PERÍODO CRÍTICO
A súbita valorização das cotações de várias ações cotadas nas Bolsas de Valores, para quem acompanha de perto o desempenho do mercado, pode ser interpretada da seguinte forma, embora precisamos ter em mente que a economia mundial está vivendo um período muito crítico:
REAÇÃO
1- A crise atual, mesmo sendo mundial, não atingiu todos os setores da economia com a mesma intensidade. Descontada a bolha de crédito, que motivou toda essa encrenca, muitas atividades já estão mostrando alguma reação. Afinal, queda das atividades não significa o encerramento das mesmas.
MAIOR INTERESSE
2- Países que não dependem excessivamente do mercado externo, como é o caso do Brasil, mas que têm um bom mercado interno com capacidade de expansão, inclusive pelo crédito, estão sendo vistos com grande interesse por investidores do mundo todo.
ATRAENTE
3- O Brasil, principalmente por possuir um sólido sistema financeiro, coisa muito destacada na última reunião do G-20, e que continua sendo traduzida como sinal de robustez (strong), passou a ser muito atraente para quem tem dinheiro para investir.
ESTRANGEIROS
4- Os investidores estrangeiros, além de engrossarem as fileiras dos atuais interessados em aplicar recursos no Brasil, ao anunciarem nas suas praças de origem que pretendem destinar recursos mais polpudos para cá, só fazem multiplicar o número de interessados.
RECUO DOS JUROS
5- Mesmo que as taxas de juros estejam em queda por aqui, a remuneração ainda é muito atraente se comparada com a de outros países. E, na medida em que os recuos venham a ser promovidos pelo Copom, o interesse pelas ações deve crescer, como já se observa.
INTERESSE DUPLO
6- Nesse caso o interesse passa a ser duplo: a) remuneração pelos dividendos e juros sobre o capital próprio, que pode compensar, em parte, as aplicações em renda fixa; e, b) a possibilidade de valorização das cotações das ações, dependendo do desempenho presente e futuro das empresas. O momento, portanto, traduz esse sentimento.