FORA FMI!
Na época em que o Brasil era devedor contumaz do FMI, o esporte preferido dos petistas e demais esquerdistas do barulho era sair às ruas gritando palavras de ordem e portando faixas e cartazes dizendo: Fora FMI!
CARTILHA
Para quem não lembra, na cartilha da campanha política que elegeu Lula, além de uma auditoria da dívida externa constava o desejo de uma possível suspensão do pagamento da dívida junto ao FMI. Aliás, o grande motivo para que, às vésperas do pleito, a cotação do dólar ficasse perto de quatro reais.
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
Pois, graças aos resultados obtidos com a reforma macroeconômica (única) realizada ainda no governo FHC, quando o Sistema Financeiro Nacional foi reorganizado, que a equipe de Lula desistiu da proposta eleitoral. Fato, aliás, que foi encarado por muitos petistas como um enorme ato de traição. O que levou vários deles a caírem fora do partido para criar o PSOL.
SOBERANIA
Vencido pelos argumentos irrefutáveis, de que seria catastrófico o calote, Lula, em contrapartida, decidiu que deveria antecipar a liquidação da dívida com o FMI. Para ganhar notoriedade discursou falando em soberania e que, finalmente, o Brasil estava livre das imposições dos organismos de crédito internacional.
AJUDA IRRESTRITA
Pois, se os petistas continuam confundindo dívida com soberania, e que credor algum tem o direito de fazer imposições, Dilma deve pregar, na reunião do G-20, em Cannes, que a Grécia deve receber ajuda irrestrita.Ou seja, a Grécia não deve se submeter a programas de redução de despesas públicas ou qualquer outro que afete a sua soberania.
SEM RETORNO
De novo: como o Brasil, graças à reforma macroeconômica, de devedor passou a credor do FMI, a lógica de emprestar dinheiro com o propósito de que ele retorne pode estar encerrada. Quem não gosta de imposição não pode se dar ao luxo de exigir imposição aos outros, não é mesmo? Estou equivocado?
DE GAULLE E SARKOZY
Já foi provado que De Gaulle jamais fez a declaração de que o Brasil não é um país sério. No entanto, caso tivesse dito estaria cheio de razão. Já Sarkozy disse, com todas as letras, que a Grécia não é nada séria. Pode ter causado constrangimento, mas o fato é que o atual presidente da França não mentiu.