Artigos

24 nov 2014

VAMOS, DE NOVO, FALAR DE PRIVATIZAÇÕES?


Compartilhe!           

CRIME HEDIONDO

Por cultura, ou mesmo por doutrina, os brasileiros em geral, notadamente os gaúchos, sempre foram levados a crer que todos aqueles que, mesmo em forma de desabafo, resolverem mencionar a palavra -privatização- devem ser considerados como criminosos hediondos, do tipo lesa pátria. 


SENTIMENTO DE DÚVIDA

A ojeriza é tamanha, que nem mesmo as poucas privatizações e/ou concessões de serviços públicos que foram feitas serviram para criar um necessário (e saudável) sentimento de dúvida, ou teimosia, quanto às imensas e indiscutíveis vantagens que o país leva quando o governo se retira das atividades que:

1- provadamente não sabe administrar; e,

2- decididamente não é e nunca foi função de Estado. 

 


CASO PETROBRÁS

É importante que se diga que os horrendos atos de corrupção que atingiram brutalmente o caixa da Petrobrás, que certamente não foi a única empresa saqueada pelos quadrilheiros presos, não precisam acontecer para que a sociedade se convença da existência de empresas estatais.

 


CONVENCIMENTO DO POVO

Entretanto, casos como esse que envolve a estatal do petróleo, por ser de grande monta e, portanto, de difícil recuperação, devem servir para explicar, e convencer o povo brasileiro, de forma definitiva, a necessidade urgente de afastamento do poder público de todas e quaisquer operações das mais variadas atividades, produtivas ou não. 

Independente do enorme sucesso que representaram para o país as poucas privatizações que já foram feitas, só o mal que este governo fez com a Petrobrás expressa o quanto o país perdeu por não ter privatizado a estatal.


RISCOS

Volto a lembrar que não precisaria haver esta estupenda roubalheira para fazer valer a necessidade de privatizações. O melhor de tudo, aqui entre nós, seria a inexistência, desde sempre, de empresas estatais. Bastaria para que os pagadores de impostos não corressem riscos que devem caber, exclusivamente, aos acionistas de qualquer empreendimento. 


PENSEM E RESPONDAM

Ainda assim, para reforçar os argumentos, irrefutáveis, do quanto é extremamente saudável e, portanto, nada criminoso defender as privatizações, peço aos mais resistentes que pensem a respeito de apenas três pontos seguintes:

1- Administrar empresas e/ou negócios é tarefa de governo?

2- Governantes têm conhecimento (expertise) suficiente para produzir ou prestar serviços?

3- Se mal conseguem planejar políticas públicas, cujos serviços resultantes são comprovadamente de péssima qualidade, o que se pode esperar dos governantes na condução e administração de empresas?

 


O BRASIL TEM PRESSA

Como o Brasil tem pressa, tanto na busca de soluções para tanto descalabro como esses que estamos assistindo quanto para evitar que novos aconteçam, é importante que todos pensem rapidamente a respeito das privatizações e/ou concessões de serviços públicos. Cabe ao Estado, a estrita cobrança das regras impostas pelos empreendedores da iniciativa privada.