Por Fernanda Estivallet Ritter - Pres.IEE
O discurso de uma sociedade em que todos são iguais e têm os mesmos direitos pode ser atrativo para muitas pessoas que cresceram imaginando o mundo descrito na canção de John Lennon, onde não existiriam posses e ganância e, assim, todos viveriam em paz.
Queremos viver em um mundo melhor e proporcionar melhores condições para a nossa família. No entanto, alcançar esse objetivo jamais será por meio de uma ideologia que prega a coletivização dos meios de produção, não respeita a propriedade privada e a liberdade de cada um.
A proposta comunista para o atingimento de uma sociedade igualitária passa pela restrição das liberdades individuais, suprime a oposição política, limita a liberdade de expressão e impõe o controle estatal em diversos aspectos da sociedade. Ou seja, para que você possa viver no sonhado mundo imaginário, passará antes por repressão e autoritarismo – isso se você sobreviver até lá.
Ter orgulho de ser chamado de comunista é se reconhecer como autoritário, sem respeito às leis, à independência entre os poderes e à liberdade. Defender o comunismo implica apoiar regimes totalitários como Cuba e Coreia do Norte, bem como os eventos trágicos ocorridos na China de Mao Tsé-Tung e na derrotada União Soviética, nos quais milhões de pessoas perderam a vida, inclusive aqueles que tentaram escapar.
Para o orgulhoso comunista, é claro que o conceito de democracia será relativo. Como pode aceitar a definição da palavra de origem grega, que significa “poder do povo”, quando defende países em que não pode haver partidos de oposição, como na Venezuela de Maduro?
Em uma democracia, o povo será sempre o soberano, e a legitimidade do governo será derivada de seu consentimento. Dizer que o conceito de democracia é relativo é debochar do Estado de Direito.
A participação do presidente da República no Foro de São Paulo deixa evidente que não estamos lidando com a mesma versão de Lula que vimos por último no poder. Não há mais o Lula “paz e amor”; o político enraivecido está escrachado.
A realidade para aqueles que ainda acreditam que o Brasil está no caminho de paz cantado pelo músico inglês é dura. Se não existirem a propriedade privada e o livre mercado, viveremos em uma ditadura na qual o objetivo não será a paz, e sim suprir nossas necessidades fisiológicas básicas para não morrermos famintos.