FORA DA CASINHA
O ex-ministro da Fazenda e atual sócio da consultoria Tendências, Maílson da Nóbrega, parece que andou muito tempo fora do país. Pior: onde se encontrava creio que nem havia Internet. O bastante, aliás, para não ler o Ponto Critico, certamente.
COSAN DAY
Cheguei a esta conclusão mais do que acaciana depois do que Maílson disse, dois dias atrás num evento promovido pela Cosan (o Cosan Day), que a economia brasileira entrou em um baixo ciclo de crescimento.
TIM TIM POR TIM TIM
Ora, desde o início de 2012, em inúmeros editoriais do Ponto Crítico não fiz outra coisa senão mostrar, tim tim por tim tim, que a economia brasileira não tinha como crescer tudo aquilo que o governo e muitos empresários acreditavam como possível. Os números, como se vê, mostram o quanto eu estava cheio de razão.
NÚMEROS FAJUTOS
Aliás, para ser bem claro, desde meados de 2011, através de demonstrações claras, baseadas em cálculos econométricos, longe, portanto de qualquer intuição, o que venho dizendo sempre é que o governo ilude o povo com números absolutamente fajutos.
A FORÇA DO CARGO OCUPADO
Como nunca fui ministro de governo algum, e muito menos da Fazenda, tudo aquilo que escrevi até agora teve pouca importância diante desta afirmação do ex-ministro Maílson da Nóbrega. Afinal, aqui no Brasil, só merece crédito junto à mídia quem sentou em algum banco governamental.
BAIXA PRODUTIVIDADE
Maílson lembrou que o país entrou em um ritmo de baixa produtividade. E que isso derruba a eficiência da economia. Ah é, Sr. Maílson? Que novidade, não? Confesso que até gostaria de ver a fisionomia daqueles que estavam na plateia. Suponho que devem ter ficado muito impressionados, certamente. Pois, sem qualquer cerimônia, o experiente ex-ministro ainda soltou mais uma pérola, quando disse que a economia global deverá crescer muito pouco nos próximos anos, sobretudo na Europa. Bidú, hein?
A COBRA VAI FUMAR
Falando sério, gente: a presidente Dilma Rousseff, como cantei em prosa e verso, vai encerrar, no próximo 31/12, os dois primeiros anos de seu mandato. Com uma marca incontestável: conseguiu a segunda pior média de crescimento da história recente do Brasil, só perdendo para o período Collor. No biênio 2011-2012, o crescimento médio anual do PIB deverá, a pau e corda, chegar a 2%. Isto se a expansão de 1,5% prevista para este ano, for confirmada. Economistas sérios e até os risonhos estão convencidos de, pelo menos, uma coisa: caso o governo continue apostando no crescimento baseado estritamente no aumento do consumo, aí a cobra vai fumar charuto. E as baforadas prometem ser fortes.