AMBIENTE BRASIL
Tão logo saiu a notícia do sofrível desempenho da economia brasileira, referente ao terceiro trimestre de 2011, muita gente, inclusive de várias nacionalidades, não escondeu a decepção com o número apresentado. A frustração, a apreensão e a desconfiança, de uma hora para outra, passaram a tomar conta do ambiente Brasil.
GASTANDO À RODO
Pudera. Para os mais lúcidos fica claro que este governo, populista e irresponsável, perdeu o bonde. Ao invés de aproveitar o momento em que a economia respirava sem o uso de aparelhos para dar início às reformas PREVIDENCIÁRIA, FISCAL, TRIBUTÁRIA E TRABALHISTA, o que garantiria uma invejável musculatura econômica ao país, fez o contrário: saiu gastando à rodo.
FADA MADRINHA
Pois é, gente. O resultado não poderia ser outro. Como o povo tem baixa educação, o que facilita a manipulação, o governo tratou de esconder o fracasso do PIB com redução das alíquotas do IOF e do IPI e mais liberação de crédito. Pronto. Bastou a manobra para que os aplausos voltassem com força, como se a fada madrinha tivesse resolvido o problema. Pode?
FICHAS SUJAS
Como se isso não bastasse, os ministérios, cujo número exagerado impressiona, servem para acomodar políticos da pior espécie: além da incompetência, os ocupantes precisam mostrar quantos prêmios já receberam em concursos de safadeza. Quanto mais suja a ficha, mais condições têm para serem escolhidos.
SONO DOS INGÊNUOS
Confesso que, por ter acertado em cheio nas previsões econômicas, não me faz feliz. Entretanto, como alertei inúmeras vezes, a varinha de condão que levou a economia a algum crescimento está sendo representada pela fantástica expansão do crédito. Daí o meu convencimento de que o povo vive de porre de crédito. E que, em algum momento vai se transformar em sono. O inevitável sono dos ingênuos.
MENOR DESEMPREGO
A renda do povo brasileiro, mesmo mostrando crescimento, tem sido sustentada por duas razões principais: mais emprego e oferta de crédito abundante. Com um detalhe: o crédito, pelo que alavanca o consumo, é o que produz este menor desemprego. Principalmente de produtos duráveis (?) e imóveis, por seus valores mais expressivos.
DISPOSIÇÃO PARA INVESTIR
Enquanto a euforia ensaia os passos de uma crescente desconfiança, o ano de 2012 ainda promete uma encrenca séria: o aumento do salário mínimo, que acarretará numa brutal elevação de custos, tanto para o governo quanto para as empresas. Se em 2012 algum crescimento está garantido, em 2013, sem as reformas acima descritas, a cobra vai fumar. Anotem aí.Vivendo neste clima de insegurança, frustração e enganação, motivado por um governo que tem se notabilizado pela mentira, pergunto: alguém está, realmente, disposto a investir?