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28 jun 2016

DESINFORMAÇÃO COSTUMEIRA


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DÍVIDA PÚBLICA INFORMADA

Ontem, os principais (ou mais destacados) meios de comunicação do país, sem dar a mínima para a verdade dos fatos, voltaram a cometer o erro, já considerado crônico, de mal informar seus ouvintes, leitores e telespectadores, quando divulgaram o estoque da DÍVIDA PÚBLICA DA UNIÃO. 


DESINFORMAÇÃO

É difícil entender quais os motivos que levam a mídia a não informar os números corretos, quando os mesmos se encontram disponíveis na mesma fonte de onde tiram o valor divulgado.  Como se trata de algo já costumeiro, é de se supor que tal desinformação só acontece  por: 1-  absoluta má vontade; 2- gostar da mentira; ou, 3- enganar o consumidor da notícia. 


PEDALADA OFICIAL

Como bem informa o pensador Ricardo Bergamini, a imprensa OMITE SEMPRE o estoque da DÍVIDA EM PODER DO BANCO CENTRAL, que representa R$ 1.304,5 bilhões. Justamente, por incrível que pareça, a parte mais importante da dívida, visto que ela nada mais é do que uma “pedalada oficial” (aumento disfarçado de base monetária) que não existiria se o Banco Central fosse independente.

 


ORGIA

Pois, para desespero geral daqueles que  conseguem raciocinar, essa fantástica orgia saiu de 17,86% do PIB em 2010 para 21,74% do PIB em maio de 2016. Ou seja, um crescimento real em relação ao PIB de 21,72%. Trata-se, portanto, de uma imoralidade sem precedentes, como conclui Bergamini com total razão.


VALOR CORRETO

Anotem aí: o ESTOQUE CORRETO DA DÍVIDA LÍQUIDA DA UNIÃO (interna mais líquida externa) atingiu o patamar de R$ 4.183,4 bilhões (69,70% do PIB) em maio de 2016. Bem diferente, portanto, do que foi informado pela imprensa, que estampou o valor de R$ 2,878 trilhões, com crescimento de 2,82%. 

 


RALO INCONTROLÁVEL

Bergamini vai além ao dizer que o governo, se for financiado por bancos do qual seja o controlador, comete crime; entretanto, se for financiado pelo Banco Central aí trata-se de mecanismo de controle de política monetária.

Somente um Banco Central independente acabaria com a orgia de carregar a dívida do governo. É um ralo incontrolável. Não há como fazer política monetária com esse ralo aberto. Em sentido figurado o governo seria um filho irresponsável que gasta a vontade sabendo que no final o pai (Banco Central) vai bancar a orgia. Assim é muito fácil governar.