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24 abr 2014

O EXEMPLO INGLÊS


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TEMA ÁRIDO
Muita gente, como se sabe, simplesmente abomina temas que tratam de economia. Pelo que alguns leitores já me confidenciaram, a dificuldade está no fato de que, em geral, ao expor assuntos econômicos, tanto gráficos quanto números se fazem necessários. Como a maioria dos brasileiros detesta a matemática, a economia é sempre jogada de lado, infelizmente.
GEORGE OSBORNE
Mesmo assim sugiro aos que gostam e, principalmente, àqueles que detestam temas econômicos, que leiam a entrevista concedida pelo o ministro das Finanças britânico, George Osborne, à revista Veja desta semana, que está publicada nas Páginas Amarelas. Vale a pena, gente.
CORTAR GASTOS
De antemão é preciso observar que Osborne, considerado como segundo homem mais importante do governo, sabe, perfeitamente, que ao se decidir pelo corte de gastos de governo, a popularidade deve ser jogada para um segundo ou terceiro plano. Coisa que, infelizmente, o Brasil está longe de ter a coragem que os ingleses estão mostrando, com a atuação do atual ministro das finanças.
RESPONSABILIDADE
Ao ser perguntado como lidar com a contradição, Osborne respondeu: - Boas políticas acabam levando a uma boa economia. A principal responsabilidade do Ministro das Finanças é fazer as políticas corretas para melhorar a economia a médio e longo prazo, e para isso não se pode esconder da população certas verdades difíceis..
CONTINUA OSBORNE...
Frequentemente, há interesses velados e grupos de pressão posicionando-se contra as reformas econômicas. Precisamos deixar claro que não podemos ter tudo que queremos, e que há muitas coisas boas com as quais o país NÃO pode arcar.
CORAGEM
A população costuma compreender e respeitar governos que tomam decisões difíceis. Ao fim e ao cabo, a minha responsabilidade é o bem estar dos cidadãos britânicos. As pessoas podem me julgar por acertar ou errar, mas não quero que digam que eu sabia qual a decisão certa e não tive coragem de tomá-la por ser impopular.
O CARA
Depois de ler a entrevista toda fiquei me perguntando: - Por que não se faz com a economia aquilo que é comum no futebol? Assim como os clubes tratam de importar jogadores para melhorar seus time, e assim torná-los mais competitivos, o Brasil deveria importar um ministro de finanças do tipo Osborne. Que tal? Ou será que alguém ainda imagina que Mantega é o cara?