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26 nov 2014

SIRVAM DE MODELO NOSSAS FAÇANHAS???


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LEITORES FELIZES

Os leitores do Ponto Critico são testumunhas diárias do quanto evito escrever sobre o RS, para me dedicar ao máximo a assuntos nacionais. Até porque o número de leitores (felizes) que vivem bem longe do Estado gaúcho, é enomre e, portanto, dão preferência a temas que tratam do Brasil como um todo.
 


PRIVILÉGIOS

Entretanto, quando alguns (ou serão muitos?) gaúchos fazem de tudo para mostrar não só ao país, mas ao mundo todo, até que ponto são capazes de usar a estupidez , o mau senso, e a safadeza para obter privilégios, aí não posso deixar de opinar e/ou me manifestar.
 


VAIAS E XINGAMENTOS

Pois, ontem, abaixo de vaias e xingamentos vindos das galerias do plenário, os valorosos deputados estaduais do RS aprovaram, o Projeto de Lei Complementar (PLC 249/2014), da Mesa Diretora, que cria o Plano de Seguridade Social dos Parlamentares. Que tal?

Só faltou aos parlamentares que votaram a favor da excrescência entoarem o Hino Riograndense, principalmente a estrofe que diz: - Sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra.
 


PREVIDÊNCIA ESPECIAL

A matéria, para quem não sabe, prevê um regime de PREVIDÊNCIA ESPECIAL para os deputados gaúchos. Pode? Pois, o que mais me deixou invocado é que dos 14 votos contrários, 12 foram de integrantes do PT, um do PDT e outro do PSDB. Outros seis deputados presentes não registraram sua votação.


SALÁRIO INTEGRAL

O Projeto estabelece que AO INVÉS DO TETO DA APOSENTADORIA GERAL DO INSSS (RGPS), que hoje é de R$ 4,3 mil, os deputados receberão o SALÁRIO INTEGRAL ao se aposentarem. Ou seja, pouco mais R$ 20 mil.
Para ter direito ao benefício integral, o parlamentar deverá ter 35 anos de mandato e 60 anos de idade. Mas, após o cumprimento de dois mandatos, já poderá pedir a aposentadoria proporcional – em valor próximo ao recebido atualmente no teto do INSS. Em caso de morte, dependentes também podem solicitar o benefício.


CALCULO ATUARIAL???

Para completar, a votação (ou safadeza) não durou mais do que 15 minutos. Pior: o projeto foi apresentado pela Mesa Diretora na semana passada e sequer passou por qualquer Comissão Parlamentar antes de chegar ao plenário.
Em síntese: além de ferir de morte a Lei de Responsabilidade Fiscal, que proíbe a criação de proventos nos últimos meses de governo, nenhum deputado se interessou pelo necessário cálculo atuarial e/ou projeção de despesas para o Estado. Os deputados só se preocuparam com a obtenção de mais um privilégio. 


QUE SE LIXEM!!!

Tudo leva a crer que os parlamentares estão consciente da situação deplorável (ou inviável) das contas públicas do Estado do RS. A partir desse conhecimento, antes que a falência seja decretada criaram mais uma forma de serem beneficiados. Sabem, certamente, que todo dinheiro que entrar em caixa, antes de atender qualquer credor, deve ser destinado para seus próprios bolsos. O resto, ou os demais? Que se lixem!