RAZÕES CONHECIDAS
As razões para que as três maiores agências internacionais de avaliação de risco resolveram tirar o Grau de Investimento do nosso pobre país são por demais conhecidas. A única surpresa fica por conta do tempo que cada uma levou para anunciar a cassação do nosso Investment Grade.
PEDRA NO SAPATO
A rigor, como os pensantes estão carecas de saber, o -Grau de Investimento- sempre foi uma enorme-PEDRA NO SAPATO DO PT e NA CABEÇA OCA DA PRESIDENTE DILMA-, pois um selo de BOM PAGADOR, além de indevido e constrangedor, não condiz, minimamente, com os propósitos da Matriz Econômica Bolivariana.
PASSO A PASSO PETISTA
Quem se dispuser a ler com alguma atenção as justificativas que cada uma das Agências -Standard & Poors, Fitch e Moody's- apresentou para a cassação do -Investment Grade- do nosso pobre país, vai perceber que está diante do -PASSO A PASSO PETISTA- para que o nosso país chegue, enfim, a uma absoluta inviabilidade econômica.
GRÉCIA
Há quem diga que diante deste temporal de destruição econômica, o Brasil está ficando, dia após dia, mais parecido com a Grécia. Pois, no meu entender, a grande diferença que existe hoje entre ambos os países está no IDIOMA. O calote já está praticamente assegurado. É apenas uma questão de dias...
TEXTO BRILHANTE
Já que estamos falando de Política Monetária, eis o que diz o texto abaixo, cujo autor desconheço, mas gostaria que se apresentasse para que possa cumprimentá-lo e, inclusive, dar o merecido crédito. Vale a pena ler:
Imagine que, em 1995, você tinha duas novíssimas notas de um real. Uma delas você converteu em um dólar, e aplicou o dinheiro em treasuries (títulos do tesouro) norte americano. Com a outra, você comprou títulos do tesouro nacional.
Seu irmão, um pouco menos esclarecido do que você, também dispunha da mesma quantia, e fez o mesmo: converteu uma das notas em dólar e manteve a outra em moeda nacional, mas enterrou as duas no quintal de casa.
21 ANOS DEPOIS...
Exatos 21 anos depois, seu irmão vai lá e desenterra. Sem grandes surpresas, o dólar dele segue valendo um dólar e o real, cerca de 25 centavos da moeda americana. E assim, ele concluiu: deveria ter convertido tudo em dólar.
Já você, após esses 21 anos, decide recuperar seu dólar investido e resgata a aplicação. Saca seus recursos corrigidos pelo tesouro americano (Effective Federal Funds Rate) e recebe do banco US$1,75.
FAZENDO AS CONTAS
Em seguida você vai no Tesouro Direto, e (hipoteticamente, já que não estamos descontando impostos) saca o velho real aplicado em 1995 e atualizado pela SELIC. Para sua surpresa, aquele único real (pasmem!) virou R$ 30,31.
Estimando que o dólar ande pela faixa dos R$ 4, os US$1,75 converte-se em R$ 7,00, o que lhe faz concluir, e sem medo de errar, que, mesmo com o real depreciado, diferentemente do seu irmão que enterrou o dinheiro, você deveria ter mantido tudo em moeda nacional.
O que tudo isso significa é que, infelizmente, nosso governo paga juros altíssimos se comparado ao governo americano. São 2.331% que o nosso governo bancou a mais que os americanos nesses 21 anos. E isso considerada a recente desvalorização do Real. Se ignorarmos a disparidade entre as moeda, pagamos um juros acumulado que é 39 vezes maior do que o que o juros que se paga por lá.
Para compensar a falta de confiança na nossa moeda, o Banco Central brasileiro (opta, ou) vê-se obrigado a oferecer taxas de juros (reais) que notoriamente são as mais altas do mundo. Essa politica monetária favorece os rentistas, que lucram sem expor seus ativos a economia real.
As incertezas, que desfavorecem a economia brasileira, decorrem da instabilidade da economia, da insegurança jurídica, gastos públicos descontrolados e outros fatores que contribuem para o chamado risco Brasil. Ao contrário do que se prega, esses fatores são todos endógenos... O que quer dizer que somos vítimas apenas de nós mesmos. Pois, se existe uma coisa que o capital não tem, é pátria ou preconceito.
O comportamento da moeda demonstra o quanto somos penalizados pela incompetência na gestão pública, e de como tudo isso, além de perpetuar a pobreza, exacerba a desigualdade. De modo paliativo, os bancos, seguradoras e demais instituições financeiras nacionais são obrigados a devolver 45% dos seus lucros (sendo 25% de Imposto de Renda e 20% de Contribuição sobre o Lucro Líquido) como impostos. Com os recursos provenientes desses impostos, o Estado consegue redistribuir um pouco da renda para a faixa mais baixa, buscando compensar o desajuste que ele mesmo promoveu. Mas a classe produtiva, espremida entre as duas bandas, permanecerá achatada e incapaz de alavancar o tão desejado crescimento que o país necessita. O Resultado é esse nosso conhecido modelo que promove a estagnação e o patrimonialismo.
Por fim, sem nos atermos as verdadeiras causas das nossas mazelas, seremos eternos fregueses dos discursos oportunistas, e reféns das esmolas que nos dão e que é apenas uma mísera fração de tudo que nos tiram, incluso ai nosso potencial de crescimento. É por tudo isso que a responsabilidade fiscal é tão importante. Pois, quando o assunto é politica fiscal e monetária, ironicamente, os que mais pagam, são os que menos tem.