MAIS PELOS ERROS
Esta semana que está findando já pode ser classificada como marcante. Mais, certamente, pelos erros cometidos pelos nossos governantes (em todos os níveis) do que pelos eventuais acertos, sempre muito raros, infelizmente. Vamos a alguns fatos:
PODER INDEPENDENTE?
No Poder Judiciário, por exemplo, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, reagiu à decisão do Executivo dizendo que não aceita o aumento de despesas, principalmente por se tratar de salários dos magistrados. Alegou, para tanto, a independência dos Poderes.Ora, pelo visto Mello esqueceu, certamente, de que só é ministro do STF porque seu primo, o então presidente Fernando Collor, o escolheu. Portanto, de qual independência Mello está falando? Ah, só o ex-presidente Lula indicou nove ministros do STF. Que tal?
FONTE PARA A SAÚDE
Como as despesas governamentais, cada vez maiores, precisam avidamente de mais e mais receitas, pouco importando a qualidade e a necessidade dos gastos, a nossa carga tributária já atinge 40% do PIB. Pois, mesmo com esta tamanha indecência, a grande discussão da semana se pautou pelo apontamento de uma fonte de financiamento para gastos com a Saúde. Para não fugir à regra, a criação (ou recriação) da CPMF foi a mais apoiada pela base aliada.
ARRECADAÇÃO PÓS CPMF
Vale lembrar, embora nada vá adiantar, que, em 2007, em seu último ano, a arrecadação com CPMF chegou a mais de R$ 36 bilhões de reais.Para 2008, pós CPMF, com a qual o governo esperava arrecadar algo como R$ 55 bilhões, o ingresso excedente nos cofres públicos foi de R$ 75 bilhões. Que tal?Ah, só para esclarecer: mesmo sem a CPMF, a arrecadação federal passou de R$ 635 bi, em 2008, para R$ 878 bilhões, em 2011. Por que não aportaram nada à Saúde?
COVARDIA
As explicações acima servem para entender o que significa a tal COVARDIA que o governador do RJ, Sérgio Cabral se referiu. Pois é. Para o estúpido governador, qualquer eliminação de imposto é considerado um ato de covardia.
ATOS DE BRAVURA
Ora, pela lógica de Cabral e de todos aqueles que apoiam a volta da CPMF, os atos de corrupção que não param de ser descobertos no país, devem ser vistos como atos de bravura. Que tal?
MÍDIA
Para finalizar, as manifestações CONTRA A CORRUPÇÃO, que aconteceram no feriado de 7 de Setembro, não impressionaram a nossa grande mídia. Incrível, não? Pois é. O desinteresse sugere que faltou um patrocinador. Alguém do porte do governo, que paga muito para ser preservado e elogiado. Que semana, hein?