ainda insistem numa intervenção. Como? Porque? Intervenção é o que não está prevista na nova Lei de Falências. Isto é um absurdo. A própria Fundação Rubem Berta, pelas atitudes demonstradas quer a falência, não a intromissão governamental. Sai dessa.

PENEIRA ARROMBADA

Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Primeiro porque a peneira da VIOLÊNCIA já está com furos enormes que mais parecem mil peneiras. Fazer perguntas às autoridades é uma legítima perda de tempo, onde ainda se ouve coisas do tipo: está tudo sob controle. Se a resposta é uma lógica, a pergunta só serve para se obter tal resposta que tem como objetivo evitar o pânico. Ninguém, porém, ignora que a coisa está pretíssima.

PRODUTIVIDADE NO CRIME

Com a estúpida lei do desamamento, conforme já foi comentado, os bandidos já iniciados na carreira do crime ganharam muito mais produtividade. E os ainda iniciantes se sentiram confiantes para ingressar na nova e lucrativa atividade. Pelo que se tem notícia, a verdade é que todos estão tendo muito sucesso. E a imprensa, com a estúpida repetição de que - ninguém deve reagir ? aumenta a certeza do êxito em qualquer tentativa de assalto. Um erro imperdoável, pois o correto é ensinar como proceder para reagir e não se entregar facilmente aos bandidos.

BARCO À DERIVA

Agora vejam o que acontece, por exemplo, para quem navega nos nossos rios. Aí é uma verdadeira barbada. Qualquer assalto é gol. Sem ter como se defender, uma vez que não é possível portar armas, não há insucesso na operação crime. No mínimo, se não houver morte, o barco já está perdido. E ainda tem gente que acredita que vamos desarmar os malfeitores. Santa burrice.

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11 mar 2005

A CARGA E O TAMANHO DA TRIBUTAÇÃO


A SENTENÇA DE PALOCCI

Depois da divulgação, ontem, de que foi de 35,45% o percentual de arrecadação de impostos, em relação ao PIB em 2004, o ministro Palocci sentenciou: o limite deste governo é não chegar a 35,53%, ou seja, o percentual atingido pelo governo anterior. Felizmente, como se vê, já temos um limite, pelo que deixou claro o super ministro.

O ENGANO

Creio que os leitores já devem ter percebido que não falei em tamanho da carga tributária, mas em percentual arrecadado sobre o PIB. Este é o conceito verdadeiro e correto de arrecadação de tributos no Brasil. Não é carga, como a imprensa de massa faz questão de divulgar. Aí o grande equívoco, pois falar em carga, quando a informalidade e a sonegação atingem níveis impressionantes, nos leva a este profundo engano.

PESO DA SONEGAÇÃO

Carga é o quanto de imposto atinge a produção, o consumo, o serviço, a renda e a propriedade, com transparência. Como não são todos os que pagam impostos, por várias razões, temos um valor arrecadado tão somente. A carga tributária, gente, é muito, mas muito maior, a considerar o percentual de inadimplência e sonegação existente. Se todos fossem atingidos a carga, aí sim, mostraria que já é superior a 60%

ABRINDO O CAMINHO

Os quatro governadores do Conselho de Desenvolvimento Integração Sul -CODESUL- decidiram, ontem, 10, em reunião no Palácio do Iguaçu, em Curitiba, ajuizar ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a União para reivindicar a reposição das perdas decorrentes da desoneração dasexportações. Segundo o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, as procuradorias gerais dos estados já estão preparando os processos.

JUSTIÇA

Da mesma maneira com que os governadores entendem que estão sendo injustiçados, os empresários também precisam se mexer. Devem tratar imediatamente de entrar na justiça para se defender. O que vale para um, vale para todos. Os governadores, pelo visto, mostraram o caminho.

CALOTE?

Se o governo pretende recolher 500 mil armas pagando em média R$ 150,00, por unidade, teremos um valor total de aproximadamente R$ 75.000.000,00. Mas se só há no Caixa do Governo R$ 30.000.000,00, como pagar essa conta? A observação foi feita pelo especialista em segurança pública, prof. Bene Barbosa, que também é presidente da ONG Movimento Viva Brasil, completando: -Ou o governo está ruim de matemática ou dará um calote geral em quem entregar sua arma.- Com tudo isso e mais um pouco, sugiro: não entregue coisa alguma para governos. É fria.

CEBIT

A Cebit abriu ontem suas portas em Hannover, Alemanha, apresentando crescimento no número de expositores. Um destaque foi a premiação de produtos brasileiros com o iF (Industrie Forum) Design Award. O designer Fernando Prado ganhou o troféu iF Award Gold - considerado o ?Oscar? do design internacional - na categoria iluminação. A maior feira de informática do mundo firma-se, assim, na liderança entre os eventos internacionais de tecnologia da informação e telecomunicações. Este ano, são 6.270 expositores, dos quais 3.292 vêm do exterior, o que significa um recorde na quantidade de participantes estrangeiros. O Brasil está participando da Cebit 2005 com 14 empresas. É muito pouco, gente.

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10 mar 2005

PROCURANDO O BURACO


JEITINHO PERIGOSO

De nada adianta ficar fazendo acordos, decidir formas de pagamento das dívidas dos Estados e municípios, se alguns espertos sequer esperam a tinta da caneta secar para pensar como fugir da responsabilidade, do acordo firmado. Este estúpido e já famoso jeitinho brasileiro, que, lamentavelmente, poucas vezes é usado pelo lado bom e ético, tem sido um dos grandes responsáveis pela nossa baixa credibilidade.

EXEMPLOS LAMENTÁVEIS

Vejam tal exemplo destes expedientes nas propostas populistas e perigosas promovidas, tanto pelo prefeito de São Paulo, José Serra, quanto pelo deputado Ônix Lorenzoni. Ambas bastante decepcionantes. O primeiro tenta influenciar os prefeitos das capitais a contornar a LRF. O segundo quer que o Estado do RS, seja declarado como de situação de emergência e peça, assim, uma moratória da dívida do RS para com a União por seis meses.

BRINCADEIRA?

Até parece brincadeira, não é mesmo? Mas não poderia nem deveria, pois brincar com coisa séria só demonstra mais irresponsabilidade e grande chance para o desastre. Até parece que com medidas tão estranhas nós vamos nos livrar das dívidas pesadas que por jeitinhos foram aumentando drasticamente e sendo contabilizadas ao longo de séculos.

REDUÇÃO DOS JUROS?

E depois, são os mesmos que movimentam a opinião pública para a redução das taxas de juros. Como? A cada forma de contorno proposta e criada, como a dívida não desaparece, novos títulos precisam sempre ser emitidos para poder saldar aquilo que os devedores irresponsáveis vivem tentando se esquivar.

UMA TAL DE REFORMA

A votação de uma tal de reforma tributária, por acordo de parlamentares e governo, foi adiada para o dia 29 de março próximo. O projeto, caso aprovado, até que é um avanço se comparado com a forma atualmente praticada. Mas é um desastre se comparado com a necessária excelência tributária.

ALTA TECNOLOGIA

Com a alta tecnologia hoje disponível, o que poderia contribuir decisivamente para estabelecer um sistema ideal e insonegável de impostos, esta que está sendo proposta fica muito longe de ser considerada uma reforma. A experiência feita, por exemplo com a CPMF, apesar de ser um imposto desastroso, vale para mostrar como todos podem e são atingidos. E a eficiência da forma é atribuída exclusivamente à tecnologia da informação.

PORCARIA TRIBUTÁRIA

Em resumo, como não temos maturidade, vontade e interesse, comprovados, em fazer aquilo que é necessário e certo, muita gente vai encerrar o assunto e dizer aos quatro cantos do mundo de que finalmente tivemos uma reforma. Gente, não é nada disso: vamos continuar, isto sim, vivendo com uma fedorenta porcaria tributária.

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09 mar 2005

O DILEMA E OS REPROVADOS


SURPRESA

Todas as reformas ministeriais, em princípio, têm como objetivo tentar melhorar a governabilidade de um país. Isto implica, naturalmente, no oferecimento de cargos a políticos dos partidos aliados ao governo. Mesmo assim, alguns ocupantes dos cargos se revelam como boas surpresas e outros como verdadeiros desastres como administradores.

O DILEMA

Este tem sido, suponho, o grande dilema de Lula para a escolha de nomes que deverão substituir os ministros mais incompetentes. E a maior parte daqueles que precisam ser trocados com urgência, pertencem exatamente ao PT. Isto, certamente, tem sido uma tortura para Lula. Os que foram reprovados receberam notas muito baixas, o que tira qualquer chance de alguma tolerância. Salva-se, entretanto, neste vendaval de maus ministros, e para alegria do presidente, o ministro Palocci, revelado até agora como a grande surpresa jamais imaginada. A sua nota é dez. Com louvor.

INCOMPETÊNCIA DOBRADA

Porém, se competência fosse fundamental para ser ministro no Brasil, é óbvio que Olívio Dutra nunca poderia ter se aproximado da cadeira que ocupa. Vale o mesmo para Miguel Rosseto, que só consegue sorrir mesmo quando é fotografado ou filmado junto ao seu dileto amigo e principal assessor, João Pedro Stédile, do MST. Aí ele é só alegria. Ambos, como todos sabem, já haviam sido testados no RS e nunca poderiam surpreender depois do que fizeram com os gaúchos.

O ÓDIO DO PMDB

Outro, entre tantos, que já mostrava ser incompetente mas fez questão de dar maior transparência a sua enorme incapacidade é Amir Lando, do PMDB. É uma prova concreta de que o PMDB detesta Lula e odeia estar no governo. Se tivesse algum interesse, jamais poderia indicar Lando para ministro. Foi um deboche, uma traição a Lula. O desastre foi bem maior do que se tivesse deixado o ministério da Previdência acéfalo.

A DS E O PT

Nesta espera interminável, pelo que as conversas estão revelando, o PT está se defendendo dizendo que estar no PT é uma coisa e fazer parte da DS (Democracia Socialista) é outra bem diferente. Afirmam os mais chegados ao governo que a DS nada tem a ver com o PT. Viram só? Isto explica, em parte, que há alguma diferença entre o PT nacional e o PT do RS. Aqui é só DS. Enrustidos ou não. Afinal, o que Lula vai fazer com os seus amigos, já que não querem e não tem competência para ajudá-lo?

CPI DAS ARMAS

Está pronta para sair a CPI das Armas. Se for bem conduzida poderá esclarecer quem está por trás desta vontade lamentável de desarmar os pacíficos e aumentar o poder de violência dos bandidos. A Rede Globo, se houver vontade política e coragem, precisará explicar o porquê de tanta proteção a ONG Viva Rio. Se alguém ainda tinha dúvidas sobre as vantagens do desarmamento deve mudar de opinião. É certo que todos querem paz, mas do jeito que promoveram a estupidez só conseguiram aumentar a guerra. E colaboraram decisivamente para serem os derrotados.

SEVERINO AUTÊNTICO

O papel desempenhado por Severino Cavalcanti, ontem, no plenário da Câmara é autêntico. Todos sabiam que só poderia se esperar tal comportamento. Ele é o que mostra diariamente ao longo do tempo que está na vida pública. Mesmo assim, preferiram colocá-lo no cargo de presidente da CF. Bem feito? Não, mal feito. Afinal, nós é que estamos sendo representados. Pela escolha dos incompetentes. É dose.

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08 mar 2005

UM DIA PARA DEIXAR DE EXISTIR


DIA DA MULHER

A cada ano mais se festeja o Dia Internacional da Mulher. Gostaria de cumprimentar às mulheres pelo transcurso, mas prefiro fazê-lo todos os dias sem a necessidade de lembrança da existência de um dia específico. Afinal, quando se elege uma data significa que alguma discriminação exista, coisa que há muito deixou de ser uma realidade no nosso país. Isto, como se sabe, está mais para países islâmicos, principalmente, onde as mulheres ainda são consideradas instrumentos de procriação.

PARADOXO

Pelo grau de instrução das nossas mulheres, creio que as mais inteligentes deveriam começar a fazer um movimento sério para acabar com a data e buscar a igualdade naquilo que ainda não está sendo praticado. Por exemplo: na idade da aposentadoria. Partindo da verdadeira lógica, onde a matemática pura aponta, as mulheres vivem muito mais do que os homens. E, paradoxalmente, são elas que se aposentam com menos idade. E isto, penso, já é hora de acabar.

DIA DA CONSCIÊNCIA DA MULHER

As mulheres, muito sabedoras e bastante cientes do problema, querendo se aproximar ao máximo de igualdade com os homens, naquilo em que pode haver igualdade, tem uma grande saída: basta que renunciem ao privilégio. Se assim o fizerem justificarão, então, não um só Dia da Mulher por ano, mas o dia em que elas finalmente passaram a ter consciência daquilo que faz a tal diferença. Ou melhor, que deixe de existir uma grande diferença. Será o Dia da Consciência da Mulher.

CONTRATOS

Contratos são feitos por duas formas: oral ou escrita. O que é dito e escrito deve ser cumprido. Isto é contrato, um compromisso. Ao ser eleito para o governo do RS, Rigotto recebeu muitos votos decisivos por afirmar que não aumentaria impostos. Não cumpriu o contrato oral. Faltou com a palavra. É ruim. Péssimo. Como se não bastasse, quer agora descumprir um contrato escrito, assinado e referendado pela Assembléia Legislativa: quer impedir a instalação de praças de pedágio já definidas, acertadas, e assinadas.

CONTRATO ESCRITO

Estamos mal. O governo já não cumpriu com um contrato oral, pretende também não cumprir um contrato escrito. Só que, a exemplo do governo anterior, acabará sendo obrigado pela justiça a honrar o escrito. O que vai custar bem mais caro para os contribuintes, pois será acrescido de multa e outras penalidades. Além, é claro de ficar com a pecha de não cumpridor do que promete e escreve.

SINA DO ATRASO

Tais comportamentos objetivam afastar cada vez mais novos investidores do RS. Um pavor. Porquê, gente, temos esta sina de querer ficar no atraso e viver constantemente com a elevação do risco? Quando, afinal, os governos tomarão providências para estancar os erros que cometem e seus custos absurdos? Quando deixarão de impedir que as coisas certas aconteçam ao invés de permitir que os equívocos permaneçam? Quando, afinal?

FORA IPVA!

Os pedágios, gente, com toda a certeza, representam algo de bom para as nossas estradas, enquanto que o IPVA representa o câncer, tudo de ruim. E o governo quer acabar exatamente com o pedágio quando deveria acabar com o imposto. Aí é que a palavra do governo deveria existir. Onde, infelizmente deixa de acontecer. E a opinião pública, simplesmente, por falta de discernimento, pouco leva isto em consideração. Fora IPVA.

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