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17 set 2014

FALSA (OU INEXISTENTE) DEMOCRACIA


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DANDO O QUE FALAR
A absoluta falta (ou inexistência) de Democracia neste nosso pobre país, a qual, infelizmente, ainda é pouco percebida pela maioria do povo brasileiro, está dando muito o que falar e o que escrever.
ATO DE VOTAR
Antes de tudo é preciso deixar bem claro, principalmente neste momento em que estamos às vésperas de eleições, que só o direito que cada cidadão tem de votar não representa um verdadeiro e suficiente ato de democracia.
INFORMAÇÕES DOS LEITORES
Esta verdade, pura e simples, pode ser constatada, de forma bastante séria, por uma série de informações e/ou esclarecimentos que vários leitores/assinantes do Ponto Crítico passaram a enviar depois que a -DEMOCRACIA- passou a ser o grande tema abordado nos últimos editoriais.
ALERTA
Entendo, portanto, que não posso dar esse assunto por encerrado sem antes levar ao conhecimento público ao menos o seguinte alerta que faz o leitor André Okamura, com base numa reportagem que foi publicada no Estadão em 2010 mas que continua irretocável até hoje. Vejam:
ESTADÃO
Segundo informa o colunista do Estadão, José Roberto de Toledo, dos 513 deputados federais eleitos para a próxima legislatura, apenas 35 (7%) chegaram lá exclusivamente pelo desejo de seus eleitores. Os demais 478 (93%) da Câmara atual é composta por parlamentares que precisaram de votos alheios para se eleger.
ABSURDO DEMOCRÁTICO
Tal ABSURDO DEMOCRÁTICO é fruto do sistema eleitoral brasileiro: os candidatos derrotados e os votos na legenda do partido são canalizados para a eleição dos mais bem colocados na chapa partidária ou da coligação. O eleitor vota em fulano, mas ajuda a eleger sicrano - às vezes do partido rival.
SEM REPRESENTAÇÃO
Mais: em 11 Estados, nenhum deputado se elegeu à própria custa. No Amapá, apesar de ser um dos quocientes eleitorais mais baixos do País, ninguém alcançou o mínimo de 39,4 mil votos. Os 8 eleitos precisaram -emprestar- votos de seus companheiros de chapa. Resultado: 60% dos eleitores amapaenses ficaram sem representante na Câmara dos Deputados.Em São Paulo, apenas dois deputados federais, Tiririca (PR) e Gabriel Chalita (PSB), ultrapassaram o quociente eleitoral de 304 mil votos e ajudaram outros a se eleger com suas sobras. Os outros 68 representantes paulistas foram a Brasília na garupa.Outra consequência ABSURDA desse sistema é que 38 milhões de eleitores brasileiros ficaram sem representação direta no Congresso. Ou seja, os eleitos representam apenas 61% do eleitorado que foi às urnas e votou em um candidato a deputado ou na legenda de um partido.Esta é, enfim, a nossa DEMOCRACIA, gente. Pode?