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04 fev 2016

O FATO E O FALSO


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FRUTO DA IMAGINAÇÃO

Muitos leitores já devem ter em mente que várias histórias que leram e ouviram são falsas. Não têm, portanto, compromisso algum com a verdade. O que nos leva a admitir que muita coisa que foi (e continua sendo) escrita em livros e jornais, e ouvida e/ou assistida nas emissoras de rádio e televisão, é fruto da imaginação de autores e comunicadores apaixonados pela falsidade.
 


HISTÓRIA E ESTÓRIA

Antes de tudo, HISTÓRIA é a correta narração de fatos documentados e situações reais que realmente aconteceram. Já a narração de fatos imaginários e/ou de ficção, ainda que o termo utilizado seja controverso, é tido como ESTÓRIA. 


UFANISMO

Os políticos em geral, notadamente os petistas, por exemplo, contam muitas ESTÓRIAS e nada de HISTÓRIAS.  Mais: juram, de pés juntos, que estão se referindo a fatos reais. Agem assim por dois motivos distintos: 1- desconhecem a história; 2- a falsidade, depois de bem temperada com forte UFANISMO, tem o poder de iludir e seduzir leitores, ouvintes e espectadores mais despreparados e ansiosos.

 

 


HISTÓRIA DO RS

Quem estiver disposto a se aprofundar um pouco mais neste assunto proponho, por exemplo, que procure saber a verdadeira HISTÓRIA do RS. Verá, com absoluta isenção, que por volta de 1850 começou a se criar no Estado do Rio Grande do Sul um MITO DO GAÚCHO, em outras palavras uma figura simbólica. 


MITO DO GAÚCHO

Esta identidade -mito-, segundo relata o professor emérito Donaldo Schuler, foi constituída por meio da escrita. O gaúcho primitivo, para quem não sabe, foi incorporado pelas -estâncias- derivadas das -sesmarias- distribuídas pela Coroa Portuguesa aos açorianos. Quando esta ocupação MASCULINA, em torno da criação do gado, deixou de existir, criou-se o MITO DO GAÚCHO. 


JOSÉ DE ALENCAR

Este -mito- fez com que o gaúcho se apresentasse como montador de cavalo, como defensor das fronteiras e como defensor da liberdade. Aliás, o escritor José de Alencar, que tinha dado identidade aos brasileiros quando nós nos tornamos independentes, criou também O Gaúcho. A partir daí os nossos escritores e nossos políticos se reuniram em torno dessa figura -ficcional- do gaúcho.


O GUARANI

Vale lembrar, como afirma Schuler, que o cearense José de Alencar nunca esteve no RS. No entanto resolveu criar a figura do Gaúcho com as mesmas características de O Guarani. 

Como se vê, bastou dar ao gaúcho um símbolo falso para que o ufanismo tratasse de transformar a realidade em mito. E tem gente que acredita piamente nesta ESTÓRIA. Pode?