ESCLARECIMENTO
Para não passar por ingênuo faço aqui um esclarecimento: a escolha de Joaquim Levy para ocupar o Ministério da Fazenda não me convence que a presidente Dilma tenha, enfim, percebido que a Matriz Econômica Bolivariana, desenvolvida e implementada pelo ministro Guido Mantega, estava levando o Brasil ao abismo.
SUBSTITUIÇÃO
Por enquanto, o que me faz entender esta substituição de um economista neocomunista-keynesiano (Guido Mantega) por um outro (Joaquim Levy), com formação na Escola de Chicago, é que a presidente Dilma percebeu que através da Matriz (essencialmente) Bolivariana chegaríamos ao nível da Argentina e/ou Venezuela antes do mês de março.
MARGEM DE MANOBRA
Como se trata de uma decisão tomada por uma petista, que por formação respira neocomunismo por todos os poros, o raciocínio mais lógico nos remete a uma certeza: o novo ministro da Fazenda terá pouquíssima margem de manobra.
ALÇADA
Aliás, o que aconteceu com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que no dia seguinte de sua posse precisou voltar atrás e desdizer o que havia defendido sobre o cálculo do salário mínimo, dá uma ideia clara sobre o tamanho da alçada concedida à Joaquim Levy.
OBEDIÊNCIA À CÚPULA DA UNASUL
Nunca se deve esquecer que Dilma e todos os petistas não abrem mão das decisões tomadas nas reuniões de Cúpula da Unasul, cujos propósitos sequer permitem eventuais guinadas ao centro. Muito menos, portanto, à direita.
ECONOMIA???
Como se vê, o fato de Dilma ter escolhido Levy para comandar a economia não garante, em hipótese alguma, que o Brasil vai trilhar um novo caminho, onde a gastança pública será menor e mais eficiente. Tanto é que Dilma preferiu promover alguma economia em cada ministério, mas não admitiu uma diminuição na quantidade exagerada e absurda do número de Pastas.
AUSTERIDADE
Confesso que tenho me esforçado para ser otimista. Entretanto, pelo andamento da carruagem não vejo motivos para tanto. Mais: naquilo que for decidido pelo lado do bom senso, os contrários às austeridades vão se pronunciar. Aí, o sentimento -grego-, deve prevalecer, ou seja, em governo bolivariano, austeridade não tem vez.
Estamos diante de um novo brado: AUSTERIDADE OU MORTE!