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01 mai 2020

A LIBERDADE CADA DIA MAIS DISTANTE


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ENÉSIMA VEZ

Mais uma vez, a maioria dos meios de comunicação tratou de -FORMAR OPINIÃO- do povo brasileiro ao noticiar, insistentemente, que Bolsonaro criou mais uma CRISE INSTITUCIONAL, desta vez porque o presidente discordou da decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que de forma monocrática resolveu suspender a nomeação de Alexandre Ramagem como novo diretor-geral da Polícia Federal.


CONTRA MAIA E CONTRA MORAES

Pois, o que mais chama atenção é que tanto NESTA -CRISE INSTITUCIONAL-, claramente patrocinada pelo estranho ministro do STF, Alexandre Moraes, quanto na ANTERIOR , patrocinada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o que mais se viu, menos a mídia, é que até aqueles que detestam Bolsonaro se posicionaram totalmente contra Maia e contra Alexandre de Moraes. Que tal?


J. R. GUZZO

A propósito da decisão MONOCRÁTICA proferida pelo ministro Moraes, o jornalista J. R. Guzzo resume bem no seu texto que está publicado na Gazeta do Povo de ontem, 30/4: - ALEXANDRE MORAES AGIU COMO UM JURISTA DE DITADURA AFRICANA-: 

- "Há muita gente no Brasil que não gosta da Constituição, gostaria que ela fosse abolida e até faz passeatas e carreatas pedindo o fechamento do Congresso, a eliminação do STF e a “intervenção militar já”.

- Há, imaginem, até mesmo um “inquérito” em nosso mais alto tribunal de justiça para descobrir quem está querendo o fim do ESTADO DE DIREITO  neste país.

- Mas quem trabalha neste momento contra a Constituição, as instituições e a democracia - na vida real, de forma objetiva, através de atos e não de palavras – são ministros do próprio STF.

- Deveria ser o contrário, é claro; eles mesmos, aliás, passam a vida dizendo que estão lá como “guardiões da lei”. Mas no momento são os que MAIS AGRIDEM A LEI, ameaçam a estabilidade nacional e tentam transformar o país numa republiqueta de bananas, onde o que vale são as pessoas que mandam, e não o que está escrito nas leis.


O QUE FEZ ALEXANDRE DE MORAES

Guardiães das instituições? Que piada. Como é possível alguém levar a sério, aliás, que um ministro como esse Alexandre de Moraes, hoje em seus momentos de maior fama, possa ser guardião de alguma coisa? Moraes, cujas credenciais jurídicas mais notáveis para ocupar seu cargo no STF foram o fato de ter sido chefe de Polícia em São Paulo e militante de um partido político que apoiava o governo Michel Temer, patrono de sua indicação, já preside um inquérito secreto, com policiais em seu serviço direto, para apurar “ataques contra o Supremo”.


DITADURA AFRICANA

Colocou sob censura a revista digital Crusoé e indiciou em inquérito penal o jornalista Mario Sabino. Suas ações são de jurista de ditadura africana – aquele que ao mesmo tempo investiga, julga e condena, ele próprio, os crimes dos quais se diz vítima. Agora, cometeu um ato de guerra contra o presidente da República e o Poder Executivo.

O ministro, atendendo ao pedido de um partido político, o PDT, proibiu o presidente Jair Bolsonaro de nomear o delegado Alexandre Ramagem para o cargo de diretor geral da Polícia Federal. O PDT pediu? Está operando para derrubar o presidente? Então levou.


QUAL A NECESSIDADE?

Não é preciso mais nada, nesse STF que está aí. Não há nenhuma razão legal para a sua decisão; o nível dos argumentos apresentados é de centro acadêmico de uma faculdade de direito de segunda linha. Moraes desrespeitou a lei que garante ao presidente a prerrogativa de nomear o diretor da PF. Violou o direito legal do delegado Ramagem de ocupar um cargo público para cujo exercício tem 100% de condições; seu único crime é ser uma pessoa da confiança pessoal do presidente da República. Invadiu de forma grosseira a área do Executivo e praticou ato contra a independência entre os Três Poderes.

O ministro Moraes agiu por conta própria; ele não representa, no caso, o plenário do STF, e não se sabe qual o apoio efetivo que tem para essa sua última decisão. Mas a desmoralização atinge a todos.

Se quer derrubar Bolsonaro e ajudar os seus amigos e chefes do PSDB na briga para chegar ao governo, deveria esperar as eleições, e não utilizar a principal corte de justiça do país para fazer política. Deste jeito o que ele realmente consegue é produzir insegurança jurídica – o pior veneno que ameaça uma sociedade democrática. Moraes, e parte dos seus colegas, constroem todos os dias um Brasil em que ninguém sabe o que vai acontecer, porque ninguém sabe o que a justiça vai decidir. Conseguem, com isso, fazer com que o cidadão brasileiro não saiba mais o que está certo e o que está errado."