PÁGINAS AMARELAS DA VEJA
Depois de ler as oportunas respostas que o senador Ricardo Ferraço, do PMDB/ES, presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, deu na entrevista que concedeu à revista Veja desta semana (Páginas Amarelas), confesso que fiquei um pouco mais aliviado.
BOLIVARIANISMO
Aliviado, porque esta é a primeira vez nesses últimos doze anos de administração PETISTA-NEOCOMUNISTA, que um líder político resolve escancarar aquilo que venho dizendo desde sempre: o grande propósito deste governo é fazer avançar, de forma determinada, o Bolivarianismo no nosso pobre país.
PARTIDO ALIADO
Antes de tudo é preciso registrar que Ricardo Ferraço é do PMDB, ou seja, do maior partido aliado do governo. Pois, mesmo assim o senador preferiu não adotar a postura sempre lamentável do -POLÍTICAMENTE CORRETO-, que na verdade, por ser sempre falsa, está voltada para o INCORRETO.
COMPARAÇÃO DIDÁTICA
Gostei muito da didática comparação que o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o capixaba Ricardo Ferraço, fez para diferenciar os países latinos dinâmicos em economia, que estão do lado do Pacífico, como é o caso do Chile, Colômbia, Peru e México, e os atrasados, que ficam do lado do Atlântico, como é o caso do Brasil, Argentina, Bolívia e Venezuela.
A CAMINHO DA DITADURA
Mais: Ferraço, pelo cargo de ocupa, já se declara absolutamente convencido do óbvio ao dizer que os países que estão do lado do Atlântico estão todos a caminho de tornar-se ditaduras. Ufa, até que enfim um político (aliado do governo) se deu conta disso. Não sei se isto resolve, mas é um começo.
OPÇÃO PELO ATRASO
Quando o entrevistador, o jornalista Duda Teixeira, perguntou de que ideologia estava falando, a resposta de Ricardo Ferraço foi clara e objetiva: do BOLIVARIANISMO. O GOVERNO BRASILEIRO ESTÁ FAZENDO UMA OPÇÃO PELO QUE HÁ DE MAIS ATRASADO E POPULISTA.
DIPLOMACIA
Recomendo a leitura, principalmente, porque o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado expõe a situação do mal conduzido pelo Itamarati. Ferraço informa que o Itamaraty está totalmente fechado. Há um chanceler de direito (Luiz Alberto Figueiredo) e um chanceler de fato (Marco Aurélio Garcia). Isto, por si só, já é uma tragédia, não?