PALOCCI
Muitos brasileiros, liderados pela mídia, depois que tomaram conhecimento de que o ministro Antonio Palocci adquiriu um imóvel de alto valor, querem saber, tim tim por tim tim como ele conseguiu tanto dinheiro em tão pouco tempo.
FALCATRUAS
Na realidade, esta atitude não passa de um ato de pura bisbilhotice. Nada mais. Até porque, durante o longo mandato do ex-presidente Lula, período em que foram escancaradas as maiores falcatruas até então nunca vistas neste país, todas as inconformidades resultaram em coisa alguma.
PRAZER PELA INDIGNAÇÃO
Sem medo de errar, o que o povo brasileiro adora é ficar indignado. Como não sabe o que fazer com o sentimento de revolta adquirido, tudo fica por isso mesmo. Já os facínoras, que há muito tempo sabem que esta atitude covarde domina o ambiente, por mandarem nas instituições, fazem a festa sem qualquer receio.
LEGAL
Tudo indica que Palocci ganhou dinheiro da forma mais legal possível. Legal, antes de tudo, significa que impostos foram pagos de acordo como manda a lei. Se de fato isto aconteceu não há o que reclamar. Afinal, o ex-presidente Lula não está ganhando muito dinheiro proferindo palestras? De forma absolutamente legal. Não é aí, portanto, que está o problema.
PRIVACIDADE
De novo: a única coisa que está sujeita a uma apuração neste momento é se Palocci, assim como qualquer cidadão brasileiro, prestou contas dos rendimento obtidos junto à Receita. Nada mais. Saber quem pagou as faturas que a sua empresa de consultoria emitiu é mais do que bisbilhotice: é invasão de privacidade. E isto não tem abrigo na lei.
INSTITUIÇÕES MINADAS
Portanto, enquanto inexistir um plano concreto para transformar estas e outras indignações em coisa realmente efetiva, com resultado prático, não vamos a lugar nenhum. Afinal, não há dúvidas de que todas as instituições públicas já estão minadas, onde as corporações mandam no Brasil.
BOQUINHA
Depois que as corporações simplesmente se adonaram de tudo aquilo que deveria ser público, o que mais querem é impedir que as privatizações avancem nas áreas em que o governo não sabe administrar e/ou não tem recursos. Tudo para não perderem a boquinha.