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18 jan 2011

SOLIDARIEDADE X RESPONSABILIDADE


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A SOLIDARIEDADE É MAIOR
A tragédia que atingiu o RJ, fato que vem se repetindo em vários pontos do Brasil, mostra o quanto a solidariedade do nosso povo é infinitamente maior do que a responsabilidade das autoridades, que não se preocupam em propor, a tempo, que as zonas de risco sejam desocupadas.
SEM ESSA DE DESTINO
Esta roda já foi inventada, e os exemplos aí estão: nos EUA as enchentes, furacões e incêndios são frequentes e mesmo assim não produzem tantos cadáveres quanto aqui no Brasil. Idem na Austrália, onde as recentes inundações tem provocado quase que só perdas materiais. Ou seja: mortes não são obras do destino, mas da imprevidência.
BENS MATERIAIS
É certo, portanto, que ninguém pode impedir a ocorrência de tragédias. Mas, com um mínimo de responsabilidade e alguma inteligência tecnológica os eventuais prejuízos podem ficar restritos somente aos bens materiais.
SERVIÇO DA METEOROLOGIA
Nos EUA e na Austrália, para ficar só com esses exemplos, os serviços da meteorologia servem para antever fenômenos naturais. A partir daí as autoridades agem para evitar ao máximo as tragédias humanas. Aqui, lamentavelmente, a meteorologia só tem um propósito: informar se vai ou não dar praia. E tempo bom é tempo com sol.
DONATIVOS
Depois que a tragédia já está confirmada, com centenas de pessoas mortas, a única coisa que acontece é ver o quanto as empresas de TV (todas) se preocupam com pedidos de solidariedade dos seus telespectadores. No entanto, até o presente momento, não se sabe de qualquer contribuição feita por parte dessas redes de comunicação. Ao contrário: todas só se preocupam em fiscalizar quem fez e quem não fez donativos.
VIDAS SUJAS
Quanto aos políticos, que dias atrás trataram de aumentar os próprios salários, não obtive notícia alguma de que algum dos privilegiados tenha feito qualquer tipo de doação. Isto, infelizmente, não faz parte de suas vidas. Vidas e fichas sujas, certamente.
CABO DE ESQUADRA
Quando o atual governador do RS, Tarso Genro, esteve à frente do Ministério da Justiça, das decisões que tomou só duas vão ficar registradas por muito tempo na cabeça dos brasileiros: 1- Tarso não quis saber de conceder asilo no Brasil a dois atletas olímpicos cubanos, os lutadores de boxe Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux, ambos com ficha limpa, que acabaram sendo deportados para a Ilha-Presídio; e, 2- Tarso fez das tripas coração para impedir que o assassino Cesare Battisti fosse extraditado para a Itália, onde é condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos.Pois é, gente. Numa entrevista que concedeu ao jornal italiano - La Stampa -, (publicada ontem) o governador do RS informa que, nas condições em que Battisti foi julgado na Itália, a sua condenação está impregnada de dúvidas (?). Mais: que em qualquer sistema jurídico democrático (?), a dúvida em relação às provas também é uma dúvida sobre o próprio crime. Que tal?