O PAÍS DO BBB JÁ É BBB-
Ontem, a Standard & Poor - S&P, expos os motivos que levaram à decisão de rebaixar a nota do Brasil, de BBB para BBB-. A rigor nem seria preciso, pois são mais do que evidentes os esforços que o governo Dilma vêm fazendo para tornar o Brasil cada dia menos sério, competitivo e atrativo à investimentos.
PROVADO
Esforços esses, é bom que se diga, estão em linha com o que diz a cartilha do Foro de São Paulo, na qual consta que o sucesso econômico é inadmissível e abominável nos países-membros. Como já está provado, aliás, pelo desempenho econômico de Cuba, Venezuela e Argentina, que já foram literalmente à lona.
SEGUNDA DIVISÃO
O fato é que, gostem ou não, a partir de ontem o nosso pobre país, por exclusiva vontade governamental, ingressou na segunda divisão econômica: ao deixar a posição BBB para entrar na BBB-, nada mais é do que ocupar a última posição antes da perda do GRAU DE INVESTIMENTO. Ou seja, a porta de saída do Investment Grade já está aberta.
MOTIVOS
Entre os motivos que levaram à queda na classificação, temos:1- Deterioração fiscal, com déficits relativamente maiores como resultado de um superávit primário menor (sem levar em conta os juros) e atividades extraorçamentárias recorrentes.2- Credibilidade sobre a condução da política fiscal foi sistematicamente enfraquecida, na medida em que o governo excluiu vários itens de receita e gasto da sua meta fiscal. Maquiagem, para ser claro. 3- Expectativa de crescimento baixo nos próximos anos, com uma expansão do PIB real de 1,8% em 2014 e 2% em 2015.
MOTIVOS
4- A vulnerabilidade externa brasileira deve aumentar nos próximos anos. Em 2013, o investimento estrangeiro direto não cobriu plenamente o déficit em conta corrente; espera-se que essa tendência continue.5-O uso persistente dos bancos estatais, financiados por recursos do Tesouro não contabilizados, também minaram a credibilidade e transparência das políticas.6- O programa de concessões avança lentamente. Com isso o investimento privado em geral deve seguir sem brilho por causa do persistente sentimento negativo do empresariado e uma atitude de -esperar para ver- associada à eleição do risco de racionamento de energia e dos efeitos do aumento dos juros desde abril de 2013.
ISENÇÃO FISCAL PARA COPA
Quem ouviu os argumentos apresentados pelos deputados gaúchos, que se manifestaram contrários à isenção fiscal para resolver o problema das estruturas temporárias para a realização dos jogos da Copa do Mundo em Porto Alegre, se tem algum miolo na cabeça deve ter ficado com vontade de cair fora do RS. Se foi para presentear Porto Alegre pela passagem do aniversário da cidade, a embalagem mostrou todas as cores da estupidez. Vejam:
CÉREBRO AFETADO
Para quem usa o raciocínio sabe que a isenção aprovada ontem não retira dinheiro algum dos cofres públicos. Muito menos os 25 milhões de reais, que representam a expectativa dos gastos para cobrir o custo das estruturas temporárias. A aquisição e/ou contratação desses serviços, só pode existir desde que Porto Alegre seja sede da Copa. Sem Copa, portanto, não há aquisição alguma. Com isso também não há geração de impostos, que só poderiam ser arrecadados se o evento realmente existisse.Quando ouço alguém dizer que os gaúchos vão pagar a conta desta isenção, fico desesperado. Mal sabem que, neste momento, se Porto Alegre deixa de ser sede da Copa, aí sim os gaúchos sairão ainda mais prejudicados: vão pagar a conta dos gastos que foram realizados até agora para aprontar a casa. E quem faturaria seria uma outra sede porventura escolhida pela nossa desistência. Aliás, esse filme já passou no RS, quando o PT mandou a Ford para a Bahia.