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27 nov 2009

UM MEGA-CALOTE


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DUBAI WORLD
Os mercados financeiros do mundo todo estão pra lá de assustados. E não é pra menos, pois a paulada de U$ 59 bilhões, aplicada pelo Dubai World aos seus investidores não é pequena. Trata-se, isto sim, de um mega-calote.
ESPERANÇA
Por enquanto, a empresa de investimentos estatal Dubai World, na tentativa de deixar seus investidores com alguma esperança, informa que a incapacidade de honrar suas obrigações financeiras é temporária, daí o pedido de moratória.
VAI PIORAR
Entretanto, aqui entre nós, o mais provável agora é que no prazo de seis meses as coisas piorem ainda mais. Por dois motivos principais: se a desconfiança já ajuda no enterro das esperanças, some-se aí o sumiço total dos investidores dos imóveis construídos em Dubai. Um horror.
QUAL A PENA?
Diante desta situação tenho uma pergunta que me parece oportuna: considerando que, em Dubai, a inadimplência é punida com prisão e, dependendo do caso a pena de morte é possível, qual a pena que a turma da estatal Dubai vai tomar pelo calote anunciado?
INTERESSE TURÍSTICO
Enquanto a especulação sobre o futuro de Dubai está crescendo, muita gente já começa a apostar que os magníficos investimentos imobiliários podem ficar fechados. O interesse turístico, embalado, principalmente, pelos belíssimos projetos e pelas construções que já estão finalizadas, pode desaparecer. O que não é descartável.
O CUSTÔMETRO
O Impostômetro, aquele relógio que mede o montante que vai sendo arrecadado, minuto a minuto, pelo governo através das dezenas de impostos pagos pela sociedade, é uma obra incompleta. Para completar a informação promovida pelo Impostômetro um outro relógio, bem maior, precisa ser colocado à disposição do povo brasileiro: o Custômetro.
OS EFEITOS - TRIBUTÁRIO E FISCAL
Se o primeiro se propõe a informar o quanto está sendo arrecadado pelo governo, ou seja, o EFEITO TRIBUTÁRIO, o segundo dá a noção exata do quanto ele gasta, o que significa o EFEITO FISCAL. Como de nada adianta querer a redução da carga de impostos, caso não haja uma corajosa redução de despesas, o Custômetro é fundamental para a definição do tamanho do Estado que a sociedade quer.