DEPOIMENTO DA -CENSURADA- BÁRBARA
Ouvi, ontem, o depoimento que a -CENSURADA- Bárbara, do canal -TE ATUALIZEI-, prestou na sessão da CTFC - Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, do Senado Federal. Bárbara, do início ao fim do seu FIRME, FOCADO, VERDADEIRO E CONVINCENTE DEPOIMENTO, deixou ainda mais claro o tamanho e a crueldade da TIRANIA imposta pela maioria dos ministros do STF.
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO
A rigor, o emocionante depoimento da -CENSURADA- Bárbara foi, em voz alta e bem clara, um ecoante e desesperado GRITO DE SOCORRO. Mais ainda quando pediu, com base no que leu nos jornais, o acesso ao ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO e ao devido PROCESSO LEGAL da mesma forma como foi concedido a um TRAFICANTE: - "Eu estou falando aqui de um bandido corrupto que lesou uma nação inteira, e que teve o seu processo anulado porque teoricamente não se cumpriu o devido processo legal. Eu estou aqui falando para vossas excelências que eu não estou tendo o devido processo legal. Há anos. E não só eu; muitos de nós. Então o que eu estou pedindo aqui, de forma absurda, é o mesmo direito que a Justiça deu para um traficante e para um corrupto condenado. Eu estou pedindo aqui o mínimo".
SOCORRO! SOCORRO!
Disse mais a CENSURADA BÁRBARA: "Eu sei que soa ridículo falar em voz alta, mas eu só estou pedindo o mínimo. Então, por favor, Senado, por favor Congresso, parlamentares, SOCORRO, SOCORRO! Por todas as pessoas que estão nas ruas, elas não sabem mais a quem pedir ou o que pedir. Elas estão desesperadas porque não confiam mais nos representantes que elegeram. Por favor, não decepcionem o povo de vocês, seus pares reais, porque vocês não são políticos, vocês estão políticos, vocês são o povo".
GRANDE OBSTÁCULO
Resumindo: a CENSURADA BÁRBARA deu um verdadeiro show e como tal é merecedora de enorme admiração. Principalmente, porque deixou bem claro que se nada foi feito até agora para conter a FÚRIA DOS TIRANOS é porque os nossos CONGRESSISTAS são COVARDES, OMISSOS ou CÚMPLICES. Mais: o grande obstáculo, que precisa ser removido antes de tudo, é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que simplesmente nega a tramitação das dezenas (ou centenas) de pedidos de impeachment dos maus e cruéis ministros do STF.
ESPAÇO PENSAR +
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ESTADÃO E STF, PARECEM FEITOS UM PARA O OUTRO
Por Percival Puggina
Em editorial de 28/11, com o título “Ofensiva política contra o Judiciário, o Estadão atacou CPI do abuso de autoridade. Abriu o texto com as seguintes palavras: “Um sintoma da atual crise brasileira é a irresponsabilidade. Gente com cargo público, que se comprometeu a respeitar a Constituição, tem atuado como se o único critério a pautar sua atuação fosse agradar a seu eleitorado. Para essa turma, não há separação de Poderes, não há limite constitucional. Para insuflar os apoiadores, vale até achacar o Judiciário.”
Se você, leitor, prestar atenção ao vocabulário utilizado pelo editorialista, certamente há de identificar nele o modo alexandrino de menosprezar a divergência: “ofensiva política”, “irresponsabilidade”, “gente”, “turma”, “insuflar”, “achacar”. Para usar um lugar comum de origem freudiano, são vocábulos que falam muito mais de quem ataca do que daqueles a quem se dirige o ataque.
O editorialista cumpriu sua tarefa. Defendeu aqueles que, nessa configuração do STF. violam a Constituição, restringem liberdades essenciais dos cidadãos, alarmam uma população habituada ao democrático convívio com a liberdade de expressão, reintroduzem a censura e a ameaça nas relações entre o estado e a sociedade. Sua crítica voltou-se ao autor do pedido da CPI, deputado Marcel van Hattem e aos 190 deputados federais que já subscrevem a iniciativa. Quanto a passividade do Congresso tem sido conveniente a quem defende um projeto autoritário! Nele, a liberdade de expressão há de ser distribuída pelo grande irmão orwelliano como prêmio por boa conduta.
A cegueira ideológica que acometeu os veículos do consórcio não lhes permite perceber que, ao acalentar a tirania e seus malfeitos, mantêm nas ruas em todo o país quem não quer viver na servidão. São pessoas que percebem e não aceitam a inversão que vem impondo a primazia do Estado sobre a sociedade. Elas sabem que o Estado e seus aparelhos existem para servi-las e não para a elas se sobreporem restringindo-lhes liberdades fundamentais.
O obsessivo ativismo e a militância político-ideológica do STF já foram denunciados reiteradas vezes por inúmeros juristas. Um poder de estado exercido com ira repressiva encontrará resistência em povos livres. Como recorrer de sanções se os recursos serão julgados pelos que sancionaram? Triste papel o do jornalismo que convalida a tirania e o abuso.
Foi nessa arapuca que o Brasil travou.