ILUSÃO DA VERDADE
Por mais revoltante que seja, o fato é que a máxima de que "basta repetir uma mentira para que ela se torne verdade", técnica largamente utilizada pelo nazista Joseph Goebbels, funciona e muito. Esta consagrada máxima, como bem define a psicologia, se traduz pelo efeito da ILUSÃO DA VERDADE. Mais: exaustivos estudos sobre os efeitos desta técnica -infalível-, as pessoas em geral tendem a aceitar como VERDADES as afirmações que elas já ouviram antes, mesmo que sejam FALSAS.
PELA MESMA LÓGICA...
Ora, se a máxima da REPETIÇÃO DE UMA MENTIRA QUALQUER produz o efeito desejado pelos anunciantes mentirosos, isto significa, pela mesma lógica de raciocínio, que a REPETIÇÃO DE UMA OU MAIS VERDADES produz efeito idêntico. Ou seja, faz soar como algo familiar do tipo que as pessoas já ouviram antes.
FALSOS BENEFÍCIOS
Assim, sob o aspecto econômico -mundial- uma grande -MENTIRA- que vem sendo repetida à exaustão diz respeito aos FALSOS BENEFÍCIOS que o mundo, notadamente os países europeus, obtém através dos mais diversos BANIMENTOS IMPOSTOS À RÚSSIA. Ora, quanto mais sanções impostas à Rússia mais os países dependentes -diretos- e -sem outra alternativa de substituição-, de certos produtos e serviços, vão sofrer. Em alguns casos, o drama já se mostra maior e mais complicado nos países que dependem por exemplo, de produtos derivados de petróleo e/ou demais commodities exploradas na região dominada pela Rússia.
OURO
A propósito, para Leonardo Trevisan, professor de economia e relações internacionais na ESPM, a proposta que defende o presidente americano, Joe Biden, de banir a Rússia do comércio internacional de ouro é um legítimo TIRO NO PÉ. Ora, como o ouro é “reserva de valor” e, a Rússia é um player importante nesse ramo (negocia algo em torno de US$ 15 bilhões/ano e é o terceiro maior produtor de ouro do mundo) em momento de CICLO RECESSIVO não faltarão compradores para esse metal. Isto, portanto, resultará numa alta de preço do ouro, da mesma forma como já aconteceu com o petróleo. Ou seja, a Rússia acumulará ainda mais reservas em moeda forte com a venda desse ‘commodity’.
Aliás, o Instituto de Finanças Internacionais de Berlim avaliou que entre fevereiro e maio a Rússia acumulou US$110 bilhões com a alta do preço do petróleo. Trevisan ressalta que não faltaram compradores, pois só a Índia aumentou em 700 mil barris diários a compra do óleo russo. Mais: a China acumulou mais de um milhão de barris em pouco menos de um dia. Muitas potências médias asiáticas seguiram o mesmo caminho.