VÁRIAS CRISES
Mesmo considerando que o petróleo já tenha passado por várias crises, sem dúvida alguma a maior delas aconteceu na década de 1970/1980, quando os preços da commodity subiram de forma astronômica.
Só para lembrar: desde 1970, quando o preço estava na ordem de U$ 3,30/barril, a população mundial só viu os preços aumentarem, chegando, em 2011, a ser cotado em U$ 111,26/barril.
VIÉS DE QUEDA
Agora, no final de 2014, pela primeira vez desde então estamos assistindo a uma drástica redução da commodity, que chegou a ser conhecida como -ouro negro-, cuja cotação já está abaixo de U$ 60/barril. Com viés de queda.
PRGUNTA MAIS DO QUE NORMAL
Ora, diante de uma queda tão brusca (praticamente 50% do preço) em tão pouco tempo é de se perguntar se a crise do petróleo, iniciada lá em 1970, teria chegado ao fim, não?
XISTO BETUMINOSO
Pois, ainda que esta resposta não possa ser dada assim tão facilmente, porque não são poucos os motivos que explicam a queda de preços, o fato é que o XISTO BETUMINOSO, cujas rochas existem em grande quantidade nos EUA, já se tornou um forte concorrente do petróleo.
Mais: o mesmo tem se revelado um modo mais limpo e eficiente para extrair petróleo e gás de rochas.
NOVAS DESCOBERTAS
Mesmo admitindo que a volatilidade do preços de todas as -commodities- é algo comum nos mercados do mundo todo, quanto mais formas de se obter energia forem descobertas, a preços mais competitivos, melhor para os consumidores que vivem em países capitalistas.
EFEITO MERCADO
Isto, no entanto, só acontece em países onde as leis do mercado são obedecidas, como é o caso dos EUA, por exemplo. Lá, como pude constatar, o efeito da queda dos preços do barril de petróleo é percebido nos preços da gasolina: a regular, cujo galão custava em outubro U$ 3,28, já está por volta de U$ 2,83. Que tal?
PARADOXO
Faço estes esclarecimentos para sugerir aos assinantes do Ponto Crítico (e a quem interessar possa) a leitura da importante entrevista publicada nas Páginas Amarelas da Veja desta semana, com revelações feitas pelo cientista político americano Michael Ross.
Detalhe: tudo que Ross revela é fruto de um profundo estudo sobre a síndrome da riqueza fácil, onde os países de governos autoritários, que dominam o petróleo, não só gastam mal como ainda usam o dinheiro para se perpetuar no poder. Eis o que Ross fala sobre a Venezuela Chavista e o Brasil Petista:
Nos anos 90, a PDVSA (estatal da Venezuela) era considerada como a mais bem administrada empresa de petróleo, protegida da interferência política e com melhores profissionais e economistas daquele país. Esta reputação foi simplesmente destruída por Hugo Chávez...
No Brasil, como se sabe, os governos petistas, liderados por Lula e Dilma, fizeram o mesmo com a Petrobrás...