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10 abr 2014

O PREÇO MANTEGA


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PREVISÕES
Volto a informar que, mesmo sem ser iniciado em quiromancia, ainda assim não tive dificuldade alguma para prever, com acerto total, o momento e situação de descrédito cada dia maior que o nosso pobre país está passando. Se por um momento, lá no início do mandato do PT, com Lula à frente, fui classificado como um comunicador incendiário, o tempo mostrou quem estava certo. Resta, agora, lamentar a perda do precioso tempo, porque a conta já está muito alta.
NA FORMA INVERSA
Para quem tem um pingo de memória sabe que nos últimos doze anos, todas as previsões econômicas ditas, feitas e explicadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega aconteceram, ano a ano (sem uma única exceção), de forma absolutamente inversa. Para pior, certamente.
PIB
Observando pelo lado do crescimento econômico, Mantega iniciou gritando aos quatro ventos que o PIB do país cresceria, com o PT no governo, em torno de 4,5% por vários anos. O resultado, infelizmente, não poderia ser mais triste. Mal e mal o Brasil cresceu, em média 2%. E para 2014, todos os institutos projetam um índice de crescimento pouco acima de 1,5%. Que tal?
INFLAÇÃO
Já quanto ao comportamento dos preços, como se sabe Mantega jurou de língua, pés e mãos juntas, a cada início de ano, que a inflação ficaria sempre dentro da meta. Pois, o que se viu até agora foi um aumento gradativo e preocupante da inflação, que sempre ficou acima do centro da meta. Os dados estão aí, informados pelo próprio Banco Central através do Boletim Focus.
REPRESAMENTO DE PREÇOS
Para aqueles que aplaudem o governo porque o índice de inflação, até o ano passado, vinha conseguindo, a pau e corda, fechar no limite da meta, vale lembrar que isto só foi possível em função do represamento dos preços do petróleo e de energia. Coisa, que, infelizmente, implica em dificuldades e/ou impossibilidade para que tais setores façam investimentos.
JUROS
Depois de discursos inflamados dizendo que os juros iriam baixar, o que implicou na desmoralização do COPOM, que simplesmente atendeu aos desejos da irresponsabilidade governamental, ao longo dos últimos meses o que o mundo todo está assistindo é uma elevação firme e continuada da taxa Selic.
APAGÃO
É verdade que o clima não tem sido um grande parceiro para impedir um apagão de energia no país. Entretanto, por mais que os reservatórios estejam em estado crítico, o que mais preocupa é a falta de investimentos que o governo preferiu ao se decidir pela redução impositiva das tarifas. Vale lembrar, como bem afirmou o candidato Aécio Neves na sua breve apresentação no Fórum da Liberdade, que o apagão de energia só não foi maior e decisivo porque o Brasil não cresce. Ou seja, estamos com força para crescer menos de 1%. Para chegar a míseros 1,63%, como espera o próprio FMI, a energia está ameaçada de apagão. Pode?