QUINTO RESULTADO NEGATIVO
O PIB brasileiro, segundo dados (oficiais) divulgados hoje pelo IBGE, apresentou variação negativa de 0,3% na comparação entre o primeiro trimestre de 2016 e o quarto trimestre de 2015, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É o quinto resultado negativo consecutivo nesta base de comparação.
A MAIOR DA SÉRIE HISTÓRICA
Na comparação com igual período de 2015, a contração do PIB atingiu 5,4% no primeiro trimestre do ano, ou seja, a oitava queda seguida nesse tipo de comparação. No acumulado dos quatro trimestres terminados no primeiro trimestre de 2016, a queda do PIB foi de 4,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, a maior da série histórica, iniciada em 1996.
PIB SEM SURPRESA
Fiz questão de iniciar este editorial com dados sobre o PIB, para que os leitores possam comparar com o que escrevi no mesmo dia (01) e mês (06) do ano de 2012 (quatro anos atrás). Eis aquele editorial:
PIB SEM SURPRESA - O Ponto Crítico e os membros do grupo -PENSAR!- não vão se candidatar a prêmio algum por terem acertado, na mosca, a previsão de que a economia brasileira teria crescimento muito próximo de zero, no primeiro trimestre de 2012.
Lembro bem das mensagens que recebi no início do ano, quando a fantasiosa equipe econômica do governo Dilma afirmava que o PIB brasileiro apresentaria crescimento robusto. Diziam que a minha visão estava contaminada pelo ranço anti-petista de governar...
CUSTO PAÍS
CUSTO-PAÍS - Na real, o crescimento da economia só tem condições para existir, e se manter por um bom tempo, caso o CUSTO-PAÍS seja drasticamente reduzido. Isto, como tenho insistido, só é possível com a realização de boas reformas, coisa que o governo não admite em hipótese alguma.
SEM COMPETITIVIDADE
SEM COMPETITIVIDADE - Ora, sem capacidade competitiva, a economia brasileira não consegue concorrer com produtos importados. Ao invés de livrar o Brasil desta camisa de força, o governo, através da estúpida Matriz NACIONALISTA e/ou BOLIVARIANA, além de impedir o barateamento dos produtos brasileiros faz com que os produtos estrangeiros fiquem mais caros.
APROPRIAÇÃO DA RENDA
APROPRIAÇÃO DA RENDA - Diante de tanta insensatez governamental, os consumidores/contribuintes só tem uma saída: diminuir o consumo. Afinal, de que adianta a renda do povo aumentar (via crédito) , se o governo se apropria de mais de 40% de tudo que é consumido?
DESCULPA ESFARRAPADA - Não sei até quando a sociedade vai aceitar as explicações do governo a respeito da nossa anemia econômica, que transfere o problema para a situação da Grécia. Para quem não sabe, o PIB da Grécia não vai além de 0,37% do PIB MUNDIAL. Enquanto que o nosso representa 3% do PIB mundial.
Ah, também não adianta responsabilizar a Espanha, cuja participação no PIB MUNDIAL é de apenas 1,8%.
REFORMAS
COM SEDE - Como se vê, os problemas do Brasil estão no Brasil e não em qualquer outro lugar. Só resta o povo perceber. Enquanto impera a desinformação, o governo tira proveito: aumenta o IPI da água (pode?). Assim, o que ainda não vinha acontecendo já se mostra inevitável: o consumidor, que já esgotou a capacidade de compra dos caros produtos fabricados no Brasil, vai precisar conviver também com a sede. Que tal?
ESTÍMULO INEFICAZ - É notório que o governo está perdido. Não é possível que não saiba que as medidas que está tomando para tentar animar a economia são insuficientes. Ou enfrentamos as reformas, coisa que os países mais atingidos pela crise já estão fazendo, ou vamos trilhar o lamentável caminho escolhido pela Argentina. Ruim, não?