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09 dez 2009

UNANIMIDADE MUNDIAL


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PREVISÕES CONSISTENTES
Não há um estudo econômico sequer, em todo mundo, que não aponte para um crescimento de, no mínimo, 4,5% para o PIB brasileiro em 2010. Mesmo assim são poucos os que admitem números tão tímidos. A maioria dos analistas fazem previsões que chegam a 6,2% de crescimento.
CERTIFICADO DE GARANTIA
Esta confiança mundial, que mais parece um Certificado de Garantia de ótimo desempenho para o Ano Novo, foi conquistada ao longo do segundo semestre de 2009, quando o Brasil ganhou fama de país do momento, de bola da vez.
ABDICAMOS DE 10%
Se o crescimento robusto para o PIB já está garantido para 2010, fato que será muito festejado na noite do Réveillon, é preciso que todos tenham em mente uma outra certeza incontestável: estamos abdicando de uma taxa de crescimento de, no mínimo, 10%, caso o governo tivesse feito, meramente, as reformas da Previdência e a Fiscal.
NO ESTILO
Estou absolutamente convencido de que pouca gente vai dar importância para este comentário. Será considerado como FORA DE HORA, INCONVENIENTE, etc. Afinal, quando a economia vai bem, o que todos querem é comemorar o bom momento. Não é a hora de falar em reformas, certo? Bem no estilo: Em time que está ganhando não se mexe.
PRAZO MÉDIO
No entanto, só para não passar por omisso deixo registrado que, ao invés de nos prepararmos para comemorar décadas de crescimento vigoroso, estamos muito felizes por ter um ou dois anos de crescimento razoável. Aliás, este é o prazo médio da maioria dos Certificados de Garantia, não?
INFRA-ESTRUTURA
Como todos os governos sempre foram péssimos para administrar a Previdência Social, por exemplo, que se transformou numa poderosa fábrica de rombos, nada mais óbvio de que farão o mesmo com a economia do país. A prova disso está estampada na falta de infra-estrutura, que impede maior crescimento.
COMPETITIVIDADE DENTRO DE CASA
Ah, não posso esquecer de um detalhe que julgo importante: muitas empresas estão investindo grandes somas para atingir altos índices de produtividade e competitividade. Quando seus produtos saem da fábrica, e esbarram na péssima infra-estrutura e no excesso de burocracia, percebem que a suada competitividade foi totalmente para o brejo. Resultado: a culpa é o real valorizado.