PESQUISAS ELEITORAIS
Há, certamente, muito o que falar (e escrever) sobre as Eleições 2014 de todo o país. Principalmente quanto às pesquisas de intenção de voto realizadas pelos mais diversos Institutos de Pesquisas, que tanta gente está criticando, no meu entender, de forma muito equivocada e/ou precipitada.
GERENCIAMENTO DE VOTO
Pois, para começar, é preciso entender que as pesquisas eleitorais (à exceção da pesquisa -boca de urna- que o Ibope realizou ontem no RS, a qual deve ser classificada como vexaminosa a ponto de contribuir para um descrédito deste tipo de serviço), precisam ser vistas como importantes instrumentos de gerenciamento do voto da maioria dos eleitores.
ABSTENÇÕES
Em segundo lugar, quando os pesquisados dizem aos agentes-pesquisadores em quais candidatos pretendem votar, não esclarecem se no dia do pleito estarão dispostos a comparecer às urnas. Aliás, pelas abstenções, que totalizaram 27.698.199 (19,39%) de eleitores, percebe-se que o voto NÃO É OBRIGATÓRIO no Brasil.
MIGRAÇÃO
Em terceiro lugar, considerando a existência de um SEGUNDO TURNO quando um dos candidatos não recebe mais de 50% dos votos válidos, as pesquisas, felizmente, servem, sob-medida, para uma sempre importante migração de votos para aquele que oferece melhores chances de chegar ao turno decisivo.
EXEMPLOS INTERESSANTES
Partindo destas premissas e olhando tanto para o Brasil quanto para o Estado do RS, por exemplo, ambos governados pelo PT, vê-se o quanto as pesquisas foram determinantes para definir o comportamento dos eleitores.
INFLUENCIADOS PELAS PESQUISAS
A Marina (candidata a presidente), como se sabe, nas últimas semanas mostrava ser a grande preferida dos eleitores para enfrentar Dilma no segundo turno; da mesma forma no RS, Ana Amélia gozava de maior preferência. Pois, na medida em que os eleitores brasileiros passavam a perceber, através das pesquisas, quais os candidatos com -MAIS BALA NA AGULHA- para poder enfrentar o PT, trataram de trocar Marina por Aécio. Da mesma forma os eleitores gaúchos migravam de Ana Amélia para Sartori.
GRAÇAS ÀS PESQUISAS
É preciso entender, portanto, através da correta leitura das pesquisas (e não somente da página que informa as classificações dos candidatos) o que se passa na cabeça dos eleitores. Eu mesmo ( minha família idem) não tínhamos candidato definido. Como o nosso objetivo é tirar o PT do governo, qualquer candidato me serve como instrumento para poder chegar a tanto.Se o candidato disponível for um cachorro, por exemplo, assumo o papel de sair latindo país afora. Foi, no meu entender, os que os eleitores fizeram no primeiro turno. Graças às pesquisas.