Por Fernanda Estivallet Ritter - Pres. do IEE
Nesta semana, o Rio Grande do Sul está recebendo a 46ª edição da Expointer, em Esteio, evento que movimenta o setor do agronegócio e gera riqueza para o estado e o país. É um ótimo momento, portanto, para exaltar o Brasil que dá certo.
Nosso país é privilegiado em extensão territorial, terras férteis e bom regime climático, ou seja, tem ótimas condições para o agronegócio. Após o afastamento do Estado do agro na década de 1990, tirando subsídios e crédito, o setor pôde evoluir sem as amarras do governo e crescer de forma exponencial. Mais ainda, o Brasil hoje é um exemplo no modelo agrícola de cooperativismo, agricultura sustentável e áreas florestais. Produzimos comida para o mundo.
A riqueza do campo vem das cooperativas, do empreendedor rural que inova para produzir mais em um espaço menor e torna sua plantação mais eficaz com maior qualidade. O agro está sempre em evolução para aumentar a produção e reduzir a área plantada, reforçando a preservação do meio ambiente.
O setor segue movendo nossa economia e colocando alimento na mesa das pessoas apesar de enfrentar inúmeros desafios, como ser alvo de invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de estiagens e de críticas ao uso de agrotóxicos. Há muito tempo a pauta do agro deveria ter virado a página da discussão ativista e ideológica sem embasamento teórico.
Militar sobre pautas ambientais sem falar sobre segurança alimentar é balela. Só se preocupa com o meio ambiente quem está alimentado. A desinformação fomentada por alguns movimentos ambientalistas e sociais mascara a real importância e grandiosidade do agronegócio. O setor representa uma válvula de escape para as crises econômicas em nosso país, muitas vezes salvando o PIB brasileiro do colapso.
Mas o agro é resiliente. Não para. Continua produzindo e avançando. A Expointer acerta ao trazer como pauta a inovação para fazer o agro ainda mais forte. Com investimentos, gestão e inovação, fatores que estão em nossas mãos, o país deve evoluir ainda mais no setor com a aplicação de novas tecnologias. A inovação tornará o agronegócio cada vez mais eficiente, e, como resultado, a economia do país e a qualidade do alimento que consumimos irão melhorar, e o preço para o consumidor irá baixar.
Que os governos sigam não atrapalhando o agro para que ele possa continuar impulsionando nossa economia e sendo um exemplo para todos nós.
Por Percival Puggina
Ministros do STF gostam de se apresentar como membros do poder mais zeloso pelo bem do país e pela democracia. No entanto, abriram a torneira dos recursos públicos para o financiamento das campanhas eleitorais e partidos floresceram no deserto das ideias. No entanto, também, impediram a aplicação da cláusula de barreira quando ia começar a valer na eleição de 2006.
Pela confluência desses dois vetores, o Congresso Nacional tem, hoje, 22 bancadas! Pode parecer inusitada a relação de causa e efeito, mas é também por eles que a sociedade custeia, hoje, quatro dezenas de ministérios! Atraídos por cargos, verbas públicas e espaços de poder, partidos sem rosto e com nomes impróprios se transformaram em estabelecimentos dedicados ao business da corretagem do apoio político-parlamentar ao governo.
Foi grotesco, foi indecoroso, mas todos pudemos assistir à forma como em poucas semanas, uma “consistente maioria” conservadora, ou liberal, ou de direita, ou de centro direita, eleita e proclamada como tal em 2022, bandeou-se de mala e cuia, como dizemos aqui no Rio Grande do Sul, para o calor e o sabor do assado governista, onde toda a picanha é consumida ali mesmo, na beira do fogo, se me faço entender.
Recentemente e em boa hora, foi criado um site que cidadãos de bem e os eleitores com cotidiana repulsa ao noticiário nacional deveriam manter registrado entre os favoritos no seu computador ou em lugar de fácil acesso de seu celular. Anote aí:
https://placarcongresso.com/pages/partidos.html
Essa verdadeira preciosidade presta serviço valioso à memória e à informação dos eleitores. Contém, por parlamentar, por partido e por estado da Federação, dados de assiduidade ao plenário e de votos concedidos ao governo e à oposição nas deliberações da Câmara dos Deputados.
O site é de muito fácil manuseio e consulta. Com dados de 83 deliberações em que o governo indicou à sua base orientação favorável ou desfavorável, esse site permite identificar a posição governista ou oposicionista de cada deputado. A partir desses registros, observa-se que dos 22 partidos, apenas dois: PL e Novo, foram decididamente oposicionistas! Todos os outros 20 deram mais votos ao governo do que à oposição. Entre os 513 deputados, não chegou a uma centena o número dos que votaram contra o governo em mais da metade dos projetos nos quais este indicava sua posição. Por fim, descobre-se que apenas as representações de três estados – Santa Catarina, Mato Grosso e Roraima – foram oposicionistas.
Maus políticos e maus partidos têm grande estima por eleitores desinformados e omissos. Prestigiam a ignorância e precisam da mediocridade.