Por Roberto Rachewsky
Ser marxista convicto significa exatamente isso, optar pelo erro e não abandoná-lo nunca. É uma religião obscurantista e, como toda religião, é racionalista, mística, dogmática e falsa.
O erro dos marxistas já começa com um problema grave: a amoralidade. Não sabem o que significa certo ou errado porque lhes falta um padrão moral tangível, definido a partir da realidade e da lógica.
Pragmáticos não têm princípios, querem saber apenas dos fins que acabam justificando os meios. Marxistas não têm princípios, não têm fins e usam quaisquer meios para alcançar... nada.
Quem não tem princípios, não se contradiz. Está sempre bem com ele mesmo, independente do estrago que possa causar para si e para os outros.
Marxistas são deterministas, creem estarem imbuídos de um papel que lhes foi dado como agentes da justiça sob uma visão classista. São materialistas, querem o que não fizeram nada para criá-lo ou adquiri-lo virtuosamente.
O mais calmo dos marxistas é o que melhor dissimula sua psicopatia. Todo marxista que troca a força por argumentos não passa de um medroso covarde.
Vejam aquele pobre-coitado que achou uma boa ideia boicotar empresas de judeus. Estúpido como os que erram e repetem seus erros, não titubeou, proclamou o mantra que moveu o austríaco do bigodinho esquisito a criar o nacional socialismo que conseguiu entregar ao mundo nada, a não ser ódio, guerra, miséria e morte.
Se é para boicotar judeus, por que o terrorista do Araguaia não começa boicotando o próprio marxismo, seja ele leninista ou trotskista? Afinal, Marx, Lenin e Trotsky eram judeus.
Marx se tornou ateu, apesar de ser neto de dois rabinos e de seu pai ter-se convertido junto com seus filhos ao protestantismo. Marx baseou sua ideologia no ateísmo, ele desprezava as religiões.
Eu penso diferente. Marx dizia que a religião era o ópio do povo. Eu acredito que foi por isso que ele criou a sua própria, o marxismo, ideologia mística, dogmática, obscurantista e, de forma secular e kantiana, transcedental. É a religião que promete o paraíso aqui na Terra, logo ali, depois do horizonte.
Por Percival Puggina
Mas é infâmia de mais!... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares.
Castro Alves, Navio Negreiro
As perguntas que farei perturbam meu sono e são comuns ao cotidiano de milhões de cidadãos brasileiros. Como não ser assim, se a nação se dilacera e degenera, o sectarismo se empodera, a burrice impera, o crime prospera, a política se adultera, a Têmis se torna megera e os omissos somem ou dormem? Só eu acordo nas madrugadas pensando nesses motivos pelos quais 41% dos brasileiros (1), entre os quais 55% dos nossos jovens (2), só não desistem do Brasil por não terem condições financeiras de arrancar as folhas de um passado sem esperança e redigir seu futuro noutro lugar?
Os responsáveis por isso conseguem dormir? A nação se inquieta pela apatia de representantes omissos que tanto lhe custam. Como é insignificante, aliás, a relação custo/benefício, somados o mal que fazem e o bem que deixam de fazer! Como conciliam o sono e a culpa? A que destroços, a cupidez e a conveniência pessoal em condomínio com a injustiça reduziram tais almas? Elas simplesmente somem dos plenários quando, da tribuna, algum de seus pares lhes cobra pela apatia e a destruição das instituições!
No entanto, a realidade que vemos é sinistra. O Estado se agiganta perante a sociedade a que deveria servir. A juventude recebe uma educação de qualidade vexatória, últimos lugares nos rankings internacionais do PISA e da OCDE; a cultura nacional está degradada e o próprio QI dos brasileiros, por falta de estímulos, pode estar em regressão. Há décadas, os discípulos de Paulo Freire controlam e tornam cada vez mais sectária a educação nacional, transformando-a numa fábrica de ignorantes miseráveis, com as bênçãos do Estado. Quem escapa dessa máquina de moer cérebros prospera e vira réu no tribunal da desigualdade!
Resultado: chegamos a setenta e cinco milhões de seres humanos dependendo da assistência social do Estado. Do Estado? Sim, sim, o ente causador de todo esse mal aceita sem qualquer constrangimento posar de benfeitor. A pergunta que poucos fazem é: “Se o culpado não for o Estado, quem haveria de ser?”. Certamente a culpa não pode ser imputada a quem decide investir, correr riscos, gerar empregos, pagar salários e ser extorquido com impostos, taxas, contribuições. Essa pergunta derruba século e meio de mentiras sobre os sucessos do socialismo.
Eu quero o meu país de volta! Eu o vi antes, imperfeito, mas humano. Não era uma Suíça, mas era um país amável. O Brasil tinha boa reputação. Hoje é um país de má fama. Eu o quero moderno, mas com aqueles bens do espírito e naquele ânimo nacional que se comoveu e se moveu solidário quando as águas cobriram o abismo no Rio Grande do Sul. Eu quero de volta a energia inusitada que, durante oito anos, saudoso do “meu Brasil brasileiro, mulato inzoneiro”, me levou para cima dos carros de som a verberar corruptos, defender a liberdade e resistir à perdição de uma nação.
Impossível não evocar os versos finais de Navio Negreiro, esbravejados por Castro Alves, se vejo avançar o poder da Casa Grande, a se refestelar em folguedos e extravagâncias, enquanto garroteia direitos de cidadãos outrora livres.
(1)
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/polarizacao-politica-41-dos-brasileiros-mudariam-de-pais-se-pudessem-diz-quaest/
(2)
https://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2022/08/17/55percent-dos-jovens-brasileiros-deixariam-o-pais-se-pudessem-diz-pesquisa.ghtml