DIFICULDADE
É notória a aversão que os brasileiros em geral têm aos números. Estudos revelam que mais de 90% (vejam só), não mostram apenas dificuldade para lidar com cálculos e projeções, como confessam isto abertamente.
IMPOSTO DE RENDA
Isto, por si só, esclarece, por exemplo, a dificuldade que a maioria dos brasileiros tem para fazer uma simples declaração de Imposto de Renda. Poucos levam em conta que o programa disponibilizado pela Receita Federal torna a tarefa extremamente rápida e fácil. A rigor, qualquer criança de quatro anos é suficientemente capaz para tanto.
GOVERNANTES
Da mesma forma, como mostrei no editorial de ontem, acontece com os nossos governantes. Os aumentos absurdos (superior a 100%) que concederam nos últimos anos aos servidores (???) públicos foram feitos sem dar a mínima pelota para o tamanho do ingresso dos impostos.
ERRO TRIPLO
Erro que pode ser interpretado como triplo: 1- demonstração da dificuldade que têm para lidar com números; 2- incapacidade total para gerir orçamentos; e, 3- propensão clara para cometer CRIMES DE RESPONSABILIDADE FISCAL. Deixo a escolha para os leitores.
MÍDIA
Pois, para piorar ainda mais a situação, aqueles que cuidam (??) da comunicação, que deveriam prestar informações corretas à sociedade, mostram o quanto têm aversão aos números. Ontem, ao divulgarem a dívida da União relativa ao mês de março de 2016, cometeram um erro imperdoável.
DÍVIDA EM PODER DO BANCO CENTRAL
Como bem informa o pensador Ricardo Bergamini, a imprensa omitiu o estoque da dívida em poder do Banco Central, no montante de R$ 1.289,3 bilhões. Justamente essa a parte, que é a mais importante da dívida, visto que nada mais é do que uma “pedalada oficial” (aumento disfarçado de base monetária) que não existiria se o Banco Central fosse independente.
FINANCIAMENTO CRIMINOSO
O Brasil é fantástico, como conclui o Bergamini: o governo se for financiado por bancos do qual seja o controlador comete crime, mas se for financiado pelo Banco Central é mecanismo de controle de política monetária. Pode?
A minha conclusão: criminosos não são apenas aqueles que mentem, mas também aqueles que omitem o que a sociedade deve saber e pagar.