G-20
A Cúpula do G-20 poderia ficar reunida por várias semanas, meses e anos. E nem assim seus representantes seriam capazes de encontrar uma solução para a crise da dívida da Grécia e de outros países da Zona do Euro.
EQUIVOCADOS
Como muita gente acredita, e reza para tanto, que a solução para os problemas da Grécia passa por uma simples ajuda financeira, só por aí já se percebe o imenso número de equivocados que habitam este mundo.
PERGUNTA
Antes de tudo é preciso entender as razões para o déficit brutal, e sempre crescente, das contas públicas. Como o diagnóstico é simples, qualquer solução passa pela seguinte pergunta: - O povo grego se dispõe a renunciar às vantagens concedidas ao longo do tempo pelos governos irresponsáveis?
MENTE IMPREGNADA
Ora, pelas manifestações ruidosas do povo nas ruas gregas já se percebe que a tarefa de acabar com tantos privilégios não será nada fácil. O povo, com a mente impregnada pelo socialismo, parece estar convencido de que sempre existirão recursos para todos os tipos de gastos públicos. Pode?
RELAÇÃO DÍVIDA/PIB
Observem o seguinte: a diminuição da relação DÍVIDA/PIB só pode ser alcançada com: 1- pagamento da dívida; 2- calote total ou parcial da dívida; 3- crescimento econômico (PIB); 4- redução de despesas com crescimento econômico maior do que as taxas pagas pelos títulos públicos.
CALOTE
O caso da Grécia, que de resto pode ser estendida a outros países europeus, identifica que a redução da dívida deve passar por um grande calote. Pois, mesmo que os credores concordem, como já informaram, isto não basta.
ENCRENCA GRANDE
Para que as coisas melhorem de fato é preciso que a economia cresça. Como o grau de confiança dos investidores com relação a vários países europeus é zero neste momento, e o povo grego não aceita as reformas exigidas pelos credores, a encrenca promete ser grande.