Artigos

27 fev 2009

SÓ FALTA O FINANCIADOR


Compartilhe!           

MEGA-DÉFICIT
O presidente americano, Barack Obama, apresentou um Orçamento para um horizonte de dez anos. Como as coisas por lá estão para lá de complicadas, só para este primeiro ano fiscal o déficit projetado atinge US$ 1,75 trilhão. Um déficit e tanto, não?
ALÉM OBAMA
Como a proposta de recuperação das contas públicas dos EUA, segundo revela a peça orçamentária, está prevista para um prazo de dez anos, o prazo já se mostra superior ao mandato de Obama. Deverá, portanto, ser respeitado pelo próximo presidente.
FINANCIAR O ROMBO
Até aí tudo bem. Mas, como o papel aceita tudo, basta escrever o que se quer e pronto. Explico: quando os orçamentos são feitos, por mais necessárias que sejam as proposições, quando há um déficit previsto é imperioso que se informe de onde sairão os recursos para financiar o rombo.
PATRIOTA
Em suma: os EUA precisam, enfim, de algo equivalente a um PIB brasileiro. Quero ver se haverá algum patriota interessado em comprar lotes de títulos americanos, recebendo as atuais taxas de juros extremamente baixas, só para financiar o déficit apresentado no Orçamento.
CONFIANÇA ZERO
O baixo nível de confiança dos consumidores, em praticamente todos os países, revela uma triste realidade: há gente demais no mundo para produzir a quantidade de bens e serviços que todos estão dispostos a consumir. Ou seja: está sobrando gente no planeta para as atividades exigidas.
MAIS LUCRATIVOS
Com todos os problemas que a crise está impondo ao mundo todo, os bancos brasileiros ainda se apresentam como os mais lucrativos do mundo. No geral as nossas instituições estão bem capitalizadas, apesar da rápida expansão do crédito e dos problemas com a inadimplência bem presente.
RETORNO MÉDIO
O retorno médio dos bancos no Brasil, no primeiro semestre de 2008, foi de 23,5% do patrimônio líquido, acima do observado no ano imediatamente anterior em países como o México (20,2%), África do Sul (18,4%), Chile (16,2%), Canadá (12,5%) e Argentina (9,7%).